11 de out. de 2009

Opinião de um educador

Para educador, escola formal não serve para educar

UIRÁ MACHADO
Coordenador de Artigos e Eventos da Folha de S.Paulo

"A Escola formal não está só na forma. Está dentro da fôrma. O pior é quando está no formol. É um cadáver." É assim que o educador mineiro Tião Rocha, 59, vê o ensino convencional, de cujos métodos e conteúdos se afastou há mais de 20 anos para experimentar processos alternativos de educação.

À frente do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento desde 1984, Rocha sempre persegue "maneiras diferentes e inovadoras" de educar, alfabetizar, gerar renda. Ele distingue educação de escolarização e busca um sonho: escolas que sejam tão boas que professores e alunos queiram freqüentá-las aos sábados, domingos e feriados. "Se ninguém fez, é possível", diz.

Folha - Toda a sua história como educador é feita do lado de fora das escolas convencionais. Qual é o seu problema com a escola formal?
Tião Rocha - Se eu tivesse um analista, isso seria um prato cheio para ele. Comecei a ter problemas com a escola desde que entrei, aos sete anos.

Logo no primeiro dia de aula, no Grupo Escolar Sandoval de Azevedo, Belo Horizonte, a professora Maria Luiz Travassos nos levou para a sala de leitura, pegou um livro, "As Mais Belas Histórias", da dona Lúcia [Monteiro] Casasanta, e começou a ler: "Era uma vez um lugar muito distante, onde havia um rei e uma rainha (...)".

Eu levantei a mão e falei: "Professora, eu tenho uma tia que é rainha". Ela desconversou, pediu para eu ficar quieto. Ela prosseguiu a história. Depois que a interrompi duas ou três vezes, ela me mandou calar a boca e ir falar com a diretora, dona Ondina Aparecida Nobre.

Ela me deu um tranco, perguntou se eu queria ser expulso. A partir daí, eu sempre inventava coisa para matar a aula. Nunca tive uma escola boa. Nunca tive prazer na escola, mas sempre quis aprender.

Quando fui para a faculdade, estudei história e antropologia, fui resgatar a história da minha tia, que era rainha do congado.

Para pagar os estudos, eu precisava trabalhar. Fui dar aula e me dei conta de que, se eu achava aquilo chato, meus alunos também, porque eu era um reprodutor da mesma chatice.

Folha - E você conseguiu mudar?
Rocha - Não. Criava jeitos diferentes de trabalhar com os alunos, inovava, mas, no fim, era uma experiência muito reformista. Ela começou a ser transformadora quando aconteceu o fato com o Álvaro, minha primeira grande perda [o garoto, excelente aluno, se suicidou].

Aí eu falei: "Opa! Não adianta querer que os meninos aprendam história se eu não consigo aprender a história da vida deles". Então comecei a deixar de lado não só a forma mas também o conteúdo.

Por exemplo, pedia aos alunos para pesquisarem em casa: sobre cantiga de ninar, expressões populares, jogos etc. Um pai chegou para mim e disse: "Vim te agradecer, porque eu tinha um problema de relacionamento com meu filho, mas agora ele apareceu querendo saber sobre as brincadeiras de quando eu era criança e começamos a conversar, a brincar".

Eu nem sabia que aquele negócio estava ajudando a aproximar pais e filhos. Aí eu fui me libertando dos conteúdos cheirando a mofo e comecei a ver que estava partindo para uma outra coisa. Esse processo foi evoluindo na reflexão sobre o que é deixar de ser professor e virar educador. O professor ensina, o educador aprende.

Folha - E então o sr. começou seus projetos fora da escola, debaixo do pé de manga. Mas o sr. acha que a escola formal serve para alguma coisa?
Rocha - Ela serve para escolarizar. Ela dá um determinado tipo de informação e de conhecimento que atende um determinado tipo de demanda, um determinado tipo de modelo mental de uma sociedade que aceita, convive e não questiona.

Folha - Essa escola educa?
Rocha - Não. Ela escolariza. Uma coisa é falar em educação, outra é falar em escolarização. A maioria das pessoas que estão cometendo grandes crimes são pessoas escolarizadas. Então, que escola é essa? Para que ela serviu? Não ajudou nada, mas escolarizou.

E essa escola continua sendo branca, cristã, elitista, excludente, seletiva, conformada. Ela seleciona conteúdos, seleciona pessoas, mas não educa.

Folha - O que significa a escola ser branca?
Rocha - Por exemplo, eu nunca tive aula sobre os reis do Congo, mas tinha aula sobre todos os Bourbons, reis europeus.

Folha - E conformada?
Rocha - A escola não permite inovação. Ela é reprodutora da mesmice. A escola formal não está só na forma. Ela está dentro da fôrma. O pior é quando ela está dentro do formol. É um cadáver. O conteúdo da escola está pronto e acabado. Os meninos que vão entrar na escola no ano que vem, independentemente de quem sejam, aprenderão as mesmas coisas, do mesmo jeito. Aprendem o que alguém determinou que tem que ser aprendido.

Folha - O que está errado com o conteúdo?
Rocha - Recentemente, uma menina de nove anos, lá em Curvelo, virou para mim e disse: "Tião, vou ter prova e esqueci o que é hectômetro". Eu disse a ela que ninguém precisa saber o que é isso, que não se preocupasse, isso não cairia na prova. Perguntei se ela sabia o que era centímetro, metro, quilômetro. Ela sabia. "Pronto, tá bom demais, você vai viver a vida inteira mais 15 dias e não vai acontecer nada", disse para ela.

Passados uns dias: "Me ferrei. Caiu na prova e eu não sabia". Peraí: criança de nove anos tem que saber isso?

Isso é conhecimento morto. Mas se eu pergunto se eu posso ensinar outra coisa, não posso. O que posso é ensinar as mesmas coisas de um forma diferente. No conteúdo não pode mexer. O vestibular cobra. É um processo seletivo que vai determinando e excluindo, afunilando, dizendo que, para entrar aqui, precisa pensar desse jeito, nessa lógica. Do ponto de vista da escolarização, tá indo muito bem. Agora, se tá educando ou não, ninguém discute.

Quando uma criança é entrevistada e diz que é de determinado projeto porque quer ser alguém na vida, já sei que ela foi pessimamente educada. Um menino que aos 12 anos acha que não é ninguém na vida não tem mais auto-estima. Ele não é ele. Ela vai ser. É sempre um projeto adiado para o futuro.

Folha - Como deveria ser a educação?
Rocha - Um projeto de vida, não de formação para o mercado. A lógica da vida não é ter um emprego. Será que é possível construir um processo de uma escola que incorpore valores dignos, que passe a perceber que a ciência precisa estar condicionada a esses valores, que a tecnologia precisa estar condicionada a esses valores, que elas não podem ser determinantes dos valores humanos?

Ter analfabetos não pode ser um problema econômico, é um problema ético. A experiência que a gente vem desenvolvendo no CPCD é saber se é possível fazer educação de qualidade. Claro que é. Só que você tem que botar uma pergunta que a gente sempre faz. É o MDI: "de quantas maneiras diferentes e inovadoras eu posso"... O resto você completa com uma ação: educar, alfabetizar, diminuir a violência, gerar mais renda.

Quando a gente começa a fazer isso, aparecem 70 sugestões para alfabetizar, por exemplo. Vamos tentando uma por uma. Funcionou? Não? Risca. E vamos para a próxima. Quando chega na última, já tem mais tantas outras. Você não esgota o seu potencial de soluções para as crianças aprenderem.

Folha - Até onde vale criar soluções?
Rocha - Na educação, qual é a melhor pedagogia? É aquela que leva as pessoas a aprender. Na escolarização, a melhor pedagogia é aquela que dá mais sentido para quem a aplica.

O CPCD foi secretário da Educação de Araçuaí. Lá tinha um problema: os meninos demoravam duas horas no ônibus. O que a gente fez? Colocou educadores no ônibus. Qualquer secretaria de Educação pode fazer. É só sair da caixa.

Uma outra questão é o acesso aos livros. Há muitos anos, acompanhei a trajetória de dez crianças em Ouro Preto num período de seis, sete anos.

Como eu sei se um aluno é da primeira, da segunda, da terceira série? É pelo tamanho da pasta. No primeiro ano, traz até uma mala. Leva tudo. Depois, vai deixando. No ginásio [quinta a oitava série], eles não levam quase mais nada. No colegial, às vezes leva só uma canetinha.

Eu me perguntei se os livros perderam o encantamento ou se foi a escola que não soube mantê-los encantados. Juntei um monte de livros em baixo da árvore e mandava a meninada ir lendo. Em volta, deixava montinhos de sucata e escrevia uma placa: música, teatro, artes plásticas, literatura. Tudo que o menino lesse, tinha que ir numa direção e fazer música, teatrinho etc. É um jogo. Ler e transformar, do seu jeito.

Eles ficavam lá a tarde inteira. Vinha gente de longe. Agora, por que será que esses meninos nunca tinham entrado numa biblioteca da escola? Porque ele não tinha prazer em entrar na biblioteca. Quando ia ler um livro, tinha que dissecar a obra, classificar o texto, responder a dez perguntas sobre aquele negócio. Em baixo da árvore, ele não tinha que responder a pergunta nenhuma. Era prazer, e não dever. Os livros não perderam o encantamento, portanto.

Eu nunca li e detesto Machado de Assis. Por quê? Porque tive que fazer anatomia do livro. Achava um saco. Até hoje não consegui romper com isso.

Folha - Como enfrentar a falta de leitura?
Rocha - Faz chover livro na cabeça dos meninos. De todo jeito. Bornal de livros, algibeira de leitura, folia do livro, banco de livros, livro no ponto de ônibus. É igual propaganda. Como você quer que o cara não tome Coca-Cola? Vamos botar esse apelo para o livro. A gente foi tirando os meninos do estado de UTI. Vale tudo. É ético? É. Então, vale. Se nunca foi feito, a gente faz. Se errar, não tem problema. Temos que aprender.

Folha - Como você mexe no conteúdo? Tem um conteúdo básico?
Rocha - Claro. Tem que ter alguma coisa para começar. Precisa aprender os códigos de leitura, a a raciocinar e fazer cálculo, as quatro operações básicas. Mas não precisa saber o que é hectômetro.

Folha - Como diversificar? Ou por que diversificar?
Rocha - Há uns 20 anos, eu trabalhava bem no sertão. Tinha um projeto do governo para combater a doença de chagas na região. Parecia muito bom, as casas de adobe seriam substituídas por casas de cimento com condições de pagamento bem favoráveis. Mas não houve adesão dos moradores.

O que os engenheiros não percebiam é que as casas pareciam um forno de tão quente. O pessoal do projeto dizia: "É uma questão de adaptação". Eu respondia: "Não começa, não. A casa de adobe resolve muito bem a questão térmica. Por que não fazem casa de qualidade com adobe naquele sertão?". Eles disseram que não sabiam fazer, que não aprendiam isso na faculdade de engenharia.

Fiquei imaginando: eles não foram formados para fazer casas dignas para a população. Querem fazer em São Paulo e no sertão uma casa do mesmo tipo. Que lógica é essa? É a lógica do modelão.

Hoje, entrou na moda fazer casa de adobe, é ecológico. Engraçado. Antes, as pessoas faziam casa assim. Aí vieram, cortaram a tradição, impuseram o modelão e, agora, querem voltar ao que se fazia antes, mas travestido de conversa nova.

Folha - Você é contra todo tipo de forma universalizante?
Rocha - Como padrão único, claro.

Folha - Você é a favor de uma transformação constante?
Rocha - Da diversidade permanente.

Folha - De uma pedagogia específica para cada pessoa?
Rocha - Não. O que não pode é aprender uma única coisa, todo mundo igual. Mas não é "cada um faz o que quer". O que não pode é dar pesos desiguais, ou seja, negar ou excluir coisas em função de critérios que são absolutamente ideológicos.

É possível criar uma sociedade polivalente, diversificada? É, porque não foi feito ainda. Se ninguém fez, é possível. Isso é o que eu chamo de utopia. Utopia para mim não é um sonho impossível. É um não-feito-ainda, algo que nunca ninguém fez.

É possível aprender brincando? A escola tem que ser o serviço militar obrigatório aos sete anos ou pode ser prazerosa? Aí eu coloco um indicador: a escola ideal deve ser tão boa que professores e alunos desejem aulas aos sábados, domingos e feriados. Hoje, temos exatamente o contrário.

Os meninos estão no século 21 e a escola está Idade Média. A escola é a única instituição contemporânea que tem servos, tem serventes, pessoas que estão lá para nos servir. Nem em banco tem isso, lá são "auxiliares de serviços gerais".

Quando eu trabalhava na Universidade Federal de Outro Preto, por acaso eu virei pró-reitor. Acabei indo a uma reunião de pró-reitores com o secretário da Educação. Aquele discurso enfadonho estava me enchendo o saco, até que eu disse: "Nesse país, uma escola nunca teve crise de aprendizagem: a escola de samba.

Uma assessora do secretário disse que aquilo era inadmissível e perguntou se eu achava que a escola pública tinha que ser "aquela bagunça". Eu respondi: "Tô vendo que a sra. não entende nada de escola de samba. Na escola tem disciplinador, não tem? Pois na escola de samba tem diretor de harmonia". Entende? Uma coisa é cuidar da disciplina, outra coisa é cuidar da harmonia.

Folha - Como nasce uma nova forma de ensinar?
Rocha - Ou da dificuldade ou da pergunta. Somos movidos por uma pergunta, que vira um desafio, que vira uma encrenca. É possível educar debaixo do pé de manga? É possível criar agentes comunitários de educação? Vamos ficar pensando ou vamos aprender fazendo? Vamos aprender fazendo.

A primeira coisa que a gente fez foram os "Não Objetivos Educacionais". Porque formular um objetivo é muito simples: basta colocar um verbo na forma infinitiva e depois encher de lingüiça. O nosso verbo é o "paulofreirar", que só se conjuga no presente do indicativo: eu "paulofreiro", tu "paulofreiras" e por aí vai. Não existe "paulofreiraria", "paulofreirarei". Ou faz agora ou sai da moita. Ação e reflexão, agora.

As respostas vão sendo testadas e viram novas metodologias, pedagogias. Assim surgiu a pedagogia da roda, por exemplo, como um jeito de combater a evasão dos meninos. Não podemos perder os alunos, precisamos mantê-los interessados.

Folha - Seus métodos são tão abertos a ponto de aceitar que uma criança queira aprender na escola formal? Ou você quer acabar com a escola?
Rocha - Eu não quero acabar com a escola. Ela é muito mais importante do que parece. Ela tá longe de esgotar seu repertório, não usou nem 10% das possibilidades. Mas, para isso, ela precisa ter a ousadia de experimentar. É uma lástima dar às crianças só o que a escola formal oferece. É muito pouco.

As pessoas querem tirar os meninos da rua e levar para a escola --só se for para prender, porque para aprender não serve. É muito chato. Por que, em vez de tirar da rua, não mudamos a rua? Lugar de criança é na escola, na rua, em todos os espaços. Todos os espaços podem ser de aprendizado. Há experiências de cidades educativas muito legais.

Folha - Como é sua relação com os governos?
Rocha - Eu não vejo muita diferença. Todos eles estão dentro da mesma caixa, só muda a cor. A escola que tem agora não é muito diferente da de oito anos ou 20 anos atrás. Vai só pintando a fachada. A lógica, o processo, a metodologia muda muito pouco, no geral. A gente não consegue estabelecer alianças com os governos porque incomoda pensar fora da caixa. Se incomoda, são refratários. Então a gente vem aprendendo a fazer política pública não-governamental.

6 de out. de 2009

Dicas de segurança

Dicas de Segurança

Nesta página, oferecemos a você e sua família algumas dicas para uma vida mais segura. São cuidados simples e gratuitos, que colaboram com a atuação da polícia na prevenção à criminalidade, proporcionado mais tranqüilidade a todos os cidadãos.

Em casa

- Nunca abra a porta para pessoas estranhas. Para ajudar na identificação, instale olho mágico na porta de entrada da residência.

- Sempre peça a carteira ou crachá de identificação da empresa aos prestadores de serviço.

- Se puder, instale um sistema de alarme. Custa menos e protege mais do que você imagina.

- Solicite ao órgão responsável da sua cidade a poda ou corte de árvore que possa facilitar o acesso de ladrões a casa.

- Mantenha as portas da frente e da garagem sempre trancadas, mesmo quando a garagem estiver vazia.

- Antes de fechar a porta da frente, aguarde o fechamento dos portões de comando eletrônico.

- Se perder as chaves da casa, troque os segredos das fechaduras.

- Dê preferência a lâmpadas com sensores, que acendem quando o dia escurece e vice-versa.

- Ao chegar em casa, tenha as chaves à mão.

- Quando perceber uma atitude suspeita na vizinhança, ligue para um vizinho e chame a polícia. E peça ao vizinho que faça o mesmo por você.

Ao sair de casa

- Deixe a chave com um vizinho de sua confiança e, não, em locais acessíveis, como vasos de plantas ou debaixo do tapete.

- Deixe luzes acesas nas áreas externas, pois ladrões evitam locais em que podem ser facilmente identificados.

- Peça a um vizinho que recolha as correspondências e os jornais. Se não tiver quem faça isso, cancele a entrega dos jornais.

- Avise aos vizinhos que sua casa ficará vazia por algum tempo.

Caminhando

- Faça itinerários planejados e diversificados, dando preferência para ruas mais movimentadas.

- Evite lugares ermos próximos a parques, matas ou lotes vagos. Se for inevitável, tenha cuidado com pessoas e veículos parados nesses locais.

- Nunca pare para falar com estranhos, pois os ladrões pedem informação apenas para se aproximar da vítima.

- Não aceite carona de pessoas desconhecidas.

- Ao notar que está sendo seguido, mude de calçada e procure um local movimentado.

- Mantenha a bolsa junto ao corpo e procure não carregar objetos de valor, grandes quantias de dinheiro, originais de documentos ou cartões de crédito. Se for necessário, distribua o dinheiro e objetos em diferentes lugares, como bolsos e bolsa.

- Não carregue o celular no bolso e, ao utilizá-lo na rua, procure um local seguro para não ficar vulnerável aos assaltantes.

Crianças

- Procure conhecer os itinerários que a criança percorre com freqüência, como o caminho da escola, para que você possa detectar possíveis riscos.

- Oriente a criança a não desviar do trajeto habitual sem combinar antes ou avisar.

- Se você for buscar a criança, peça a ela que aguarde no local e não saia na rua.

- Coloque na mochila da criança o documento de identidade e uma ficha com o nome dos pais, endereço e telefone para contato.

- Ensine a criança a jamais conversar e aceitar presentes, alimentos e carona de estranhos, sob qualquer argumento.

- Oriente a criança para que se afaste de situações perigosas, como acidentes, aglomerações e discussões, e de objetos como armas.

- Aconselhe a criança a evitar andar sozinha. É bom manter-se em grupo, pois ladrões dão preferência a pessoas mais indefesas.

- Ensine as crianças a pedir auxílio à polícia (pessoalmente ou por telefone) ou a pessoas conhecidas quando perceberem pessoas estranhas em atitudes suspeitas.

No ônibus

- Procure levar o dinheiro da passagem trocado ou utilizar o vale-transporte.

- Cuidado com bolsas, carteiras e acessórios, como correntes, pulseiras e relógio.

- Mantenha a bolsa e/ou similares em frente ao corpo.

- Não carregue dinheiro ou carteira no bolso traseiro.

- Procure não ficar junto às portas de embarque e desembarque, pois é o local propício para atuação de ladrões.

No carro

- Use cinto de segurança.

- Mantenha as portas travadas e os vidros fechados.

- Sempre dirija defensivamente e não aceite provocações.

- Obedeça as leis de trânsito e o limite de velocidade.

- Procure dirigir em ruas bem iluminadas e movimentadas.

- Ao parar no sinal, principalmente à noite, reduza a velocidade com antecedência, mantenha distância do carro da frente e fique atento.

- Procure parar na pista da direita, pois os assaltantes agem mais do lado do motorista.

Estacionando

- Procure estacionar o carro em lugar movimentado e iluminado.

- Não estacione para conversar e namorar dentro do carro, principalmente em local escuro e desabitado.

- Levante os vidros do carro, ao estacionar, não deixando abertura que possibilite o destravamento das portas.

- Não deixe dinheiro e objetos de valor, como bolsas, celulares e notebooks, em locais visíveis do carro. Use o porta-malas.

- Não guarde chave reserva e documentos do carro dentro do mesmo.

- Se possível, instale sistemas de segurança ou alarme, para dificultar a ação dos ladrões.

- Quando estiver sozinha, ande mais afastada dos carros, para evitar que você seja surpreendido (a) por assaltantes.

- Ao dirigir-se para o carro, tenha a chave sempre à mão.

No banco

- Evite ir sozinho em terminais de Auto-Atendimento ou Banco 24 Horas e dê preferência aos caixas e horários de maior movimento.

- Antes de sair do caixa eletrônico, sempre conte e guarde o dinheiro.

- Se notar alguma situação suspeita, ao utilizar o caixa eletrônico, saia discretamente e chame a polícia.

- Nunca aceite ajuda de terceiros ao utilizar os terminais de Auto-Atendimento ou o Banco 24 Horas.

- Jamais forneça sua senha a terceiros e tenha cuidado ao digitá-la, para que não seja vista.

- Não escreva no cartão eletrônico, ou papel junto a ele, a sua senha.

- Se o cartão eletrônico ficar retido ou preso no caixa eletrônico, não digite novamente a sua senha e procure orientação no banco. Se o problema não for resolvido imediatamente, chame a polícia e faça uma ocorrência.

- Evite realizar saques de grandes quantias. Se for inevitável, leve uma bolsa adequada ou vista uma roupa com bolsos, seja discreto e não vá sozinho (a).

Assalto, Seqüestro Relâmpago ou Estupro

Se mesmo seguindo todas as dicas acima, você for vítima de um crime, proceda da seguinte maneira:

- Não reaja em nenhuma circunstância.

- Obedeça a todas as exigências do agressor.

- Não mostre desespero, não grite ou faça movimentos bruscos.

- Não converse com o agressor de forma afetiva.

- Tente observar as roupas, características físicas, cicatrizes e marcas no corpo do agressor.

- Peça ajuda a polícia assim que o agressor for embora. Nunca persiga o agressor sozinho.

- Em caso de estupro, não tome banho ou troque de roupa antes de comparecer à delegacia para fazer a denúncia.

Negócios

Cheque

- Ao receber um cheque pré-datado, confira a procedência do mesmo, para não ser vítima do conhecido cheque “sem fundo”, que só poderá ser cobrado em uma ação cível. Isso porque o cheque pré-datado não é reconhecido legalmente e só pode ser caracterizado como crime quando for comprovada a má intenção do emitente.

Carro

- Prefira adquirir um carro em lojas ou concessionárias legalmente estabelecidas, cuja situação pode ser checada no DETRAN e em órgãos de fiscalização, como o PROCON.

- Antes de fechar o negócio, verifique o número do chassi e toda a documentação do carro – CRVL, CRV, DPVAT e IPVA.

- Consulte o DETRAN para saber se existem multas referentes ao veículo.

- Examine o carro à luz do dia e em local claro.

- Confira o estado de conservação do carro: mecânica, elétrica, lataria, amortecedores, funilaria e equipamentos de segurança. Se possível, peça a um mecânico da sua confiança para fazer a vistoria.

Imóvel

- Antes de adquirir um imóvel, verifique na prefeitura da sua cidade toda a documentação do mesmo.

- Consulte órgãos de fiscalização, como o PROCON, sobre a idoneidade da construtora, para comprar imóveis na planta.

- Visite imóveis construídos pela empresa de engenharia para verificar a qualidade da construção.

- Ao adquirir o imóvel na planta, peça para constar no contrato multa por atraso na entrega.

- Após a aquisição do imóvel, visite periodicamente a obra para acompanhar seu andamento.

- Se a compra do imóvel for diretamente com o proprietário ou imobiliária, solicite a Certidão Vintenária, que informa sobre a situação do mesmo nos últimos 20 (vinte) anos.

Golpes

Desconfie, caso alguém lhe ofereça grandes vantagens financeiras em troca de adiantamento de dinheiro. Toda negociação financeira deve ser feita pessoalmente, com apresentação de documentos e, no caso de empresas, consulte a idoneidade da instituição em órgãos de fiscalização.

Tipos de golpes mais comuns:

- Quando procurado por “corretores de seguro”, que exigem pagamento de uma taxa para liberação de dinheiro de seguro, peça a identificação do indivíduo, marque um novo encontro e confirme, junto a seguradora, se realmente existe alguma apólice de seguro em seu benefício. Isso evita que você deposite dinheiro para um estelionatário, que obteve os dados de seu parente falecido nos obituários diários. O procedimento normal da seguradora é solicitar, através de correspondência ou convite, o comparecimento do beneficiado ao escritório da empresa e sem cobrança de taxas.

- Se você for abordado por um caipira recém-chegado do interior, com problemas de saúde na família e um bilhete de loteria premiado, tome cuidado, pois pode ser um estelionatário. Alegando que não conhece a burocracia da cidade “grande”, ele propõe que você fique com o bilhete e, em troca, adiante parte do dinheiro. Em seguida, ele desaparece e você só descobre que o bilhete é falso ao procurar a casa lotérica.

- Para evitar que você seja vítima do disque-extorsão, não forneça dados pessoais por telefone, internet ou outros meios de comunicação similares. Caso receba um telefonema, com pedido de resgate, pelo seqüestro de algum parente, desligue imediatamente. Em seguida, faça contato com seus familiares e entre em contato com a polícia. Jamais combine encontros, acordos ou pagamentos, pois geralmente essas são ligações realizadas por pessoas de outros estados, que inventam uma história para convencê-lo a fazer o depósito, mas é apenas uma farsa.

- Cuidado com “empresas financeiras”, que exigem o pagamento de um seguro para liberação de empréstimo ou depósito para compra de um veículo sorteado em consórcio. Após receberem o dinheiro, os negociadores não cumprem o trato e, como utilizam documentos de empresas inexistentes ou que desconhecem o fato, contas fantasmas e celulares pré-pagos ou clonados, dificilmente os estelionatários são encontrados pela polícia

- Se você trabalha como office-boy, ao retirar dinheiro no banco e levá-lo para a empresa, não converse com estranhos, nem aceite propostas de gratificação. Geralmente, o estelionatário segue o office-boy do banco até a rua, e, por meio de uma encenação, envolve o garoto em uma situação de auxílio, oferecendo como gratificação dinheiro ou acessórios. Quando o office-boy vai buscar a recompensa, deixa o pacote de dinheiro com o estelionatário, que foge. Ao chegar no local indicado, o garoto descobre que foi enganado.

- Em locais de exame de habilitação, como o Detran, não aceite propostas de aprovação no exame em troca de dinheiro. Essas propostas são feitas por estelionatários que fingem ser amigos de examinadores e que exigem o pagamento adiantado. Se você for reprovado, ele alega que não foi possível sua aprovação, devido ao excesso de erros. Não devolve o dinheiro e faz ameaças de envolver você, caso o denuncie.

- Ao utilizar o cartão de crédito, exija que todas as operações sejam realizadas na sua frente, para evitar a clonagem do cartão, feita em uma máquina portátil, que grava as informações da tarja magnética. Se você receber extrato de compras não efetuadas, registre o caso em uma Delegacia de Polícia, guardando uma cópia do documento, e comunique imediatamente à administradora, informando as providências adotadas. Se ocorrer descaso, omissão ou cobrança indevida da administradora do cartão, você pode solicitar, na justiça, uma indenização por danos morais.

- Quando utilizar caixas eletrônicos, não peça ajuda a terceiros, nem deixe o cartão na máquina, caso ocorra um travamento. Isso evita a ação de estelionatários, que ficam próximo ao caixa e, por meio de diversos artifícios, trocam ou roubam o cartão, memorizam a senha e, em seguida, fazem saques na sua conta bancária. Portanto, solicite ajuda apenas aos funcionários da agência e, em caso de travamento do caixa, entre em contato com o banco para ser orientado corretamente.

- Não aceite bebidas e alimentos de pessoas desconhecidas, para não ser vítima do conhecido “Boa Noite Cinderela”. Nesse golpe, o assaltante adormece a vítima com sonífero, colocado em uma bebida ou alimento e, em seguida, furta dinheiro e objetos.

Quem sou eu

Minha foto
Sou paranaense de Ivaiporã e atualmente morando em Hortolândia desde 1991. Sou formado em matemática pela UNIVALE (PR), com especialização pela UNIG ( RJ ). Também sou formado em engenharia civil pela PUC - CAMPINAS ( PUCCAMP). Leciono atualmente na EE Prof. Euzébio A Rodrigues.Já lecionei em diversas escolas de Hortolândia-Sp e também em Sumaré - Sp. Nas escolas onde lecionei, fui representante de escola junto à APEOESP ( Sindicato dos professores ), além de ter sido também conselheiro regional. Defendo que a educação ( escola ) seja de qualidade e acessível para todos, onde tenhamos uma sociedade com cidadãos conscientes de que precisamos lutar por um mundo mais justo e com igualdade para todos. Esse é o verdadeiro papel da educação. Vamos à luta,pois sem nenhum esforço e dedicação, não conseguiremos atingir todos os nossos objetivos.
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