11 de out. de 2009

Opinião de um educador

Para educador, escola formal não serve para educar

UIRÁ MACHADO
Coordenador de Artigos e Eventos da Folha de S.Paulo

"A Escola formal não está só na forma. Está dentro da fôrma. O pior é quando está no formol. É um cadáver." É assim que o educador mineiro Tião Rocha, 59, vê o ensino convencional, de cujos métodos e conteúdos se afastou há mais de 20 anos para experimentar processos alternativos de educação.

À frente do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento desde 1984, Rocha sempre persegue "maneiras diferentes e inovadoras" de educar, alfabetizar, gerar renda. Ele distingue educação de escolarização e busca um sonho: escolas que sejam tão boas que professores e alunos queiram freqüentá-las aos sábados, domingos e feriados. "Se ninguém fez, é possível", diz.

Folha - Toda a sua história como educador é feita do lado de fora das escolas convencionais. Qual é o seu problema com a escola formal?
Tião Rocha - Se eu tivesse um analista, isso seria um prato cheio para ele. Comecei a ter problemas com a escola desde que entrei, aos sete anos.

Logo no primeiro dia de aula, no Grupo Escolar Sandoval de Azevedo, Belo Horizonte, a professora Maria Luiz Travassos nos levou para a sala de leitura, pegou um livro, "As Mais Belas Histórias", da dona Lúcia [Monteiro] Casasanta, e começou a ler: "Era uma vez um lugar muito distante, onde havia um rei e uma rainha (...)".

Eu levantei a mão e falei: "Professora, eu tenho uma tia que é rainha". Ela desconversou, pediu para eu ficar quieto. Ela prosseguiu a história. Depois que a interrompi duas ou três vezes, ela me mandou calar a boca e ir falar com a diretora, dona Ondina Aparecida Nobre.

Ela me deu um tranco, perguntou se eu queria ser expulso. A partir daí, eu sempre inventava coisa para matar a aula. Nunca tive uma escola boa. Nunca tive prazer na escola, mas sempre quis aprender.

Quando fui para a faculdade, estudei história e antropologia, fui resgatar a história da minha tia, que era rainha do congado.

Para pagar os estudos, eu precisava trabalhar. Fui dar aula e me dei conta de que, se eu achava aquilo chato, meus alunos também, porque eu era um reprodutor da mesma chatice.

Folha - E você conseguiu mudar?
Rocha - Não. Criava jeitos diferentes de trabalhar com os alunos, inovava, mas, no fim, era uma experiência muito reformista. Ela começou a ser transformadora quando aconteceu o fato com o Álvaro, minha primeira grande perda [o garoto, excelente aluno, se suicidou].

Aí eu falei: "Opa! Não adianta querer que os meninos aprendam história se eu não consigo aprender a história da vida deles". Então comecei a deixar de lado não só a forma mas também o conteúdo.

Por exemplo, pedia aos alunos para pesquisarem em casa: sobre cantiga de ninar, expressões populares, jogos etc. Um pai chegou para mim e disse: "Vim te agradecer, porque eu tinha um problema de relacionamento com meu filho, mas agora ele apareceu querendo saber sobre as brincadeiras de quando eu era criança e começamos a conversar, a brincar".

Eu nem sabia que aquele negócio estava ajudando a aproximar pais e filhos. Aí eu fui me libertando dos conteúdos cheirando a mofo e comecei a ver que estava partindo para uma outra coisa. Esse processo foi evoluindo na reflexão sobre o que é deixar de ser professor e virar educador. O professor ensina, o educador aprende.

Folha - E então o sr. começou seus projetos fora da escola, debaixo do pé de manga. Mas o sr. acha que a escola formal serve para alguma coisa?
Rocha - Ela serve para escolarizar. Ela dá um determinado tipo de informação e de conhecimento que atende um determinado tipo de demanda, um determinado tipo de modelo mental de uma sociedade que aceita, convive e não questiona.

Folha - Essa escola educa?
Rocha - Não. Ela escolariza. Uma coisa é falar em educação, outra é falar em escolarização. A maioria das pessoas que estão cometendo grandes crimes são pessoas escolarizadas. Então, que escola é essa? Para que ela serviu? Não ajudou nada, mas escolarizou.

E essa escola continua sendo branca, cristã, elitista, excludente, seletiva, conformada. Ela seleciona conteúdos, seleciona pessoas, mas não educa.

Folha - O que significa a escola ser branca?
Rocha - Por exemplo, eu nunca tive aula sobre os reis do Congo, mas tinha aula sobre todos os Bourbons, reis europeus.

Folha - E conformada?
Rocha - A escola não permite inovação. Ela é reprodutora da mesmice. A escola formal não está só na forma. Ela está dentro da fôrma. O pior é quando ela está dentro do formol. É um cadáver. O conteúdo da escola está pronto e acabado. Os meninos que vão entrar na escola no ano que vem, independentemente de quem sejam, aprenderão as mesmas coisas, do mesmo jeito. Aprendem o que alguém determinou que tem que ser aprendido.

Folha - O que está errado com o conteúdo?
Rocha - Recentemente, uma menina de nove anos, lá em Curvelo, virou para mim e disse: "Tião, vou ter prova e esqueci o que é hectômetro". Eu disse a ela que ninguém precisa saber o que é isso, que não se preocupasse, isso não cairia na prova. Perguntei se ela sabia o que era centímetro, metro, quilômetro. Ela sabia. "Pronto, tá bom demais, você vai viver a vida inteira mais 15 dias e não vai acontecer nada", disse para ela.

Passados uns dias: "Me ferrei. Caiu na prova e eu não sabia". Peraí: criança de nove anos tem que saber isso?

Isso é conhecimento morto. Mas se eu pergunto se eu posso ensinar outra coisa, não posso. O que posso é ensinar as mesmas coisas de um forma diferente. No conteúdo não pode mexer. O vestibular cobra. É um processo seletivo que vai determinando e excluindo, afunilando, dizendo que, para entrar aqui, precisa pensar desse jeito, nessa lógica. Do ponto de vista da escolarização, tá indo muito bem. Agora, se tá educando ou não, ninguém discute.

Quando uma criança é entrevistada e diz que é de determinado projeto porque quer ser alguém na vida, já sei que ela foi pessimamente educada. Um menino que aos 12 anos acha que não é ninguém na vida não tem mais auto-estima. Ele não é ele. Ela vai ser. É sempre um projeto adiado para o futuro.

Folha - Como deveria ser a educação?
Rocha - Um projeto de vida, não de formação para o mercado. A lógica da vida não é ter um emprego. Será que é possível construir um processo de uma escola que incorpore valores dignos, que passe a perceber que a ciência precisa estar condicionada a esses valores, que a tecnologia precisa estar condicionada a esses valores, que elas não podem ser determinantes dos valores humanos?

Ter analfabetos não pode ser um problema econômico, é um problema ético. A experiência que a gente vem desenvolvendo no CPCD é saber se é possível fazer educação de qualidade. Claro que é. Só que você tem que botar uma pergunta que a gente sempre faz. É o MDI: "de quantas maneiras diferentes e inovadoras eu posso"... O resto você completa com uma ação: educar, alfabetizar, diminuir a violência, gerar mais renda.

Quando a gente começa a fazer isso, aparecem 70 sugestões para alfabetizar, por exemplo. Vamos tentando uma por uma. Funcionou? Não? Risca. E vamos para a próxima. Quando chega na última, já tem mais tantas outras. Você não esgota o seu potencial de soluções para as crianças aprenderem.

Folha - Até onde vale criar soluções?
Rocha - Na educação, qual é a melhor pedagogia? É aquela que leva as pessoas a aprender. Na escolarização, a melhor pedagogia é aquela que dá mais sentido para quem a aplica.

O CPCD foi secretário da Educação de Araçuaí. Lá tinha um problema: os meninos demoravam duas horas no ônibus. O que a gente fez? Colocou educadores no ônibus. Qualquer secretaria de Educação pode fazer. É só sair da caixa.

Uma outra questão é o acesso aos livros. Há muitos anos, acompanhei a trajetória de dez crianças em Ouro Preto num período de seis, sete anos.

Como eu sei se um aluno é da primeira, da segunda, da terceira série? É pelo tamanho da pasta. No primeiro ano, traz até uma mala. Leva tudo. Depois, vai deixando. No ginásio [quinta a oitava série], eles não levam quase mais nada. No colegial, às vezes leva só uma canetinha.

Eu me perguntei se os livros perderam o encantamento ou se foi a escola que não soube mantê-los encantados. Juntei um monte de livros em baixo da árvore e mandava a meninada ir lendo. Em volta, deixava montinhos de sucata e escrevia uma placa: música, teatro, artes plásticas, literatura. Tudo que o menino lesse, tinha que ir numa direção e fazer música, teatrinho etc. É um jogo. Ler e transformar, do seu jeito.

Eles ficavam lá a tarde inteira. Vinha gente de longe. Agora, por que será que esses meninos nunca tinham entrado numa biblioteca da escola? Porque ele não tinha prazer em entrar na biblioteca. Quando ia ler um livro, tinha que dissecar a obra, classificar o texto, responder a dez perguntas sobre aquele negócio. Em baixo da árvore, ele não tinha que responder a pergunta nenhuma. Era prazer, e não dever. Os livros não perderam o encantamento, portanto.

Eu nunca li e detesto Machado de Assis. Por quê? Porque tive que fazer anatomia do livro. Achava um saco. Até hoje não consegui romper com isso.

Folha - Como enfrentar a falta de leitura?
Rocha - Faz chover livro na cabeça dos meninos. De todo jeito. Bornal de livros, algibeira de leitura, folia do livro, banco de livros, livro no ponto de ônibus. É igual propaganda. Como você quer que o cara não tome Coca-Cola? Vamos botar esse apelo para o livro. A gente foi tirando os meninos do estado de UTI. Vale tudo. É ético? É. Então, vale. Se nunca foi feito, a gente faz. Se errar, não tem problema. Temos que aprender.

Folha - Como você mexe no conteúdo? Tem um conteúdo básico?
Rocha - Claro. Tem que ter alguma coisa para começar. Precisa aprender os códigos de leitura, a a raciocinar e fazer cálculo, as quatro operações básicas. Mas não precisa saber o que é hectômetro.

Folha - Como diversificar? Ou por que diversificar?
Rocha - Há uns 20 anos, eu trabalhava bem no sertão. Tinha um projeto do governo para combater a doença de chagas na região. Parecia muito bom, as casas de adobe seriam substituídas por casas de cimento com condições de pagamento bem favoráveis. Mas não houve adesão dos moradores.

O que os engenheiros não percebiam é que as casas pareciam um forno de tão quente. O pessoal do projeto dizia: "É uma questão de adaptação". Eu respondia: "Não começa, não. A casa de adobe resolve muito bem a questão térmica. Por que não fazem casa de qualidade com adobe naquele sertão?". Eles disseram que não sabiam fazer, que não aprendiam isso na faculdade de engenharia.

Fiquei imaginando: eles não foram formados para fazer casas dignas para a população. Querem fazer em São Paulo e no sertão uma casa do mesmo tipo. Que lógica é essa? É a lógica do modelão.

Hoje, entrou na moda fazer casa de adobe, é ecológico. Engraçado. Antes, as pessoas faziam casa assim. Aí vieram, cortaram a tradição, impuseram o modelão e, agora, querem voltar ao que se fazia antes, mas travestido de conversa nova.

Folha - Você é contra todo tipo de forma universalizante?
Rocha - Como padrão único, claro.

Folha - Você é a favor de uma transformação constante?
Rocha - Da diversidade permanente.

Folha - De uma pedagogia específica para cada pessoa?
Rocha - Não. O que não pode é aprender uma única coisa, todo mundo igual. Mas não é "cada um faz o que quer". O que não pode é dar pesos desiguais, ou seja, negar ou excluir coisas em função de critérios que são absolutamente ideológicos.

É possível criar uma sociedade polivalente, diversificada? É, porque não foi feito ainda. Se ninguém fez, é possível. Isso é o que eu chamo de utopia. Utopia para mim não é um sonho impossível. É um não-feito-ainda, algo que nunca ninguém fez.

É possível aprender brincando? A escola tem que ser o serviço militar obrigatório aos sete anos ou pode ser prazerosa? Aí eu coloco um indicador: a escola ideal deve ser tão boa que professores e alunos desejem aulas aos sábados, domingos e feriados. Hoje, temos exatamente o contrário.

Os meninos estão no século 21 e a escola está Idade Média. A escola é a única instituição contemporânea que tem servos, tem serventes, pessoas que estão lá para nos servir. Nem em banco tem isso, lá são "auxiliares de serviços gerais".

Quando eu trabalhava na Universidade Federal de Outro Preto, por acaso eu virei pró-reitor. Acabei indo a uma reunião de pró-reitores com o secretário da Educação. Aquele discurso enfadonho estava me enchendo o saco, até que eu disse: "Nesse país, uma escola nunca teve crise de aprendizagem: a escola de samba.

Uma assessora do secretário disse que aquilo era inadmissível e perguntou se eu achava que a escola pública tinha que ser "aquela bagunça". Eu respondi: "Tô vendo que a sra. não entende nada de escola de samba. Na escola tem disciplinador, não tem? Pois na escola de samba tem diretor de harmonia". Entende? Uma coisa é cuidar da disciplina, outra coisa é cuidar da harmonia.

Folha - Como nasce uma nova forma de ensinar?
Rocha - Ou da dificuldade ou da pergunta. Somos movidos por uma pergunta, que vira um desafio, que vira uma encrenca. É possível educar debaixo do pé de manga? É possível criar agentes comunitários de educação? Vamos ficar pensando ou vamos aprender fazendo? Vamos aprender fazendo.

A primeira coisa que a gente fez foram os "Não Objetivos Educacionais". Porque formular um objetivo é muito simples: basta colocar um verbo na forma infinitiva e depois encher de lingüiça. O nosso verbo é o "paulofreirar", que só se conjuga no presente do indicativo: eu "paulofreiro", tu "paulofreiras" e por aí vai. Não existe "paulofreiraria", "paulofreirarei". Ou faz agora ou sai da moita. Ação e reflexão, agora.

As respostas vão sendo testadas e viram novas metodologias, pedagogias. Assim surgiu a pedagogia da roda, por exemplo, como um jeito de combater a evasão dos meninos. Não podemos perder os alunos, precisamos mantê-los interessados.

Folha - Seus métodos são tão abertos a ponto de aceitar que uma criança queira aprender na escola formal? Ou você quer acabar com a escola?
Rocha - Eu não quero acabar com a escola. Ela é muito mais importante do que parece. Ela tá longe de esgotar seu repertório, não usou nem 10% das possibilidades. Mas, para isso, ela precisa ter a ousadia de experimentar. É uma lástima dar às crianças só o que a escola formal oferece. É muito pouco.

As pessoas querem tirar os meninos da rua e levar para a escola --só se for para prender, porque para aprender não serve. É muito chato. Por que, em vez de tirar da rua, não mudamos a rua? Lugar de criança é na escola, na rua, em todos os espaços. Todos os espaços podem ser de aprendizado. Há experiências de cidades educativas muito legais.

Folha - Como é sua relação com os governos?
Rocha - Eu não vejo muita diferença. Todos eles estão dentro da mesma caixa, só muda a cor. A escola que tem agora não é muito diferente da de oito anos ou 20 anos atrás. Vai só pintando a fachada. A lógica, o processo, a metodologia muda muito pouco, no geral. A gente não consegue estabelecer alianças com os governos porque incomoda pensar fora da caixa. Se incomoda, são refratários. Então a gente vem aprendendo a fazer política pública não-governamental.

6 de out. de 2009

Dicas de segurança

Dicas de Segurança

Nesta página, oferecemos a você e sua família algumas dicas para uma vida mais segura. São cuidados simples e gratuitos, que colaboram com a atuação da polícia na prevenção à criminalidade, proporcionado mais tranqüilidade a todos os cidadãos.

Em casa

- Nunca abra a porta para pessoas estranhas. Para ajudar na identificação, instale olho mágico na porta de entrada da residência.

- Sempre peça a carteira ou crachá de identificação da empresa aos prestadores de serviço.

- Se puder, instale um sistema de alarme. Custa menos e protege mais do que você imagina.

- Solicite ao órgão responsável da sua cidade a poda ou corte de árvore que possa facilitar o acesso de ladrões a casa.

- Mantenha as portas da frente e da garagem sempre trancadas, mesmo quando a garagem estiver vazia.

- Antes de fechar a porta da frente, aguarde o fechamento dos portões de comando eletrônico.

- Se perder as chaves da casa, troque os segredos das fechaduras.

- Dê preferência a lâmpadas com sensores, que acendem quando o dia escurece e vice-versa.

- Ao chegar em casa, tenha as chaves à mão.

- Quando perceber uma atitude suspeita na vizinhança, ligue para um vizinho e chame a polícia. E peça ao vizinho que faça o mesmo por você.

Ao sair de casa

- Deixe a chave com um vizinho de sua confiança e, não, em locais acessíveis, como vasos de plantas ou debaixo do tapete.

- Deixe luzes acesas nas áreas externas, pois ladrões evitam locais em que podem ser facilmente identificados.

- Peça a um vizinho que recolha as correspondências e os jornais. Se não tiver quem faça isso, cancele a entrega dos jornais.

- Avise aos vizinhos que sua casa ficará vazia por algum tempo.

Caminhando

- Faça itinerários planejados e diversificados, dando preferência para ruas mais movimentadas.

- Evite lugares ermos próximos a parques, matas ou lotes vagos. Se for inevitável, tenha cuidado com pessoas e veículos parados nesses locais.

- Nunca pare para falar com estranhos, pois os ladrões pedem informação apenas para se aproximar da vítima.

- Não aceite carona de pessoas desconhecidas.

- Ao notar que está sendo seguido, mude de calçada e procure um local movimentado.

- Mantenha a bolsa junto ao corpo e procure não carregar objetos de valor, grandes quantias de dinheiro, originais de documentos ou cartões de crédito. Se for necessário, distribua o dinheiro e objetos em diferentes lugares, como bolsos e bolsa.

- Não carregue o celular no bolso e, ao utilizá-lo na rua, procure um local seguro para não ficar vulnerável aos assaltantes.

Crianças

- Procure conhecer os itinerários que a criança percorre com freqüência, como o caminho da escola, para que você possa detectar possíveis riscos.

- Oriente a criança a não desviar do trajeto habitual sem combinar antes ou avisar.

- Se você for buscar a criança, peça a ela que aguarde no local e não saia na rua.

- Coloque na mochila da criança o documento de identidade e uma ficha com o nome dos pais, endereço e telefone para contato.

- Ensine a criança a jamais conversar e aceitar presentes, alimentos e carona de estranhos, sob qualquer argumento.

- Oriente a criança para que se afaste de situações perigosas, como acidentes, aglomerações e discussões, e de objetos como armas.

- Aconselhe a criança a evitar andar sozinha. É bom manter-se em grupo, pois ladrões dão preferência a pessoas mais indefesas.

- Ensine as crianças a pedir auxílio à polícia (pessoalmente ou por telefone) ou a pessoas conhecidas quando perceberem pessoas estranhas em atitudes suspeitas.

No ônibus

- Procure levar o dinheiro da passagem trocado ou utilizar o vale-transporte.

- Cuidado com bolsas, carteiras e acessórios, como correntes, pulseiras e relógio.

- Mantenha a bolsa e/ou similares em frente ao corpo.

- Não carregue dinheiro ou carteira no bolso traseiro.

- Procure não ficar junto às portas de embarque e desembarque, pois é o local propício para atuação de ladrões.

No carro

- Use cinto de segurança.

- Mantenha as portas travadas e os vidros fechados.

- Sempre dirija defensivamente e não aceite provocações.

- Obedeça as leis de trânsito e o limite de velocidade.

- Procure dirigir em ruas bem iluminadas e movimentadas.

- Ao parar no sinal, principalmente à noite, reduza a velocidade com antecedência, mantenha distância do carro da frente e fique atento.

- Procure parar na pista da direita, pois os assaltantes agem mais do lado do motorista.

Estacionando

- Procure estacionar o carro em lugar movimentado e iluminado.

- Não estacione para conversar e namorar dentro do carro, principalmente em local escuro e desabitado.

- Levante os vidros do carro, ao estacionar, não deixando abertura que possibilite o destravamento das portas.

- Não deixe dinheiro e objetos de valor, como bolsas, celulares e notebooks, em locais visíveis do carro. Use o porta-malas.

- Não guarde chave reserva e documentos do carro dentro do mesmo.

- Se possível, instale sistemas de segurança ou alarme, para dificultar a ação dos ladrões.

- Quando estiver sozinha, ande mais afastada dos carros, para evitar que você seja surpreendido (a) por assaltantes.

- Ao dirigir-se para o carro, tenha a chave sempre à mão.

No banco

- Evite ir sozinho em terminais de Auto-Atendimento ou Banco 24 Horas e dê preferência aos caixas e horários de maior movimento.

- Antes de sair do caixa eletrônico, sempre conte e guarde o dinheiro.

- Se notar alguma situação suspeita, ao utilizar o caixa eletrônico, saia discretamente e chame a polícia.

- Nunca aceite ajuda de terceiros ao utilizar os terminais de Auto-Atendimento ou o Banco 24 Horas.

- Jamais forneça sua senha a terceiros e tenha cuidado ao digitá-la, para que não seja vista.

- Não escreva no cartão eletrônico, ou papel junto a ele, a sua senha.

- Se o cartão eletrônico ficar retido ou preso no caixa eletrônico, não digite novamente a sua senha e procure orientação no banco. Se o problema não for resolvido imediatamente, chame a polícia e faça uma ocorrência.

- Evite realizar saques de grandes quantias. Se for inevitável, leve uma bolsa adequada ou vista uma roupa com bolsos, seja discreto e não vá sozinho (a).

Assalto, Seqüestro Relâmpago ou Estupro

Se mesmo seguindo todas as dicas acima, você for vítima de um crime, proceda da seguinte maneira:

- Não reaja em nenhuma circunstância.

- Obedeça a todas as exigências do agressor.

- Não mostre desespero, não grite ou faça movimentos bruscos.

- Não converse com o agressor de forma afetiva.

- Tente observar as roupas, características físicas, cicatrizes e marcas no corpo do agressor.

- Peça ajuda a polícia assim que o agressor for embora. Nunca persiga o agressor sozinho.

- Em caso de estupro, não tome banho ou troque de roupa antes de comparecer à delegacia para fazer a denúncia.

Negócios

Cheque

- Ao receber um cheque pré-datado, confira a procedência do mesmo, para não ser vítima do conhecido cheque “sem fundo”, que só poderá ser cobrado em uma ação cível. Isso porque o cheque pré-datado não é reconhecido legalmente e só pode ser caracterizado como crime quando for comprovada a má intenção do emitente.

Carro

- Prefira adquirir um carro em lojas ou concessionárias legalmente estabelecidas, cuja situação pode ser checada no DETRAN e em órgãos de fiscalização, como o PROCON.

- Antes de fechar o negócio, verifique o número do chassi e toda a documentação do carro – CRVL, CRV, DPVAT e IPVA.

- Consulte o DETRAN para saber se existem multas referentes ao veículo.

- Examine o carro à luz do dia e em local claro.

- Confira o estado de conservação do carro: mecânica, elétrica, lataria, amortecedores, funilaria e equipamentos de segurança. Se possível, peça a um mecânico da sua confiança para fazer a vistoria.

Imóvel

- Antes de adquirir um imóvel, verifique na prefeitura da sua cidade toda a documentação do mesmo.

- Consulte órgãos de fiscalização, como o PROCON, sobre a idoneidade da construtora, para comprar imóveis na planta.

- Visite imóveis construídos pela empresa de engenharia para verificar a qualidade da construção.

- Ao adquirir o imóvel na planta, peça para constar no contrato multa por atraso na entrega.

- Após a aquisição do imóvel, visite periodicamente a obra para acompanhar seu andamento.

- Se a compra do imóvel for diretamente com o proprietário ou imobiliária, solicite a Certidão Vintenária, que informa sobre a situação do mesmo nos últimos 20 (vinte) anos.

Golpes

Desconfie, caso alguém lhe ofereça grandes vantagens financeiras em troca de adiantamento de dinheiro. Toda negociação financeira deve ser feita pessoalmente, com apresentação de documentos e, no caso de empresas, consulte a idoneidade da instituição em órgãos de fiscalização.

Tipos de golpes mais comuns:

- Quando procurado por “corretores de seguro”, que exigem pagamento de uma taxa para liberação de dinheiro de seguro, peça a identificação do indivíduo, marque um novo encontro e confirme, junto a seguradora, se realmente existe alguma apólice de seguro em seu benefício. Isso evita que você deposite dinheiro para um estelionatário, que obteve os dados de seu parente falecido nos obituários diários. O procedimento normal da seguradora é solicitar, através de correspondência ou convite, o comparecimento do beneficiado ao escritório da empresa e sem cobrança de taxas.

- Se você for abordado por um caipira recém-chegado do interior, com problemas de saúde na família e um bilhete de loteria premiado, tome cuidado, pois pode ser um estelionatário. Alegando que não conhece a burocracia da cidade “grande”, ele propõe que você fique com o bilhete e, em troca, adiante parte do dinheiro. Em seguida, ele desaparece e você só descobre que o bilhete é falso ao procurar a casa lotérica.

- Para evitar que você seja vítima do disque-extorsão, não forneça dados pessoais por telefone, internet ou outros meios de comunicação similares. Caso receba um telefonema, com pedido de resgate, pelo seqüestro de algum parente, desligue imediatamente. Em seguida, faça contato com seus familiares e entre em contato com a polícia. Jamais combine encontros, acordos ou pagamentos, pois geralmente essas são ligações realizadas por pessoas de outros estados, que inventam uma história para convencê-lo a fazer o depósito, mas é apenas uma farsa.

- Cuidado com “empresas financeiras”, que exigem o pagamento de um seguro para liberação de empréstimo ou depósito para compra de um veículo sorteado em consórcio. Após receberem o dinheiro, os negociadores não cumprem o trato e, como utilizam documentos de empresas inexistentes ou que desconhecem o fato, contas fantasmas e celulares pré-pagos ou clonados, dificilmente os estelionatários são encontrados pela polícia

- Se você trabalha como office-boy, ao retirar dinheiro no banco e levá-lo para a empresa, não converse com estranhos, nem aceite propostas de gratificação. Geralmente, o estelionatário segue o office-boy do banco até a rua, e, por meio de uma encenação, envolve o garoto em uma situação de auxílio, oferecendo como gratificação dinheiro ou acessórios. Quando o office-boy vai buscar a recompensa, deixa o pacote de dinheiro com o estelionatário, que foge. Ao chegar no local indicado, o garoto descobre que foi enganado.

- Em locais de exame de habilitação, como o Detran, não aceite propostas de aprovação no exame em troca de dinheiro. Essas propostas são feitas por estelionatários que fingem ser amigos de examinadores e que exigem o pagamento adiantado. Se você for reprovado, ele alega que não foi possível sua aprovação, devido ao excesso de erros. Não devolve o dinheiro e faz ameaças de envolver você, caso o denuncie.

- Ao utilizar o cartão de crédito, exija que todas as operações sejam realizadas na sua frente, para evitar a clonagem do cartão, feita em uma máquina portátil, que grava as informações da tarja magnética. Se você receber extrato de compras não efetuadas, registre o caso em uma Delegacia de Polícia, guardando uma cópia do documento, e comunique imediatamente à administradora, informando as providências adotadas. Se ocorrer descaso, omissão ou cobrança indevida da administradora do cartão, você pode solicitar, na justiça, uma indenização por danos morais.

- Quando utilizar caixas eletrônicos, não peça ajuda a terceiros, nem deixe o cartão na máquina, caso ocorra um travamento. Isso evita a ação de estelionatários, que ficam próximo ao caixa e, por meio de diversos artifícios, trocam ou roubam o cartão, memorizam a senha e, em seguida, fazem saques na sua conta bancária. Portanto, solicite ajuda apenas aos funcionários da agência e, em caso de travamento do caixa, entre em contato com o banco para ser orientado corretamente.

- Não aceite bebidas e alimentos de pessoas desconhecidas, para não ser vítima do conhecido “Boa Noite Cinderela”. Nesse golpe, o assaltante adormece a vítima com sonífero, colocado em uma bebida ou alimento e, em seguida, furta dinheiro e objetos.

23 de jul. de 2009

Gripe suína

Saiba mais sobre a gripe suína
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Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a gripe suína é causada pelo vírus influenza A (H1N1) que não havia circulado antes entre seres humanos. Não há informações de pessoas que foram infectadas pelo vírus ao ter contato com porcos ou outros animais, e não se sabe qual a localidade de origem do vírus.
O influenza A da gripe suína já se espalhou por todas as regiões do mundo, atingindo principalmente a América do Norte. Os Estados Unidos concentram o maior número de casos e de mortes, seguido pelo México --considerado o epicentro da doença.
No dia 11 de junho, a OMS anunciou que a doença atingiu o nível de pandemia (epidemia generalizada). O termo tem relação apenas com a ampla distribuição geográfica do vírus, e não com a sua periculosidade.

Veja abaixo as repostas a algumas das questões relacionadas ao surto

O que é a gripe suína?

É uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é diferente do H1N1 totalmente humano que circula nos últimos anos, por conter material genético dos vírus humanos, de aves e suínos, incluindo elementos de vírus suínos da Europa e da Ásia.

A gripe tem cura?

Tem tratamento.

Como é transmitido o vírus?

A doença é transmitida de pessoa para pessoa como a gripe comum e pode ser contraída pela exposição a gotículas infectadas expelidas por tosse ou espirros, e também por contato com mãos e superfícies contaminadas.

Quais são os sintomas?

Os sintomas em humanos são parecidos com os da gripe comum e incluem febre acima de 38°C, falta de apetite e tosse. Algumas pessoas com a gripe suína também relataram ter apresentado catarro, dor de garganta e náusea.

Infecção de gripe suína é comum em humanos?

No passado, os Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) registraram 12 casos de infecção humana pelo vírus da gripe suína, todo em pessoas que tiveram contato com porcos. Nesses casos, não houve evidência de transmissão entre humanos.


Pode-se contrair a doença comendo carne de porco?

Não. Os vírus da gripe suína não são transmitidos pela comida. O governo mexicano e a OMS (Organização Mundial de Saúde) descartaram qualquer risco de infecção por ingestão de carne de porco. De acordo com o CDC, a temperatura de cozimento (71ºC) destrói os vírus e as bactérias.

Como devo agir se estiver com os sintomas?

Quem tiver sintomas de gripe pode tomar remédios sintomáticos e procurar um médico, caso os sintomas persistam, para tomar um antiviral. Mais informações:
www.saude.gov.br

E quem chegou de viagem?

Se a pessoa esteve nos últimos dez dias em países onde o número de casos é elevado, como os EUA, o México, a Argentina ou o Chile, e apresenta sintomas pode procurar um médico e realizar o exame para identificar o tipo de gripe. Deve-se evitar locais com presença de muitas pessoas enquanto não sai o resultado.

Qual a diferença entre a gripe suína e a gripe comum?

A gripe suína é caracterizada pelos sintomas da gripe comum, mas pode causar vômitos e diarréia mais graves. A gripe comum mata entre 250 mil e 500 mil pessoas a cada ano, principalmente entre a população mais velha. A maioria das pessoas morre de pneumonia, e a gripe pode matar por razões que ninguém entende. Também pode piorar infecções por bactérias.

Como a infecção de humanos com gripe suína pode ser diagnosticada?

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Entretanto, algumas pessoas, principalmente crianças, podem espalhar o vírus por dez dias ou mais.

Existe vacina contra esta doença?

Grandes empresas farmacêuticas e órgãos de vários governos estão desenvolvendo vacinas contra o novo tipo de gripe, mas ainda não há comercialização do produto, ainda em fase de testes. As vacinas devem começar a ser vendidas no segundo semestre.
As vacinas normais contra a gripe são alteradas todos os anos para incluir imunização contra novas variedades de vírus. Segundo as autoridades mexicanas, que citam a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacina existente para humanos é para uma cepa anterior ao vírus, com o qual não é tão eficaz. Mas como os casos confirmados de mortes atingiram adultos, é possível que as pessoas mais vulneráveis --crianças e idosos-- tenham se beneficiado por serem alvo de vacinação mais regularmente que os adultos jovens.

A vacina contra a gripe comum tem eficácia contra a gripe suína?

Não se sabe. Pode haver uma prevenção, ainda que parcial, se considerado o fato de que os casos no México ocorreram principalmente com adultos jovens. Lá, crianças de até 3 anos e adultos com mais de 50 vacinam-se rotineiramente contra a gripe humana.


Existe algum remédio eficaz contra a doença?

Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC.


Trata-se de um novo tipo de gripe suína?

Assim como no ser humano, os vírus da gripe sofrem mutação contínua no porco, um animal que possui, nas vias respiratórias, receptores sensíveis aos vírus da influenza suína, humana e aviária. Os porcos tornam-se incubadoras que favorecem o aparecimento de novos vírus gripais, através de combinações genéticas, em caso de contaminações simultâneas. Esses tipos de vírus híbridos podem provocar o aparecimento de um novo vírus da gripe, tão virulento como o da gripe aviária e tão transmissível como a gripe humana.


Corro risco de viajar aos países atingidos?


A OMS não recomenda restringir viagens por causa da pandemia de gripe suína. Segundo a organização, essa ação pode não ter efeito para impedir o vírus de continuar se espalhando, mas pode prejudicar bastante a comunidade global.
Em junho, o Ministério da Saúde do Brasil recomendou que sejam adiadas as viagens para países com risco de contaminação pela gripe suína, entre eles a Argentina e o Chile.
A Secretaria de Saúde de São Paulo ampliou a recomendação para evitar viagens também ao México, Estados Unidos e Canadá.
No entanto, os que vão a locais afetados podem usar máscaras, lavar as mãos com água e sabão constantemente e evitar aglomerações, entre outros procedimentos.
Como se previne estando nesses locais?
Com máscaras, lavando sempre as mãos e evitando locais com muita gente entre outros.


Qual o tempo de incubação?


Em média varia de 24 horas a 3 dias. A mídia mexicana cita até duas semanas.


Posso contrair o vírus de alguém que não apresente os sintomas?

Sim. O Influenza pode ser transmitido por alguém até 24 horas antes de essa pessoa apresentar os sintomas.


Quais os grupos mais suscetíveis?


Pessoas com alguma doença crônica ou deficiência imunológica sempre estão mais sujeitas.


Quanto tempo demora o resultado do exame que detecta a gripe suína?


Nos EUA, tem demorado em torno de três dias. A Fiocruz prevê o mesmo para o Brasil.


Fonte:
Com France Presse, Reuters, CDC e Folha de S.Paulo .

6 de jul. de 2009

Excesso de açúcar

Um terço dos adultos e 70% dos adolescentes consomem açúcar em excesso


Mais de um terço dos adultos e idosos e 70% dos adolescentes consomem açúcar além do limite estabelecido pela OMS e pelo Ministério da Saúde, revela um estudo feito pela USP (Universidade de São Paulo) com mais de 2.000 moradores da cidade de São Paulo.
Além de não ter valor nutricional, o açúcar em excesso foi associado ao déficit de nutrientes. Segundo as autoras, apesar de o Brasil ser um dos principais produtores mundiais de açúcar proveniente da cana, não há estudos populacionais que investiguem esse consumo entre os brasileiros.
Os resultados são fruto de duas pesquisas feitas a partir de um mesmo banco de dados. Uma delas focou na análise dos adultos e idosos e a outra, no consumo dos adolescentes. Os trabalhos investigaram a ingestão do açúcar presente nos alimentos industrializados e do de adição (aquele que é acrescentado aos preparados).
Entre as pessoas com consumo excessivo, o açúcar representa, em média, 12% das calorias ingeridas diariamente, contra os 10% recomendados. Em alguns casos, esse valor chegou a 25%. Embora o valor não seja tão alto, ele causa preocupação.
"O valor de 10% já é o limite. Além disso, o maior consumo de açúcar associou-se à menor ingestão de alguns nutrientes, como proteína, fibras, zinco, ferro, magnésio, potássio, vitamina B6 e folato", diz a nutricionista Milena Bueno, uma das autoras da pesquisa.
Doce vício
Além de causar cáries, os alimentos açucarados levam facilmente ao ganho de peso -fator agravado porque normalmente esses produtos contêm gorduras. E a obesidade está relacionada a várias doenças. Alguns estudos também sugerem que os doces despertem uma espécie de vício. "A pessoa passa a querer mais", afirma Luciana Bruno, nutricionista da Sociedade Brasileira de Diabetes.
A maior prevalência do consumo exagerado ocorre nos adolescentes. Mas a pesquisa revelou que, em média, 37% dos adultos e idosos abusam do doce. Entre as mulheres adultas, 40% ultrapassam os limites, contra 35% dos homens. Nos idosos, as taxas são 30% e 23%, respectivamente.
Os refrigerantes foram os maiores responsáveis pelo excesso de açúcar consumido por adolescentes e adultos. Nos mais jovens, a bebida responde por 34,2% do açúcar ingerido pelos meninos e 32% do açúcar ingerido pelas meninas. Já os alimentos achocolatados em pó representam 11% do consumo.
Entre os idosos, a principal fonte foi o açúcar de adição. "Provavelmente pelo consumo em cafés e chás", acredita a nutricionista Milena Bueno. Mas itens como bolachas recheadas, bolos prontos, sucos industrializados e cereais matinais também contribuíram.
Amostra representativa
A pesquisa ouviu 793 adolescentes, 689 adultos e 622 idosos. Os voluntários, todos residentes em São Paulo, foram selecionados a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, e responderam a um questionário detalhado sobre a consumo de alimentos no dia anterior. "É uma amostra que pode ser considerada representativa do município de São Paulo", diz a nutricionista Ana Carolina Colucci, também autora do trabalho.
"Podemos extrapolar os dados para regiões com as mesmas características, ou seja, a população urbana de grandes cidades brasileiras", acrescenta Milena Bueno.
Outras conclusões do estudo revelaram que mulheres consomem mais açúcar do que os homens e que não há diferenças significativas em função do nível socioeconômico.
"Não esperávamos encontrar essa alta prevalência de adolescentes com consumo acima do limite máximo", diz Ana Carolina Colucci.
"Isso é preocupante principalmente se considerarmos que o açúcar de adição não são componentes essenciais à dieta, devendo ser inseridos de maneira restrita tanto em relação à frequência quanto à quantidade em uma alimentação saudável", lembra ela.
Para diminuir a dose diária de açúcar, é possível mudar alguns hábitos, como evitar acrescentar o alimento a sucos e vitaminas e diminuir as colheradas em bebidas como café e chás. "Também vale substituir o açúcar branco pelo demerara ou pelo mascavo, que têm a mesma quantidade de calorias, mas menos aditivos químicos", recomenda a nutricionista Luciana Bruno.
Fonte: Folha de São Paulo

25 de jun. de 2009

ENEM - Uso por Universidades

Novo Enem será usado por 42 universidades em 2009 e 2010


Entre as 55 universidades federais existentes no país, 42 já decidiram usar o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em seus processos seletivos deste ano e do próximo. O prazo de inscrições para o exame de outubro começou na segunda-feira, dia 15, e vai até 17 de julho. Os institutos federais de educação, ciência e tecnologia também usarão as notas do Enem na seleção de estudantes.Ainda em fase de criação, as universidades federais da Integração Latino-Americana (Unila), da Integração Amazônica (Uniam), Luso-Afro-Brasileira (Unilab) e da Fronteira Sul (UFFS) também adotarão o exame para o ingresso dos estudantes, assim que se tornarem realidade — os projetos de lei de instalação tramitam no Congresso Nacional.Cada universidade optou por uma entre quatro possibilidades de adoção do novo Enem no processo seletivo — como fase única; como primeira fase; em combinação com o vestibular ou como fase única para as vagas remanescentes do vestibular.Com provas baseadas mais no raciocínio lógico e menos na memorização, o novo processo pretende democratizar as oportunidades de acesso às vagas na educação superior federal, possibilitar a mobilidade acadêmica — intercâmbio de estudantes e professores entre universidades — e estimular a reestruturação dos currículos do ensino médio.Os estudantes interessados em participar do exame deste ano devem fazer a inscrição no site do Enem. A taxa é de R$ 35, com isenção para alunos de escolas públicas e estudantes que comprovem renda insuficiente.

23 de jun. de 2009

"Prevenção do diabetes"

Amendoim, azeite e aveia ajudam a prevenir o diabetes

O diabetes tipo 2 é o tipo mais comum da doença e costuma afetar pessoas com mais de 40 anos de idade. Suas causas estão relacionadas aos hábitos alimentares, ao sedentarismo e à obesidade.
Divulgação

Receítas fáceis de preparar ajudam saúde e combatem envelhecimento
Alguns alimentos ajudam a prevenir o surgimento do diabetes tipo 2. O livro
"100 Receitas de Saúde - Alimentos Para Rejuvenescer", da Publifolha, lista o amendoim, o azeite, o hadoque (peixe parente do bacalhau), a aveia, o trigo integral e a soja como alimentos que ajudam a prevenir a doença.
O livro traz uma coleção de 100 receitas antioxidantes, fortalecedoras e rejuvenescedoras que melhoram a saúde e ajudam a manter a boa disposição.
Saiba mais sobre o livro.
Leia abaixo trechos do livro que falam sobre as propriedades dos alimentos sugeridos para a prevenção do diabetes. Vale ressaltar que não existe uma "fórmula mágica" que garanta êxito contra o surgimento da doença.
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Azeite de OlivaO azeite de oliva, um dos ingredientes mais consumidos pelos povos mediterrâneos, contém gorduras e antioxidantes fundamentais para a saúde e a beleza. Obtido pela pressão de azeitonas, o azeite contém vitamina E, que ajuda a manter a pele sem rugas e os cabelos brilhantes. O azeite é rico em gorduras monoinsaturadas, que possuem propriedades anticancerígenas, reduzindo a pressão sangüínea e prevenindo o diabetes.
AmendoimO amendoim é rico em nutrientes bons para o coração. Entre todas as castanhas, é a que fornece mais proteína. O amendoim contém muitas gorduras monoinsaturadas, que reduzem o colesterol e previnem a formação de coágulos nas artérias, evitando doenças cardíacas. A arginina, um aminoácido, tem a mesma função: o organismo a converte em óxido nítrico, que dilata os vasos sangüíneos e previne coágulos. O amendoim é rico em vitamina E, que combate as rugas e deixa os cabelos brilhantes. Devido ao baixo índice glicêmico, ajuda a prevenir o diabetes do adulto.
HadoqueParente do bacalhau, o hadoque contém muitos nutrientes que ajudam a manter a juventude e a boa forma. O hadoque é fonte de várias vitaminas do complexo B, que são benéficas para o cérebro e combatem a fadiga. Tem muito ácido fólico, que reduz os níveis de homocisteína no organismo, prevenindo doenças cardíacas, diabetes e osteoporose. Estudos apontam que também seja anticancerígeno. Esse peixe é ainda rico em iodo, necessário para produzir hormônios da tireóide, que regulam o metabolismo. Também contém zinco, importante para a imunidade; enxofre, bom para a pele; e cálcio, que fortalece os ossos, contribuindo para a prevenção de doenças como a osteoporose.
AveiaA aveia é muito versátil e é utilizada para prevenir doenças cardíacas e aumentar a imunidade. Além de ser uma rica fonte de carboidratos, a aveia tem muitas fibras, mantém a taxa de açúcar no sangue estável, previne o diabetes e baixa o colesterol. Contém antioxidantes poderosos que rejuvenescem, incluindo a vitamina E, o tocotrienol, o ácido ferúlico e o ácido caféico, combatendo os radicais livres e prevenindo diversos males, como as doenças cardíacas, a obesidade e problemas de visão. Em uso tópico, a aveia tem propriedades antiinflamatórias e suaviza a pele.
Trigo IntegralAlimento básico da dieta ocidental, o trigo contém muitas proteínas, fornecendo vitamina B e minerais. O trigo integral é um cereal nutritivo e saudável. Valiosa fonte de proteína, contém elementos construtores para pele, cabelos e unhas. Por produzir energia, combate a fadiga. Contém muitas vitaminas do complexo B, inclusive a vitamina B6, que é benéfica para os nervos, evita o diabetes do adulto e melhora a capacidade de registrar, reter e distribuir informações. O grão é ainda uma boa fonte de zinco, que aumenta a imunidade e fortalece a visão.
SojaEsta leguminosa versátil é essencial para a dieta dos japoneses, que têm o maior nível de longevidade do mundo. No Ocidente, a soja é mais conhecida por seus derivados - tofu, leite, suco e iogurte de soja - e pelos substitutos da carne, como a proteína texturizada. A soja é uma excelente fonte de proteína vegetal, fibras e carboidratos complexos. É conhecida por reduzir o colesterol e prevenir taxas altas de triglicérides, que podem provocar doenças cardíacas. Além disso, a soja contém antioxidantes que preservam a juventude, como o ácido fítico, que ajuda a evitar a formação de coágulos nas artérias. No entanto, talvez o melhor atributo da soja seja o fato de conter muitos microelementos, como as saponinas e as isoflavonas - flavonóides que são convertidos pelo organismo em fitoestrógenos, que, por sua vez, apresentam propriedades anticancerígenas, benefícios aos ossos e diminuem o risco de doenças cardiovasculares. Esta leguminosa contém vitamina E - vital para pele e cabelos -, e vitaminas do complexo B, que fortalecem o sistema nervoso, evitando que o estresse provoque envelhecimento precoce. Seu índice glicêmico é extremamente baixo, ajudando na prevenção do diabetes e aliviando vários sintomas da menopausa.
Fonte: Folha de São Paulo.

"Diabetes Melitus"

No Brasil, 75% dos diabéticos não têm doença sob controle

Levantamento epidemiológico inédito, realizado pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) da Bahia, aponta que três em cada quatro diabéticos do país não controlam a doença adequadamente e estão com os índices de glicemia alterados.
A pesquisa realizou exames de sangue em 6.371 diabéticos, na faixa etária de 18 a 98 anos, de 22 centros clínicos espalhados por dez cidades. Trata-se do primeiro estudo epidemiológico brasileiro a analisar a situação dos diabéticos no país.
Avaliando os tipos de diabetes separadamente, o levantamento apontou que apenas 10% dos 679 portadores do tipo 1 da doença controlam-na de maneira adequada. E somente 27% dos 5.692 pacientes com o tipo 2 da doença mantêm os índices glicêmicos normais.
De acordo com o endocrinologista Antônio Roberto Chacra, diretor do Centro de Diabetes da Unifesp e coordenador do estudo, todos os participantes fizeram exame de sangue de hemoglobina glicada para medir as taxas de glicemia.
Com esse exame, é possível avaliar a variação glicêmica do paciente nos últimos três meses e não apenas no dia (como nos exames de sangue comuns). Os exames, pagos pela Pfizer, foram realizados em um único laboratório.
Complicações
A pesquisa também avaliou se os participantes tinham algum sinal das principais complicações do diabetes não-controlado. Do total, 45% têm sinais de retinopatia diabética (problema de visão que pode levar à cegueira), 44% apresentam neuropatia (alteração nos nervos e perda da sensibilidade) e 16% já têm algum grau de alteração da função renal. Todas essas complicações são consideradas crônicas.
A literatura médica aponta que 56% dos norte-americanos também estão com a doença fora de controle, assim como 46% dos holandeses e 40% dos alemães. O pior índice é o da Tunísia, com 83% dos doentes com níveis alterados.
"Os resultados são assustadores. A gente imaginava que a doença não era controlada adequadamente pelo que observamos na prática clínica, mas não tínhamos ideia de que o índice era tão ruim. O estudo prova que a situação no Brasil está complicada", afirma Chacra.Na opinião de médico, apesar de o SUS disponibilizar a medicação, a falta de controle da doença ocorre por vários fatores, que incluem pouco treinamento dos médicos e dos profissionais de saúde, baixa adesão dos pacientes ao tratamento, influência da alimentação e vida sedentária. "Não é um único fator que contribui para o paciente não tratar a doença adequadamente", diz.
Alimentação
Para o endocrinologista Roberto Betti, médico-assistente do Núcleo de Diabetes do InCor (Instituto do Coração) de São Paulo, um motivo importante para explicar por que o diabetes não é controlado corretamente é o fato de o tratamento envolver mudanças radicais e imediatas na alimentação do paciente.
"Toda vez que o assunto envolve alimentação fica mais complicado. É muito difícil fazer as pessoas mudarem seus hábitos de vida e isso acaba se tornando uma barreira. Além disso, o paciente também tem dificuldade em aderir ao tratamento medicamentoso", afirma o médico do InCor.
Betti diz ainda que a falta de serviços especializados para o tratamento da doença também é um fator dificultador. "Não temos muitos serviços especializados e a doença acaba sendo tratada por médicos generalistas. É preciso investir na criação de núcleos específicos para orientar o paciente mais adequadamente", avalia.
Marília Brito Gomes, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, elogiou a metodologia do estudo -que analisou o histórico glicêmico dos pacientes no mesmo laboratório. "Esse fator é muito importante, pois deixa o procedimento padronizado e evita possíveis distorções", diz Gomes.
Ela diz que os resultados são preocupantes e ressalta os riscos de manter o diabetes fora de controle. "Se o paciente não controlar a doença, ele pode desenvolver neuropatia, nefropatia e retinopatia diabéticas. Além disso, ele tem risco aumentado para doenças cardiovasculares. Além da glicemia, é preciso controlar todos os fatores de risco", afirma.
Fonte: Folha de São Paulo

"Fuga de cérebros"

"Fuga de cérebros" é maior na América Latina, diz estudo

A América Latina e o Caribe compõem a região com maior proporção de profissionais qualificados vivendo no mundo desenvolvido --um fenômeno que se acentuou nas duas últimas décadas, segundo um relatório do Sistema Econômico Latino-americano e do Caribe, com sede em Caracas.
De acordo com o estudo, o total de latino-americanos qualificados que vivem nos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) passou de 1,92 milhão em 1990 para 4,9 milhões em 2007 --uma alta de 155%.
Isso equivale a dizer que 11,3% da mão-de-obra qualificada da região vivia em um país rico em 2007.
No México, país que iniciou um tratado de livre comércio com os Estados Unidos em 1994, esse aumento foi de 270%. O segundo maior aumento percentual foi registrado no Brasil: 242%. Mas, proporcionalmente, as maiores taxas de emigração qualificada da região são registradas nos países pequenos.
O secretário permanente do Sela, José Rivera Banuet, disse à BBC que, como 60% dos migrantes que saem para os países ricos acabam trabalhando em áreas diferentes de sua formação, os conhecimentos desses indivíduos acabam perdidos para os países de origem e desperdiçados nos países de destino.
"Um dos desafios é o de encontrar um equilíbrio entre as necessidades nacionais de reter os especialistas em certas profissões ao mesmo tempo em que se desenvolve a cooperação com os países de destino", afirmou.
Números
Um dos países que mais influenciaram as estatísticas latino-americanos foi o México. O número de mexicanos qualificados nos países ricos era de 366 mil em 1990 e passou para 1,36 milhão em 2007 --16,8% da força de trabalho qualificada.
Sem as estatísticas mexicanas, a taxa de imigração de trabalhadores qualificados latino-americanos não seria de 11,3%, e sim de 8,2%.Os percentuais para África e a Ásia, outras regiões tradicionalmente fornecedoras de imigrantes, são 10,2% e 5,9% respectivamente.
Já o número de brasileiros qualificados trabalhando nos países da OCDE saltou de 63 mil em 1990 para 218 mil em 2007. Mas a situação brasileira preocupa menos os autores do estudo, porque o total de pessoas qualificadas no Brasil ainda é bastante grande.
Em 2007, estima-se que os brasileiros qualificados trabalhando fora correspondiam a 2,3% da força de trabalho qualificada total de 9,4 milhões.
O percentual é bem menor do que o de nações caribenhas como Guiana (88,8%) --cuja dinâmica nesse aspecto a aproxima mais dos vizinhos do Caribe do que da América do Sul--, Haiti (84,9%) e Jamaica (84,4%), entre outros.
"Um dos padrões característicos da migração qualificada contemporânea é a presença de taxas elevadas de emigração em países pequenos ou com baixo nível de diversificação produtiva", destaca o relatório.
"Na América Central, a maioria dos países tem entre um terço e um quarto de sua população qualificada no exterior", afirma o estudo. "Os países da região andina e os sul-americanos são onde o fenômeno tem menor incidência. Contudo, alguns países como Colômbia, Equador e Uruguai têm taxas ao redor de 10%."
Fuga de cérebros
O estudo alerta para o caráter irreversível da chamada "fuga de cérebros" nos países latino-americanos.
O levantamento aponta que, dos anos 1970 para cá, houve uma mudança interessante no comportamento dos países: vários países da região deixaram de promover políticas de contenção da fuga de cérebros, assumindo que a perda de mão-de-obra qualificada é compensada pelo volume de remessas recebidos do exterior.
No entanto, a diretora para a região andina da OIM (Organização Internacional das Migrações), Pilar Norza, disse à BBC que este "conforto" não condiz necessariamente com a realidade.
Segundo Norza, embora não existam números para comprovar isso, existe uma percepção de que os imigrantes que mais enviam remessas não são necessariamente os mais qualificados.
Para Banuet, do Sela, o fenômeno da fuga de cérebros "não pode ser freado nem incentivado, porque depende da decisão individual das pessoas".
Na opinião dele, encontrar o equilíbrio nesta questão significa garantir que os países que formaram os imigrantes qualificados também obtenham benefícios do seu investimento, o que poderia ser alcançado por meio de programas de formação compartilhados e outros acordos bilaterais e multilaterais.

Fonte: Folha de São Paulo

Mudança climática

Impacto da mudança climática já é irreversível, admitem EUA



da France Presse, em Washington


Os efeitos da mudança climática já estão sendo sentidos nos Estados Unidos e este fenômeno pode ser irreversível, advertiu nesta terça-feira o governo do presidente Barack Obama, ao divulgar um relatório sobre o tema.
O aquecimento climático se traduz por uma elevação das temperaturas e do nível dos oceanos e pelo derretimento de geleiras e neves hibernais, destaca o documento elaborado pelo Programa de Pesquisa americano sobre o Aquecimento Climático, redigido por várias secretarias e a Casa Branca.
Se não houver modificação no consumo de energia, o aumento das temperaturas vai provocar ondas de calor mais frequentes, advertem os autores do estudo.
Os furacões, que se abatem regularmente sobre o sudeste, vão se tornar ainda mais devastadores na medida em que se reforçam, ao passar por oceanos com águas mais quentes.
As regiões que já constataram um aumento das precipitações vão, provavelmente, sofrer com mais chuva e neve no futuro, enquanto que as mais áridas, como as do sudoeste, deverão conhecer períodos de seca com mais frequência.
O aquecimento terá um impacto sobre a agricultura no Meio Oeste americano, considerado o "celeiro" do país. Vai também fazer aumentar a demanda por energia, através da utilização mais frequente dos sistemas de climatização, segundo o relatório.
"A mudança climática já está presente em seu quintal", resumiu Jerry Melillo, um dos autores do relatório, intitulado "Global Climate Change Impacts in the United States" ("Impactos da Mudança Climática Global nos EUA", em inglês).
Mesmo se forem tomadas rapidamente medidas de redução das emissões dos gases de efeito estufa, os estudiosos do aquecimento climático dizem que seu impacto já é irreversível. "Se diminuirmos as emissões, a mudança climática e suas consequências continuarão em parte a se fazer sentir, uma vez que esses gases já estão presentes na atmosfera", aponta o estudo.
Desde sua chegada à Casa Branca no dia 20 de janeiro, Barack Obama reorientou totalmente a política dos Estados Unidos em relação à mudança climática. O antecessor George W. Bush, que contestava a própria existência do fenômeno, havia se recusado a ratificar o protocolo de Kyoto sobre a redução de emissões poluentes.
Um projeto sobre o assunto está em tramitação no Congresso americano, após ser aprovado por uma comissão, em 22 de maio. Deverá ainda ir à votação em plenário; volta-se para reduzir as emissões até 2020 num percentual de 17% em relação ao nível de 2005.
O governo americano deseja a aprovação deste projeto de lei antes do final de julho, alguns meses antes da conferência internacional de Copenhague, em dezembro, na qual deverá ser estabelecido um novo acordo que substituirá o de Kyoto.
Mas o setor de petróleo americano não se desarma: o presidente do grupo ConocoPhillips advertiu nesta terça-feira que os esforços do governo americano para lutar contra o aquecimento climático poderiam dar lugar a uma crise no setor ainda mais grave que a do passado.


Fonte: Folha de São Paulo

ENEM - 2009

Quem chutar no Enem terá pontuação menor, adverte Ministério da Educação


Folha de S.Paulo

O Ministério da Educação adverte: não adianta chutar no Enem. Será possível identificar, com base no padrão das respostas de cada candidato, quem acertou aleatoriamente uma determinada questão.
Mais: no cálculo da nota, o peso atribuído ao acerto do "chutador" será inferior ao dos que responderam de modo correto por dominar o tema.
O sistema antichute é uma das características da TRI (Teoria de Resposta ao Item), adotada no novo Enem. Criado para substituir o vestibular nas universidades federais, o exame ocorre em 3 e 4 de outubro.
Com a TRI, as perguntas são "inteligentes" --sabe-se o perfil de quem acerta com maior probabilidade as mais fáceis, as intermediárias e as difíceis.
Isso ocorre graças a um banco com milhares de respostas de alunos que atualmente testam as questões do Enem. Além de estabelecer padrões de resposta, o teste também seleciona quais serão as 180 questões que comporão o Enem.
Participam dessa etapa estudantes do segundo ano do ensino médio e universitários primeiranistas. Os alunos do terceiro ano do ensino médio, público-alvo do Enem, ficaram de fora --para não terem acesso a uma pergunta que possam encontrar no exame.
É o padrão das milhares de respostas que revela o chute. Estatisticamente, quem erra questões mais fáceis não acerta as difíceis. Do mesmo modo, os que acertam as mais complexas não erram nas simples.
"É assim que a TRI permite identificar prováveis chutes na hora de calcular a nota do estudante", diz Heliton Tavares, diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep (órgão do MEC responsável pelo Enem).
O segredo: coerência
Com um mecanismo que detecta respostas fora do padrão, qual o segredo para ir bem em uma prova como a do Enem? Ter um índice de acertos equilibrado e "coerente", diz Tadeu da Ponte, coordenador do vestibular do Insper (ex-Ibmec-SP). A instituição adotou pela primeira vez a TRI no vestibular de 31 de maio. A vantagem, segundo ele: maior precisão para escolher candidatos --e um vestibular com um número menor de perguntas.
Acertos
Também em razão da TRI, a prova do Enem não será avaliada pelo percentual de acertos, como em um vestibular convencional. Embora também leve em conta quem acerta mais, o exame atribui um peso a cada pergunta ou grupo delas --assim, responder de modo correto oito em dez questões não representa 80% na nota final.
Tavares usa o esporte para comparar os dois mecanismos: o vestibular clássico é o futebol, em que fazer gol vale um; o Enem, o basquete --em que é possível, a depender da distância, fazer dois ou três pontos.
O resultado será específico para cada tema (português, matemática, ciências da natureza e ciências humanas). Não haverá nota, mas sim uma pontuação que, em uma escala, definirá o grau de habilidades e conhecimentos do aluno. O mais provável é que a escala vá de 100 a 500 pontos, diz o Inep.
Sobre a divisão de questões, diz o diretor do Inep, é provável que o exame tenha 25% de fáceis, 50% de intermediárias e 25% de difíceis.
Há necessidade de perguntas mais simples porque o Enem não será usado apenas como vestibular das federais. Servirá também para avaliar o conhecimento dos alunos que deixam o ensino médio, para aqueles que fizeram o antigo supletivo e para quem quer entrar no ProUni -programa que dá bolsas para alunos de baixa renda em universidades particulares.


Fonte: Folha de São Paulo

26 de fev. de 2009

História da matemática

História da Matemática

Bhãskara (1114 + 71 = 1185) Matemático hindu, trabalhou em quase todos os ramos da Matemática de seu tempo. Sua obra-prima é o livro Sidhãntasiromani, que se divide em quatro partes - Aritmética, Álgebra e as duas últimas de Astronomia - e reúne muitos de seus trabalhos. Um deles é a construção de uma tabela de senos com intervalos de um grau.
Girard (1590 + 73 =1663) Matemático italiano, dedicou-se à álgebra das equações, dentre outros ramos da Matemática. Seu grande trabalho sobre as equações polinomiais são as relações entre os coeficientes e as raízes de uma equação.
Gabriel Cramer (1704 + 48 = 1752) Matemático suíço, trabalhou com Álgebra e Astronomia. Sua obra-prima é a Regra de Cramer, publicada em 1750, utilizada para resolver sistemas lineares determinados.
Joseph L. Lagrange (1736 + 77 = 1813) Matemático francês, presidiu o Comitê de Pesos e Medidas. Trabalhou em Cálculo, Mecânica e Astronomia. Teve um papel significante na verificação da teoria de Newton sobre gravitação. Desenvolveu trabalhos sobre a impossibilidade de resolver equações de grau 5 por meio de radicais.
Pierre Simon de Laplace (1749 + 78 = 1827) Matemático e astrônomo francês. Sua grande obra publicada em cinco volumes num eríodo de 26 anos, foi Mecânica celeste, em que procurou demonstrar a estabilidade do Sistema Solar por uma aplicação rigorosa da mecânica newtoniana. Em Matemática, desenvolveu trabalhos com determinantes e é considerado o criador da probabilidade analítica.
Paolo Ruffini (1765 + 57=1822) Matemático italiano, dedicou-se à Álgebra, publicando em Bolonha (1799) um livro com vários trabalhos apresentando a demonstração de que a equação geral de seu superior ao quarto não pode ser resolvida por meio de radicais (essa demonstração tem muitas lacunas). Seu nome está associado à divisão de um polinômio por x - b.
Karl F. Gauss (1777 + 78 = 1855) Matemático e astrônomo alemão, fez notáveis contribuições a vários ramos da Física, em que foi uma autoridade em eletromagnetismo, e da Matemática, em que desenvolveu trabalhos sobre:- teoria dos números, desenvolvendo o princípio de congruência aritmética;- representação gráfica dos números complexos de sua construção axiomática;- geometria não-euclidiana;- geometria diferencial;- Análise. Dentre tantos trabalhos de vulto, destacam-se:- "A soma de termos de uma progressão aritmética ", aos oito anos.- "Construção com régua e compasso de um polígono regular de dezessete lados", aos dezenove anos.- "Teorema fundamental da Álgebra", aos 21 anos.
Bernhard Bolzano (1781 + 67 = 1848) Filósofo, lógico e matemático tcheco, professor de Filosofia da Religião da Universidade de Praga. Desenvolveu trabalhos em Lógica e Análise, destacando-se, entre outros, aqueles dedicados a:- funções contínuas não-deriváveis;- convergências de séries;- forma de distinguir classes finitas e infinitas -- tema abordado na obra Parodoxos do Infinito, publicada após a sua morte.
Niels Henrik Abel (1802 + 27 = 1829) Matemático norueguês, cujos trabalhos foram um modelo de rigor, segundo os padrões da atualidade, destacando-se os que se referem a: Equações polinomiais, Teoria Geral de Convergência, Série binomial, Cálculo Integral, Funções Transcendentais e Elípticas, entre outros.Seu primeiro grande trabalho foi a prova da impossibilidade de resolver equações polinomiais de grau superior a 5 por meio de operações elementares. Publicou um livro sobre o estudo das propriedades especiais das funções Transcendentais.
Carl Gustav J. Jacobi (1804 + 47 = 1851) Matemático alemão, trabalhou em Álgebra e Análise. Na Análise, foi o primeiro a aplicar as funções elípticas ao estudo de questões aritméticas, obtendo importantes resultados que fizeram parte de sua grande obra-prima: Fundamentos de Uma Nova Teoria das Funções Elípticas (1829). Na Álgebra, para citar apenas uma de suas numerosas descobertas, elaborou por completo a Teoria dos Determinantes.
Joseph Liouville (1809 + 73 = 1882) Matemático francês, trabalhou em Análise e Teoria dos Números.
Evariste Galois (1811 + 21 = 1832) Matemático francês, descobriu sua vocação para a Matemática influenciado por trabalhos de Lagrange e Legendre. Impedido de cursar a École Polytéchnique, Galois passou a freqüentar aulas especiais ministradas por outro matemático francês, Paul Émile Richard (1795 - 1849), que lhe facilitou o acesso à leitura de trabalhos de Abel, Cauchy, Gauss e Jacobi. Com base no que observou em Abel, Galois procurou as razões mais profundas da insolubilidade das equações polinomiais de grau superior a 5. Essas razões são dadas por um teorema seu segundo o qual uma equação polinomial pode ser resolvida por meio de radicais se, e somente se, o seu grupo é resolúvel. As idéias centrais de Galois são as noções de grupo e corpo.
James Joseph Sylvester (1814 + 83 = 1897) Matemático inglês, foi o primeiro a usar o termo matriz para indicar uma tabela retangular de números. Amigo do matemático inglês Arthur Cayley(1821 + 74 = 1895), com o qual desenvolveu a Álgebra das matrizes.
Gerolamo CARDANO (1501 + 75 = 1576) Físico e matemático italiano, dedicou-se a Matemática, Física, Astronomia, Filosofia, Medicina e Astrologia. Na Matemática, sua obra-prima é o livro Artis Magnae Sive de Regulis Algebraicis (A grande arte ou sobre as regras da álgebra), publicado em 1545, onde se encontram:- o método de resolução das equações de grau 3, obtido de seu amigo Tartaglia (1499 + 58 = 1557), e de grau 4, obtido de seu discípulo Lovic Ferrari (1522 + 43 = 1565);- a regra: "menos vezes menos dá mais".

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Só Matemática Ótimo ponto de partida na Internet para busca de assuntos relacionados com a Matemática. Requer cadastramento do usuário (gratuito). Em Português.

PBS Teacher Source Página com links selecionados para sites de Matemática. Em Inglês.

Mundo Matemático O aprendizado da Matemática pode ser bem divertido, embora alguns não acreditem nisto e outros não consigam nem sequer imaginar como! Confira esse site. Em Português.

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The Geometry Center Site da Universidade de Minnesota totalmente dedicado ao ensino e à divulgação da Geometria. Não deixe de conferir os sites indicados em Other Web Sites. Em Inglês.

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Eisenhower National Clearinghouse for Mathematics and Science Education Uma ótima seleção de recursos disponíveis na Internet sobre Ciências e Matemática. Em Inglês.

ExploreMath.com Página com inúmeras atividades interativas com recursos de multimídia. Em Inglês.

The Glossary of Mathematical Mistakes Site com uma lista dos erros matemáticos cometidos por anunciantes, repórteres, políticos e a mídia em geral. Em Inglês.

Jeometry Página com um ótimo programa escrito na linguagem Java para o estudo de Geometria. Em Inglês.

Site do professor Cardy Site dedicado ao estudo da Matemática com muita informação. Vale a pena visitar. Em Português.

Uso racional da água


EE PROFESSOR EUZÉBIO A. RODRIGUES – 1º BIM – 2009 - MATEMÁTICA
ATIVIDADE 01 - GRUPO - Cuidar da água e usá-la sem desperdício
é essencial para sua conservação....

O planeta Terra é formado por ¾ de água (doce e salgada) e apenas ¼ de terra (continentes e ilhas). Fica bem mais fácil entender isso olhando o globo terrestre: toda a parte em azul representa a água, enquanto a parte em marrom representa a terra.
Vamos imaginar que toda a água do mundo coubesse numa garrafa de 1 litro. Se tirássemos toda a água salgada, a porção de água doce seria suficiente apenas para encher um copinho de café. Só que a porção de água doce disponível para consumo direto não representa mais do que algumas gotinhas retiradas deste copinho. Pouco, não é?
Sem dúvida, não há quem não goste de brincar na água salgada do mar, quando se vai à praia. Acontece que ela não é potável, ou seja, não se pode bebê-la. A água apropriada para o consumo humano é a doce. E essa água doce representa apenas 2,7% do total de água do mundo (os outros 97,3% são de água salgada, disposta em mares e oceanos). A distribuição da água doce do planeta se dá desta maneira:

0,01% nos rios.
0,35% em lagos e pântanos.
2,34% nos polos, geleiras e icebergs.
97% em leitos subterrâneos.

A água doce disponível no planeta é cada vez mais insuficiente para matar a sede da humanidade. Os brasileiros até que são privilegiados, já que detêm em seu território 13,7% da água doce do mundo. Deste total, 80% estão nos rios da Amazônia. São Paulo abriga 1,6% de toda essa fatia brasileira.
Para que a água continue sendo potável (aquela que se pode beber) e suficiente para todos os brasileiros, é necessário que cuidemos muito bem dela, evitando desperdícios. Dessa forma, preservaremos nosso planeta e deixaremos uma boa herança para as próximas gerações.

1. Para o grupo, qual é o principal objetivo do texto?

2. O texto apresenta muitas informações. Apesar de não ser necessário memorizar os dados numéricos fornecidos, eles exercem uma importante função. Você poderia dizer qual é essa função?

3. A maioria dos textos não tem, evidentemente, tantas cifras como o que você acabou de ler. Mas é raro você ler uma notícia em jornal que não envolva informações numéricas. Para verificar, pegue a primeira página de um jornal (ou uma página do caderno de economia) e, com o corretor, esconda todos os números, gráficos, tabelas e datas. Veja se o que permanece tem sentido.

4. O texto diz que “abaixo da superfície, infiltrada no solo, há mais 4 milhões de quilômetros cúbicos”. Escreva esse número apenas por meio de algarismos e a respectiva unidade de medida utilizada.

5. É bastante comum, em jornais, revista e livros, encontrar representações com vírgulas para números “com muitos zeros”, tal como o número dessa frase: “1,5 bilhão de pessoas não têm acesso a uma quantidade mínima de água”. Escreva esse número sem utilizar a palavra bilhão.

6. Sabe-se que há em nosso planeta um bilhão e trezentos e quarenta milhões de quilômetros cúbicos (km³) de água. Escreva esse número de duas maneiras: uma, utilizando apenas algarismos e a outra, por meio de algarismos e palavras.

7. Existe outra forma de escrever números grandes: a notação científica, que utiliza a potência de 10. Assim, o número 1.250.000.000 pode ser escrito em notação científica por 1,25 x 109. Escreva o número de km³ de água no planeta em notação científica.

8. Quais são as unidades de capacidade utilizadas no texto? Você conhece outras unidades de capacidade? Quais?

9. Você sabia que um cubo de 1 m de aresta é a unidade padrão de volume e que é denominada por metro cúbico (m³)? Assim, uma caixa de forma cúbica, cujas arestas têm medidas internas iguais a 1 m, tem capacidade de 1 m³. Você saberia, então, dizer o significado do quilômetro cúbico (km³)?

10. Se um recipiente tiver a capacidade de 1 dm³, podemos dizer que sua capacidade também é de 1 litro. Um cubo cuja aresta é de 1 dm tem volume de 1 dm³. Um volume de 25 litros, significa quantos dm³ ?


11. Justifique a seguinte relação: 1 km³ = 1.000.000.000 m³



Professor Mário Klettemberg

Dificuldade para estudar


Crianças caminham 12 km por dia para chegar a escola no Distrito Federal

Em um mês, distância equivale a uma viagem entre Brasília e Goiânia.Secretário de Educação do DF disse que problema será resolvido.

Devido à falta de transporte, estudantes do Distrito Federal andam até 12 quilômetros por dia para chegar à escola onde estudam. Essa é a rotina dos irmãos Danilo e Daniel, que moram na área rural de Paranoá, cidade-satélite de Brasília, e estudam em Itapoã, outra região administrativa da capital.
Veja o site do BDDF “Aqui precisa muito de um transporte, porque é uma dificuldade grande para as crianças subir este alto aqui todo dia, mas é o jeito de estudar”, afirma a mãe e dona-de-casa Rosália Maria da Silva. A família veio da Paraíba há dois meses para tentar a vida em Brasília. “Nem eu nem meu marido sabemos ler nem escrever nada. Então, é para o futuro deles e para o nosso também.”
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A estrada de chão batido, cercada por pinheiros, é a parte mais complicada do trajeto que os dois irmãos percorrem todos os dias. Quando chove há muita lama e quando não chove, poeira. E ao voltar para casa, por volta das 18h, já está escuro. Eles começam a se arrumar duas horas e meia antes do início das aulas e pegam a estrada às 11h. Com chuva ou sol forte, o desafio é cumprido - são 6 km na ida e 6 km na volta, 12 km por dia, 60 km por semana. No fim do mês, Danilo e Daniel andam 240 km, distância equivalente ao trajeto de Brasília a Goiânia. Depois do chão batido, a batalha continua no asfalto. No acostamento, eles se arriscam. A jornada só termina no Centro de Ensino Fundamental Nº 01 do Itapoã. É quando eles estudam e podem descansar um pouco. No fim do dia, todo o caminho tem de ser percorrido de novo. Mais difícil que andar os 12 km diários é falar sobre o sonho que pode se perder pela estrada. “É muito cansativo. Muito ruim. É muito longe pra chegar lá”, desabafa o estudante Danilo da Silva, 13 anos. Ele chora ao falar sobre a esperança de ter outra vida. “Tudo isso ‘pra’ ter um futuro melhor, ‘pra’ gente poder trabalhar. É uma batalha muito dura.” O secretário de Educação do DF, José Luiz Valente, afirma que a secretaria entrou em contato com o DFTrans (autarquia encarregada pelo serviço de transporte do Distrito Federal) e que o problema será solucionado. Ele disse que existe um ônibus que passa pela região, mas que depende de uma “adequação de horários” que não cabe à Secretaria de Educação.
Fonte: Jornal O Globo

Trotes em Universidades

Câmara aprova projeto para disciplinar trotes em universidades

Texto proíbe trotes violentos e prevê multa e cancelamento de matrícula. Apesar de aprovado, projeto recebeu críticas; texto segue para o Senado.

Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília

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A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (18/02/09) um projeto para disciplinar os trotes em universidades públicas. O texto traz sanções administrativas dentro das universidades para alunos envolvidos em trotes violentos. O texto segue agora para o Senado.

O projeto proíbe trote que ofenda a integridade física, moral ou psicológica dos novos alunos; traga constrangimento, exponha de forma vexatória ou implique pedido de doação de bens ou dinheiro.

As instituições ficam obrigadas a abrir processo disciplinar contra os alunos que organizarem esse tipo de trote, com penas que vão de multas de até R$ 20 mil a cancelamento da matrícula e impedimento de matrícula em qualquer universidade por um ano.

O texto aprovado na Câmara determina ainda que o trote não poderá durar mais de 20 horas, e que as atividades “visarão à integração na vida universitária, bem como ao conhecimento das instalações, do funcionamento dos equipamentos coletivos e dos serviços sociais disponíveis na instituição de ensino”.

O relator do projeto, deputado Milton Monti (PR-SP), afirma que não há intenção de “criminalizar” o trote. “O objetivo é disciplinar a recepção dos calouros nas universidades, elencando o que não deve ser feito. Não há especificação de tipo penal porque isso já existe nas outras leis”.

Apesar da aprovação, o texto sofreu muitas críticas em plenário. Parlamentares de diversos partidos atribuíram a votação às pressas à divulgação pela imprensa de trotes violentos e afirmaram que o projeto não resolverá o problema. “Estamos votando uma lei ineficaz, que tem profundos vícios no texto. A Casa age de maneira errada iludindo a sociedade”, protestou Zenaldo Coutinho (PSDB-PA).

O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) criticou o projeto afirmando que seria a “institucionalização do trote”. Ele lembrou que a maioria do que é proibido agora já não é permitido por outras leis no código penal.

Teixeira questionou também o prazo de duração do trote e a responsabilização administrativa mesmo em caso de trotes realizados fora da área da universidade. Afirmou ainda que o cancelamento da matrícula é uma pena que não é aplicada nem a condenados por crimes hediondos. “Nem presidiário é proibido de estudar.”

Nesta terça (17),
o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que “não adianta colocar a polícia para dentro do campus” para combater trotes violentos. O ministro se referia aos recentes casos de violência registrados em universidades e faculdades do país.
Casos recentes

Uma instituição de Santa Fé do Sul, no interior de São Paulo, pode expulsar a aluna suspeita de jogar uma mistura de gasolina e desinfetante em calouros durante um trote ocorrido na segunda-feira (9).
A Fundação Municipal de Educação e Cultura (Funec) irá aguardar a conclusão do inquérito policial para anunciar oficialmente a sua decisão. Entre as vítimas do trote está a estudante Priscilla Vieira Rezende Muniz, 18 anos, grávida de três meses. Ela teve queimaduras nas costas e nas pernas e chegou a ficar internada por um dia.
Em Catanduva (SP), calouros de uma faculdade tiveram de abaixar as calças no meio da rua, em pleno viaduto que passa sobre uma das mais movimentadas avenidas da cidade. As roupas das moças foram cortadas. Um site publicou fotos que mostram os estudantes em situação constrangedora. O coordenador do curso explica que a faculdade teve conhecimento e tenta identificar agora os estudantes que participaram do trote. Em Araçatuba, também em São Paulo, os calouros dos cursos de medicina veterinária e de odontologia do campus da Unesp também passaram por constrangimento durante trotes na universidade.Os veteranos teriam obrigado os novos alunos a rasparem os cabelos, consumir bebida alcoólica e tomar banho de lama. O trote aconteceu dentro da própria universidade. Ninguém ficou ferido. Em nota, a direção da Faculdade de Odontologia da Unesp lamentou o episódio. O texto diz ainda que será constituída uma comissão para "elucidar as circunstâncias, com adoção de outras medidas se necessário".

Fonte: Jornal O Globo

Carreiras - Curso específico

Arquitetura é uma das carreiras que pedem curso específico

LUISA ALCANTARA E SILVAda Folha de S.Paulo


As aulas dos cursinhos já estão começando, e quem pensa em prestar arquitetura, artes cênicas, música, audiovisual, design, esporte, artes plásticas e desenho de moda, entre outros cursos que costumam pedir prova específica, deve ficar atento. Esses exames exigem a mesma preparação que o vestibular das outras disciplinas.
Assim como a primeira e a segunda fase da Fuvest, que buscam candidatos com maior domínio no conteúdo do ensino médio, os exames de habilidade específica visam selecionar pessoas que já tenham alguma noção do que será ensinado no curso, para que não haja calouros completamente perdidos nas aulas. Na Fuvest, eles são após a primeira fase, com exceção das provas de música e artes plásticas, que são antes.
A correção desses exames pode ser comparada à da prova de redação: não há uma única resposta correta; há pontos que o candidato deve seguir, mas ele tem mais liberdade que em uma prova de múltipla escolha. Não há nenhuma fórmula mágica: o candidato deve estudar o que é pedido --descrito nos manuais de cada escola.
Para se preparar para as provas específicas que envolvem desenho, como arquitetura, artes plásticas, design e moda, os cursos de LA (linguagem arquitetônica) são bastante comuns.
De acordo com Filippo Guasti, que há 15 anos dá aulas de LA, o vestibulando precisa saber para essas provas, basicamente: desenho à mão livre, desenho de observação, noções de perspectiva, luz e sombra, proporção e enquadramento. "E, claro, saber fazer uma prova contra o relógio", diz ele.
Rafael Perrone, professor da FAU-USP, diz que a prova visa selecionar alunos com capacidade de pensar e de se expressar por meio do desenho. Segundo ele, a principal diferença entre a prova específica de arquitetura e a de artes plásticas é que a primeira avalia se aluno enxerga o desenho como resultado de uma reflexão, e a de artes plásticas analisa o resultado final do desenho.
Como em qualquer outro exame, "é bom tentar resolver as últimas provas para ver o que costuma ser pedido", afirma Valter Caldana, diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie.
Na Belas Artes, o primeiro ano do curso é levemente adaptado às carências que os professores detectam ao corrigir as provas dos vestibulandos.
Raquel Valente Fulchiron, coordenadora do curso de desenho de moda da Santa Marcelina, diz que o objetivo das provas específicas não é selecionar os desenhistas de moda ou, no caso de arquitetura, os projetistas, mas sim aqueles que têm noções de desenho. "Desenho de moda ele vai aprender aqui."

Partitura

O exame específico de música da Fuvest avalia, além da parte teórica, a técnica e a postura do candidato, entre outros pontos. Segundo Antonio Mário da Silva Cunha, diretor do Conservatório Souza Lima, que oferece preparatório, a preparação é pesada. "Para cada hora de aula, o aluno deve estudar mais dez."
É o que faz o vestibulando Arthur Monteiro Bruno, 18. Guitarrista, faz aula duas vezes por semana e ainda pratica em casa. "Nunca tive música na escola, não entendo ter de entrar na faculdade já sabendo."
Fonte: Folha de São Paulo

Quem sou eu

Minha foto
Sou paranaense de Ivaiporã e atualmente morando em Hortolândia desde 1991. Sou formado em matemática pela UNIVALE (PR), com especialização pela UNIG ( RJ ). Também sou formado em engenharia civil pela PUC - CAMPINAS ( PUCCAMP). Leciono atualmente na EE Prof. Euzébio A Rodrigues.Já lecionei em diversas escolas de Hortolândia-Sp e também em Sumaré - Sp. Nas escolas onde lecionei, fui representante de escola junto à APEOESP ( Sindicato dos professores ), além de ter sido também conselheiro regional. Defendo que a educação ( escola ) seja de qualidade e acessível para todos, onde tenhamos uma sociedade com cidadãos conscientes de que precisamos lutar por um mundo mais justo e com igualdade para todos. Esse é o verdadeiro papel da educação. Vamos à luta,pois sem nenhum esforço e dedicação, não conseguiremos atingir todos os nossos objetivos.
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