17 de dez. de 2010

Sites interessantes para visitas

Arte

Galleria Degli Uffizi, Firenze: http://www.uffizi.firenze.it
MAC - Museu de Arte Contemporânea da USP: http://www.mac.usp.br
MASP - Museu de Arte de São Paulo: http://www.masp.art.br
Museu de Arte Moderna de Nova Iorque: http://www.moma.org
Museu de História Natural do Reino Unido: http://www.nhm.ac.uk
Museu do Louvre, Paris: http://www.louvre.fr
Museu d'Orsay: http://www.musee-orsay.fr
Museu do Prado: http://museoprado.mcu.es
Pinacoteca do Estado de São Paulo: http://www.saopaulo.sp.gov.br/saopaulo/
cultura/museus_pinac.htm
Tarsila do Amaral: http://www.tarsiladoamaral.com.br

CIÊNCIA

Ciência Hoje: http://www.ciencia.org.br
Discovery Online: http://www.discovery.com
SBCP - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência: http://www.sbpcnet.org.br
Nasa - http://www.nasa.gov

EDUCAÇÃO

EscolaNet: http://www.escolanet.com.br
Estadão na Escola: http://www.estadao-escola.com.br
Projeto Aprendiz: http://www.aprendiz.com.br
Projeto Mutirão digital: http://www.mutiraodigital.com.br

LITERATURA

A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro: http://www.bibvirt.futuro.usp.br
Carlos Drummond de Andrade: http://www.carlosdrummond.com.br
Fernando Pessoa - Obra Poética: http://www.insite.com.br/art/pessoa
Jornal de Poesia: http://www.secrel.com.br/jpoesia/poesia.html

NOTÍCIAS

Agência Estado: http://www.agestado.com.br
O Globo On: http://www.oglobo.com.br
Universo Online: http://www.uol.com.br

ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS

Governo do Brasil: http://www.brasil.gov.br
Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis: http://www.ibama.gov.br
IBGE - Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: http://www.ibge.gov.br
Ministério da Ciência e Tecnologia: http://www.mct.gov.br
Ministério do Meio Ambiente: http://www.mma.gov.br

SITES PARA CRIANÇAS

http://www.estadinho.com.br
http://www.ajkids.com
http://www.eduplace.com/kids
http://www.esart.com
http://www.infoplease.com
http://www.kids-space.org
http://www.mathleague.com

UNIVERSIDADES E INSTITUTOS DE PESQUISAS

Fundação Getúlio Vargas: http://www.fgvsp.br
Fundação Oswaldo Cruz: http://www.fiocruz.br
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais: http://www.inep.gov.br
Universidade de São Paulo: http://www.usp.br

23 de abr. de 2010

Reforma curricular em São Paulo

As mesmas nuvens carregadas com as chuvas de verão anunciam tempestades e trovoadas para a educação em São Paulo. Após a constatação que a aprendizagem dos alunos escorreu pelos dedos, pela aprovação automática e pelas políticas públicas do Governo do Estado, fala-se em reformulação curricular para o próximo ano.

No pretexto de transformar o Ensino Médio em algo semi-profissionalizante extinguiu-se a 6ª aula do período diurno, que aliás não rendia nada, e reduziu-se a carga horária de algumas disciplinas para ampliar a de outras.

A lógica é simples: retirou-se tempo e conteúdo de disciplinas consideradas irrelevantes, como História, Geografia, Física, Química, Biologia, Sociologia, Filosofia, Artes e Educação Física para se ampliar a carga horária, já robusta, de disciplinas como Português e Matemática, como se isso fosse resolver o problema dos alunos que concluem o Ensino Médio sem saber ler, escrever e realizar as quatro operações matemáticas fundamentais.

De que adianta ampliar a carga horária dessas disciplinas, o que já foi feito há pouco tempo, se a estrutura física da escola, a atuação do professor e a abordagem dos conteúdos continuam as mesmas?

De que adianta falar em educação de qualidade, atuação pedagógica diferenciada e atenção às necessidades dos alunos se às salas de aula são verdadeiros depósitos, que concentram crianças e adolescentes em quantidade muito superior ao espaço físico disponível?

De que adianta falar em bônus, valorização do professor e respeito à educação se os profissionais do magistério são submetidos a jornadas desgastantes, assumindo o compromisso com a aprendizagem de uma quantidade de alunos muito além de suas capacidades, apenas para garantir um vencimento muitas vezes insuficiente para suas necessidades fisiológicas?

Se analisarmos a educação e o progresso dos países desenvolvidos, perceberemos que existe uma relação direta entre a escola e a produção de riqueza. O conhecimento aprendido na escola impulsiona os cidadãos do país ao progresso, à pesquisa e ao desenvolvimento de novas tecnologias e produtos, que agregam valor e contribuem decisivamente para a prosperidade nacional.

Nas aulas de Física, Química e Biologia os estudantes desses países ingressam nesse universo e despertam para a possibilidade de assumirem um papel nesse desenvolvimento.

Nas aulas de História, Geografia, Filosofia e Sociologia os estudantes percebem as características e peculiaridades das relações sócio-econômicas da realidade e entendem as posturas empreendedoras e as necessidades jurídicas que precisam desenvolver para que esse desenvolvimento ocorra.

Em vez disso, o que faz São Paulo? Restringe o conteúdo a ser disponibilizado aos seus estudantes e praticamente anula a possibilidade de desenvolvimento produtivo. Limitando seus alunos ao básico da leitura e dos fundamentos da Matemática, o Estado propõe a formação semi-profissional de uma mão-de-obra essencialmente barata e desprovida da capacidade de criar, inovar e perceber sua realidade.

Até parece que isso faz parte de um projeto, mais amplo e perverso, que visa restringir o acesso ao conhecimento mais avançado à uma parcela privilegiada da população, que tem a oportunidade de estudar nas escolas particulares. Até parece que esse projeto seria uma resposta à idéia de reservar uma quantidade de vagas das Universidades públicas aos alunos que estudaram o Ensino Médio no sistema público.

Por acaso os vestibulares dessas universidades serão limitados aos conteúdos semi-profissionalizantes que o Estado planeja adotar?

Uma coisa é certa: até quem acredita em alguma boa intenção das pessoas que elaboraram essas propostas de reformulação curricular é capaz de perceber que a abordagem da questão está ERRADA. Não se corrige um problema desses com mais do mesmo. É preciso fazer uma reformulação pedagógica completa.

Se o problema é estrutural, deve-se prover e reorganizar as estruturas físicas e burocráticas da escola.

Se o problema é o professor, deve-se primeiro garantir aos docentes às condições necessárias ao seu trabalho (financeiras, estruturais e pedagógicas) para depois cobrar as posturas necessárias.

Se problemas é o aluno e a qualidade da educação familiar, deve-se interferir nesse processo com programas sociais e exigências legais, como já prevê a nossa legislação.

Se o problema é o Governo do Estado, que, com uma proposta dessas não parece perceber a dimensão do problema, deve o Sr Governador do Estado de São Paulo ter a dignidade de utilizar sua grande capacidade de organizar e sistematizar informações e pessoas qualificadas para atacar o problema em todas as suas dimensões, para que, como aconteceu com a Progressão Continuada, a reformulação curricular não promova um desastre educacional para as próximas gerações.

A Síndrome de Burnout - professor doente



A Síndrome de Burnout é caracterizada principalmente pela irritação e frustração.

Os inúmeros desafios vivenciados por professores da rede pública estadual podem refletir efeitos negativos na saúde. De acordo com uma pesquisa realizada pelo curso de Psicologia do Centro Universitário Cesmac, os docentes apresentam mais tendência a desenvolver a chamada Síndrome de Burnout do que os colegas que atuam na rede privada de ensino.

Neste tipo de doença psicológica existe a manifestação inconsciente do esgotamento emocional, que pode ocorre por causa de grandes esforços no trabalho. As características da síndrome são: agressividade, irritação, desinteresse, falta de motivação, frustração, depressão, angustia, e avaliação negativa do seu desempenho. As manifestações fisiológicas também aparecem: cansaço, dores musculares, falta de apetite, insônia, frieza, dores de cabeça frequente e dificuldades respiratórias.

O estudo desenvolvido pelas alunas Andressa Pereira Lopes e Rita de Cássia Tenório Monteiro, sob a orientação do professor mestre Édel Alexandre Silva Pontes, teve como amostra quarenta professores que lecionam nos níveis fundamental e médio – sendo que vinte deles atuavam exclusivamente na rede pública, enquanto os outros vinte exclusivamente na rede particular. Todos eles responderam a um questionário psicossocial, seguido do inventário Maslach Burnout, intrumento aplicado para identificar os níveis da síndrome entre os profissionais.

O inventário avaliou como os professores vivenciam o trabalho em relação a: exaustão emocional, realização profissional e despersonalização. No quesito exaustão emocional e realização profissional o desempenho dos professores da rede pública apresentaram índices médios mais baixos.

A pesquisa apontou também que metade dos professores tanto da rede particular como pública afirmaram que gostariam de mudar de profissão. “O salário foi o motivo mais citado entre os profissionais, seguido da falta de respeito e interesse por parte dos alunos, além do excesso de trabalho”, disse Andressa.

“As relações familiares se transformaram. Hoje em dia, em função da pressão e da alta competitividade do mercado de trabalho, os pais são menos presentes na vida dos filhos – o que torna a tarefa de educar uma tarefa difícil diante do pouco tempo disponível. Então, a escola passou a desempenhar um papel ainda mais importante na formação das crianças e adolescentes”, analisa Rita de Cássia.

Como agente de transformação da sociedade, o professor é um dos profissionais mais exigidos. Ele deve ser dinâmico, criativo, estar sempre atualizado. “Ser professor de uma escola particular significa ter materiais didáticos suficientes e adequados para ensinar; é atuar dentro de uma estrutura que proporciona segurança física. Em contrapartida, tal profissional precisa estar sempre atualizado, fazendo cursos, sendo inovador para não correr o risco de ser demitido. Já o professor da rede pública encara outros desafios. Embora mantenha a estabilidade do emprego, esse profissional se depara com precariedades do sistema de ensino decorrentes da falta de investimento. Ou seja, sempre irão existir vantagens e desvantagens nas duas realidades de trabalho”, diz o professor Édel Alexandre Silva Pontes.

Segundo o educador, a instituição de ensino deve ficar atenta às mudanças de comportamento e humor de seu corpo docente porque ao desenvolverem a Síndrome de Burnout os prejuízos são muitos em todo sistema educacional, como faltas constantes, descumprimento de horários e queda no desempenho geral dos alunos. “O professor acometido por Burnout tem dificuldades em se envolver, falta-lhe carisma e emoção quando se relaciona com os estudantes – o que afeta não só a aprendizagem e a motivação dos alunos, como também o comportamento deles”, afirmou.

Redação Terra

29 de mar. de 2010

Carta da presidenta da APEOESP

São Paulo, março de 2010.

Prezados senhores, prezadas senhoras,

A APEOESP, sindicato dos professores estaduais, pede respeitosamente licença para expor aos senhores e às senhoras, resumidamente, a situação atual da rede estadual de ensino, e os motivos que nos levaram a estar em greve desde o dia 8 de março.
Esta nossa mensagem é importante, porque estamos dialogando com pessoas cujos filhos e filhas são, possivelmente, nossos alunos e alunas na escola pública.
O propósito da nossa greve é, sim, melhorar nossas condições salariais e de trabalho, mas o objetivo maior é oferecer um ensino sempre de melhor qualidade.
Estar em greve nunca é uma situação fácil; por isto ela é um recurso que utilizamos quando as portas se fecham e não ocorre a negociação. É o que tem acontecido. Há muito tempo estamos alertando o governo de que nossos salários são muito baixos, que acumulamos muitas perdas e que as condições de trabalho são muito ruins. Isto afeta a qualidade do nosso trabalho e prejudica o aprendizado de seus filhos e filhas.
Mas o governo não nos atende, nem quer negociar. A resposta é sempre não, não e não. Para piorar, agora manda a polícia militar nos agredir, como tem ocorrido em diversas cidades e, com maior gravidade, na tarde de 26 de março nas imediações do Palácio dos Bandeirantes, deixando vários professores feridos.
Os senhores e as senhoras sabem que o professor que alfabetiza seus filhos, na jornada de trabalho de 24 horas semanais, ganha apenas seis reais e cinquenta e cinco centavos por hora aula?
E que o professor de 5ª a 8ª série e ensino médio ganha apenas sete reais e cinquenta e oito reais por hora aula? E que o nosso vale alimentação é de apenas quatro reais?
Escola não é só prédio e equipamentos. Eles são importantes, mas a essência da escola são as pessoas que nela estudam e trabalham. No entanto, ao contrário de serem valorizados, os professore estão submetidos a muita pressão. Leis e decretos que retiram direitos profissionais, impõem obrigações injustificadas, provas para isto e para aquilo e estimulam uma competição nada saudável entre professores, criando um clima nas escolas que não ajuda a melhorar o processo educativo.
Nós precisamos do apoio e da compreensão de vocês. Nossa profissão é ensinar. Nós formamos e dedicamos nossas vidas a isto. Nosso instrumento de trabalho é a educação. Estamos tristes com tanto desrespeito do governo, mas não nos entregamos porque temos compromisso com cada um de vocês e com seus filhos e filhas.
Quanto mais apoio houver, mais rápido o governo negociará e as escolas estaduais de São Paulo voltarão à sua rotina normal, mas haverá mais qualidade de ensino... podem estar certos disto!

Um grande abraço. Muito obrigada!


Maria Izabel Azevedo Noronha
Presidenta da APEOESP
Membro do Conselho Nacional de Educação

25 de mar. de 2010

Professor é a primeira referência

Profundamente envolvido com meu trabalho, não deixo de pensar na minha profissão hoje em dia. E refletir sobre ela é pensar, acima de tudo, na realidade dos meus alunos: suas referências, seu presente e seu futuro.

Dispensável é comentar a importância de um professor na vida de um jovem (é chover no molhado). Mas o professor não é só professor. É, antes disso, um ser humano que fez opções, tem história. E sua história é a de quem optou pelo conhecimento: obtê-lo, desenvolvê-lo e ajudar outros a fazerem o mesmo.

Na escola pública o professor é a primeira referência da maioria dos alunos que, em seu cotidiano, conhecem poucas pessoas que fizeram curso superior. Portanto, quando o professor diz para um aluno "VOCÊ PRECISA ESTUDAR" e arremata "SÓ COM O ESTUDO VOCÊ TERÁ UM BOM FUTURO", o aluno olha para ele e pensa. Mas se ele não vê no professor (sua referência de alguém que estudou) um exemplo de êxito profissional, o discurso do professor se esvazia e o aluno passa a desacreditar em suas palavras. Daí a falta de perspectiva, a violência, o desespero que é geral.

É uma questão simbólica. O professor não ensina apenas com sua voz e giz na mão. Ensina em silêncio, através da imagem que representa. E se sua imagem atualmente representa o fracasso (mesmo o concursado), o aluno conclui que seus anos de estudo não valem de nada e, logo, que "não vale à pena estudar".

Se a mídia, que tanto noticia desvios orçamentários, reclama a corrupção e deplora a desinformação do país é sincera, ela precisa estar do nosso lado, e não contra nós, como alguns jornais tem efetivamente se posicionado. É o momento de dar uma virada na história. É preciso nos dar voz e valor. Só assim teremos condições, em primeiro lugar, de continuar a estudar, para, só depois, ensinar.

Nós, professores, não temos conseguido pagar com a mínima tranqüilidade nossa vida cotidiana, criar nossos filhos. Temos uma vida precária. Como já foi dito e repetido, precisamos dar aula em várias redes de ensino ao mesmo tempo, ocupando nossa vida com jornadas de 50, 70, 90 horas por semana com aulas, preparação de provas e correções de 500, 700, 800, 1.000 avaliações individuais escritas mensalmente para termos o mínimo de condições de sobreviver. Isso precisa mudar. Esse ritmo de trabalho funciona como uma espécie de britadeira que destrói o cérebro de qualquer um. Daí que jovens brilhantes ao entrar na profissão, depois de 10 anos de magistério tornem-se embrutecidos. É um contra-senso cobrar mérito se você não dá condições para o professor se preparar. É esquizofrenia pura! Além do mais, os princípios do mérito cobrado estão equivocados.

Há critica para o nosso sindicato. Mas não percebe que NÃO SOMOS MANIPULADOS POR ELE. Essa greve é NOSSA e NÃO DO SINDICATO. O sindicato é o nosso representante e nós é que fazemos ele entrar em greve. Desde que atuo no magistério, essa é a greve mais lúcida dirigida por ele, pois tocou na questão central de nossa vida: aumento salarial. Por que afirmo isso? Por que o dinheiro no nosso bolso, além de aliviar nosso desespero, será nosso maior argumento junto aos alunos para convencê-los a estudar. O aumento salarial será o preenchimento de nosso discurso em sala de aula. Será nossa arma contra a violência na escola e na sociedade, enfim, contra a falta de referência do aluno.

Em suma, a vida do professor precisa ser a concretização do discurso veiculado por todos que chamam a atenção para a importância dos estudos. Precisamos ser referência para os alunos de que estudar é importante e vale à pena.

Greve, nesse momento, não é diversão, querer transtornar o trânsito ou provocar um fato qualquer para sair na mídia. É tentar provocar algum tipo de mudança. De mudança, para podermos construir um verdadeiro país.

Qualquer indignação com a educação como ela está nesse momento sem revolta com as CONDIÇÕES DE VIDA e de TRABALHO do professor, é falsa. É preciso refletir sobre isso. E agir.

Portanto, é por isso que estamos de greve, que é uma forma de ação para mudar este estado de coisas. Para que qualquer um de nós, professores, quando viermos a falar para nossos alunos estudarem para terem um futuro melhor, nos sintamos orgulhosos de nossa profissão e possamos citar a nós mesmos como exemplos para eles!!!

20 de mar. de 2010

Mais de 53000 motivos para PARAR

Mais de 53000 motivos para PARAR
Uma questão para cada 1000 presentes

1000. Será que todos nós que estávamos lá estamos errados?
2000. Quando a polícia deixará de fechar o espaço aéreo para não filmarem nossa manifestação?
3000. O Governo divulgar nºs errados é normal... mas a mídia? Quem será que eles têm o “rabo preso” com alguém?
4000. Quando nossos "colegas", que se dizem "politizados", e estão trabalhando, vão entrar nessa greve?
5000. Por quê muitos insistem em concordar em ficar trabalhando neste momento e depois, faltam mais do que aqueles que estão em greve, ao longo do ano?
6000. Quando será que nós vamos ter novamente o direito de ter ao menos o DiSSÍDIO ou REAJUSTE, referente a inflação no período?
7000. Quando o Estado vai parar de perder bons professores e bons alunos para a rede particular, pois os professores que estão lá trabalham ou já trabalharam para o Governo estadual?
8000. Será que todos que ainda não pararam, (diretores, vice-diretores, coordenadores pedagógicos, professores e funcionário) vão conseguir encontrar até o fim da greve uma BOA DESCULPA para não parar?
9000. Quando os Professores OFAs, na totalidade, vão perceber que é agora ou nunca?
10000. No final do ano vai ter provinha novamente?
11000. E se você não estiver bem neste dia?
12000. Que tal avaliarmos nossos alunos somente com UMA PROVINHA?
13000. Seria injusto, não?
14000. Até quando vamos ver nossos colegas do interior em massa em SAMPA e vamos ficar em casa esperando “passar na Tv”?
15000. Até quando alguns professores de história, geografia, filosofia e sociologia vão ensinar seus alunos civilidade, não participando da greve?
16000. Até quando você vai ficar calado?
17000. Até quando você vai continuar sendo hostilizado por alunos que se recusam a estudar a cartilha que o governo “preparou” para eles?
18000. Até quando vamos fazer de conta que não sabemos que os alunos fizeram sites com as respostas das apostilas?
19000. Até quando você vai acreditar que nas escolas há DOIS professores na sala de aula?
20000. Nas escolas que possuem, nem queiram saber qual é o salário da 2ª professora.
21000. Até quando você vai levar porrada de aluno ou de seu “responsável”?
22000. Até quando alguns professores vão continuar sendo ridicularizados nas delegacias de polícia, quando pedem humilhantemente para fazerem um B.O?
23000. Até quando vamos comer merenda escondido, ou comer o que sobra, inclusive aquelas almôndegas enlatas (lição de alimentação saudável), pois a merenda é somente para os alunos?
24000. Quando será que nosso vale-alimentação vai sair dos R$4,00?
25000. Quando será que vão parar de destruir os carros ou motos dos professores (muitos conseguimos comprar um carro ou moto parcelado, e depois viramos escravos do estado para pagar)?
26000. Quantos de nós temos, talvez, vergonha de dizermos que somos professores do Estado?
27000. Quantos estão adoecendo (de verdade)?
28000. Quantos professores possuem convênio particular?
29000. Quem conhece algum responsável que não sabe nada disso?
30000. Quem de nós escreve recadinhos no orkut e não denuncia tudo o que passamos (e eu me incluía até agora)?
31000. Você compra um livro por mês?
32000. Você já tirou xerox com seu dinheiro, pois o governo não nos oferece esse recurso?
33000. Você faz recargas de cartucho para imprimir as provas de seus alunos?
34000. Quando você imprime, você também compra as folhas?
35000. Algum de vocês já comprou as folhas, imprimiu em sua casa, ou tirou cópias com seu dinheiro e depois algum aluno “rasgou” a atividade?
36000. Alguém conhece algum aluno com Necessidades Educativas Especiais que possui todos os recursos necessários (além das rampas, que já foram uma grande conquista)?
37000. Quase esqueci, alguém vai a teatro ou cinema mais de uma vez no bimestre?
38000. Qual de vocês possui Tv por assinatura?
39000. E Internet rápida?
40000. Quem conhece outro profissional, que tenha nível superior, e ganhe o equivalente a nós?
41000. Quantos de nós, mesmo após tudo isso, damos audiência para o “BBB” na Globo?
42000. Quem precisa de uma reforma em sua escola, mesmo após as reformas realizadas?
43000. Quem precisa de um banho de loja? É, professor tem que se vestir!
44000. Quem precisa de uma lousa descente (para quem não é professor, nós ainda usamos lousa).
45000. Quem pega várias conduções por dia, e paga todas (diferente dos PMs e do pessoal do Correio).
46000. Até quando vamos dar provas de somente uma folha para os nossos alunos, (pois mais do que isso não dá para pagar), e vemos nossos alunos serem obrigados a fazem um SARESP, um ENEM, uma PROVA BRASIL e as tais OLIMPÍADAS, com aproximadamente 20 páginas?
47000. Até quando vamos passar tantas horas educando os filhos dos outros (em jornadas absurdas) e vamos reservar mais tempo para os nossos?
48000. Quando será que todos nós vamos perceber que tudo é política? (E ainda dependem de nós para trabalharmos na eleição dos que não nos representam!)
49000. Será que realmente vivemos num país democrático? Se a Educação é calada?
50000. Até quando vamos ficar pensando em mudar de profissão?
51000. Quem nunca corrigiu um pacote de provas com visita na sala de casa?
52000. Quem, lá no fundo da alma, não sentiu um pouquinho de vergonha por não ter ido lá?
53000. Tenho certeza que tinha mais questões e mais colegas na Paulista, mas vou parar por aqui.

16 de mar. de 2010

Conheça seus direitos

Paralisacão dos professores - 12-03-2010

Uma greve justa

Uma greve justa
O descaso com a educação pública no Brasil já é sabido por todos e não é de hoje. Infelizmente fica sempre em terceiro ou quarto plano. Em São Paulo, o estado mais rico da nação, pasmem, a situação é pior ainda. Com um orçamento fabuloso , nos deparamos com quase todas as escolas, sem salas de informática em funcionamento, já não vemos em quase nenhuma delas, laboratórios de química , biologia, salas ambientes para ciências e outras áreas. Assistimos sim, a propagandas enganosas, que mostram que as escolas são de primeiro mundo, o que não é verdade. Por isso , a greve é mais que justa..........

UNESP Marilia apoia a greve dos professores

UNESP Marilia apoia a greve dos professores
O Centro Acadêmico de Pedagogia “Anísio Teixeira” da Faculdade de Filosofia e Ciências – UNESP – Campus de Marília vêm por meio de esta moção manifestar integral apoio e solidariedade aos professores da Educação Básica do Estado de São Paulo, representados pela APEOSP, em greve desde segunda-feira (08/03/09).

A greve pela dignidade do magistério e pela qualidade da educação é um legítimo direito dos trabalhadores frente à política de sucateamento da educação e precarização do trabalho docente do atual Governo SERRA.

Entendemos que as reivindicações da categoria vão ao encontro de uma concepção de Educação para além da qual está posta pelo governo SERRA:

- NÃO A MERITOCRACIA!!!!

- AUTONOMIA DOCENTE!!!

- NÃO A UMA ESCOLA EM FAVOR DO CAPITAL!!!

Não queremos mais reformas que trazem em seu bojo oportunismo e um discurso enviesado, que coloca como o grande problema da educação a falta de controle sobre a atividade docente. A aula não se trata de um produto a ser consumido pelo aluno, e o professor não é um mero “dador” de aula que precisa provar produtividade através de provas. O/A professor/a se trata de um profissional capacitado, que merece melhores condições de trabalho, para poder articular com os alunos conhecimento, cultura e apropriação destes através de uma relação de interação. Além do professor/a ter que se submeter a péssimas condições de trabalho, não garantem a ele o exercício do magistério de qualidade, como por exemplo, as salas lotadas, agora lhe são revogados direitos historicamente conquistados, por lutas e movimentação política.

-CONTRA O PRATICISMO DEFENDIDO POR PAULO RENATO

O atual secretário em suas falas a imprensa responsabiliza a falta de qualidade do ensino aos professores, que deveriam ter menos ideologia e mais pragmatismo. Se tratando de uma pessoa que não tem formação na área da educação, entendemos que ele se engana sobre os conceitos de ideologia e pragmatismo.

10 de mar. de 2010

Didática tucana










Há muitos anos em São Paulo, o estado mais rico da federação, a educação pública tem sido deixada de lado por sucessivos governos ligados ao memo grupo. Salários baixos, não respeito à data base, política de bonificações que garantem aumento real do salário, falta de diálogo com o professorado, desrespeito aos aposentados, etc.



Além disso, salas de aulas super lotadas, laboatórios de informática que não funcionam, inexistência total de laboratórios nas escolas, enfim , um caos.



É triste ter que falar sobre isso, mas repito, é o estado mais rico do país. Dinheiro suficiente para atender a todas as reinvidicações existe. O que falta é vontade política para sanar o problema. Falta respeito para com o cidadão que paga os seus impostos em dia. Falta vontade política para sentar numa mesa de negociação.



É necessário exigirmos educação de qualidade, pois esse é o único caminho para termos todos os jovens sendo verdaeiros cidadãos e preparados para o enfrentamento das dificuldades e para o mercado de trabalho. É uma luta que necessita da participação de todos.









12 de jan. de 2010

Espanhol na rede pública

Serra lança programa de idioma e critica lei federal sobre ensino de espanhol



DANIEL RONCAGLIA
colaboração para a Folha Online


A nove meses das eleições presidenciais de outubro, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), lançou nesta terça-feira um programa que amplia o ensino de língua estrangeira complementar para alunos do 2º e 3º ano do ensino médio. A expectativa do governo é atender até 650 mil estudantes da rede pública.

O custo estimado do programa, o primeiro do governo estadual lançado no ano, é de R$ 296 milhões. Durante um ano, o aluno poderá frequentar aulas de inglês, espanhol ou francês. São 80 horas-aulas que serão oferecidas pelas próprias escolas públicas. No primeiro ano, apenas cidades com mais de 50 mil habitantes terão o programa.

Se o número de inscritos for maior do que a capacidade da rede estadual, o governo irá pagar R$ 56,90 mensais por aluno para escolas de línguas particulares. A maioria das escolas procuradas se mostrou interessada, segundo o governador. A partir de 2011, o programa irá atender apenas alunos do 2º ano do ensino médio. Atualmente, 53 mil estudantes já fazem parte desse programa de línguas.

De acordo com o governo de São Paulo, o programa amplia a determinação de lei federal, criada em 2005, que instituiu a obrigação do ensino de língua espanhola nas escolas públicas.

O secretário da Educação do Estado, Paulo Renato Souza, afirmou que, como tem sido costume deste governo federal, uma lei federal cria obrigações para os Estados. Para Serra, essa lei, feita durante o governo Lula, foi "realmente uma coisa atropelada". Serra afirmou ainda que não será criada uma estrutura permanente para o programa, já que as aulas são opcionais. "Pode haver uma capacidade ociosa", explicou.

Durante o discurso, no Palácio dos Bandeirantes na tarde desta terça-feira, Serra demonstrou bom humor. Ele chegou a brincar com o fato do italiano não ter sido incluído porque Paulo Renato não é palmeirense. O governador ainda fez referências ao seu tempo de estudante e disse que se arrepende de não ter estudado latim. "Eu não fui fazer Direito, porque tinha latim no vestibular", afirmou Serra, que estudou engenheira.

Questionado sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos, o governador não quis responder. "Por hoje está bom", afirmou encerrando a entrevista coletiva. Ontem, Serra afirmou que o plano mostra uma confusão no governo federal. Ele também não quis comentar possível reunião hoje com o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), para discutir as eleições.

Serra ainda falou que o governo irá dar um auxilio moradia de R$ 300 por três meses para as famílias que sofreram com as enchentes.


Fonte: Jornal Folha de São Paulo ( 12 / 01 / 2010 )

Temas em vestibulares

Datas redondas inspiram temas cobrados nos vestibulares

PATRÍCIA GOMES
da Folha de S.Paulo

Comemorações de 20, 30, 50 ou cem anos. Para as bancas elaboradoras de vestibular, as datas redondas são pratos cheios para servir de ponto de partida na hora de elaborar as questões que descabelam os alunos nas provas.

Por isso, o "Fovest", com a ajuda de professores, selecionou acontecimentos históricos que podem ser figurinhas fáceis nos vestibulares deste ano.

Antes de apresentá-los, porém, há tempo para uma observação importante. Essas datas redondas têm um nome mais bonito e adequado: efeméride. Se você recorrer ao Aurélio --cujo autor, Aurélio Buarque de Holanda, aliás, completaria cem anos neste ano se estivesse vivo--, vai descobrir que essa palavra designa a comemoração de uma data importante.

E como as efemérides são cobradas no vestibular? Para Raphael Amaral, professor de história do Cursinho do XI, as bancas elaboradoras têm usado as efemérides de um modo mais refinado do que há alguns anos. "Hoje, não basta apenas saber a data, mas é necessário ter a capacidade de relacionar essa informação com o que a banca pede", diz o professor.

Foi isso o que aconteceu, por exemplo, na segunda fase da Fuvest, na semana passada. A Crise de 1929, efeméride que esteve na moda em 2009, precisou ser comparada à crise econômica atual.

"Saber só a existência da Crise de 1929 não adiantava. Era preciso saber o que foi feito há 80 anos e o que foi feito agora para superar as dificuldades mundiais", diz Amaral.

Com isso, afirma o professor, o saber enciclopédico dos fatos históricos pode, sozinho, não ser exatamente muito útil. Atualmente, com as provas tendendo cada vez menos para a decoreba, o ideal é que os alunos tenham uma boa noção temporal, mas que não se atenham apenas em decorar datas.

"Apesar disso, o aluno tem que ter uma linha do tempo da cabeça, uma visão panorâmica do momento histórico", aconselha o professor.


arte Folha de S.Paulo/arte Folha de S.Paulo

arte Folha de S.Paulo/arte Folha de S.Paulo


Material escolar


Material escolar sobe quase dobro da inflação em São Paulo



RICARDO WESTIN
da Folha de S.Paulo


Pais de alunos que estudam em escolas particulares na cidade de São Paulo vão gastar muito mais na compra de material escolar e livros didáticos neste ano. Só nesse último item, os gastos com apenas um filho podem passar de R$ 1.200.


Alto preço de material escolar faz mães trocarem livros usados




O preço do material escolar subiu quase o dobro da inflação. Enquanto o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) de janeiro a dezembro de 2009 foi de 3,65%, produtos como lápis, canetas, cadernos e mochilas ficaram em média 6,61% mais caros no mesmo período.



Filipe Redondo/Folha Imagem
Mary Elizabeth de Araujo desenvolve projeto de troca de livros no colegio dos filhos
Mary Elizabeth de Araujo desenvolve projeto de troca de livros no colegio dos filhos


No caso dos livros escolares, o aumento médio registrado no ano passado foi um pouco menor, mas ainda assim ficou acima do IPC --4,47%. Esse índice de inflação é apurado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).


A Folha consultou as listas de livros pedidos por alguns colégios de São Paulo e constatou que as famílias chegam a desembolsar R$ 1.234,40 com um filho no primeiro ano do ensino médio. Um livro de biologia para esse aluno, por exemplo, custa hoje R$ 115. Dois anos atrás, na mesma livraria, saía por R$ 95,80. O aumento foi de 20%.
"Imagine uma casa com dois filhos estudando em escola particular. Isso pesa uma barbaridade no orçamento familiar", afirma Heron do Carmo, professor de economia da USP e pesquisador da Fipe.


Para completar as subidas de preço na educação, as mensalidades escolares em São Paulo também tiveram um reajuste muito maior que a inflação. No caso do ensino infantil, o aumento em 2009 foi, em média, de 8,66%. Até os cursos de línguas tiveram aumento superior à inflação (7,58%).




Dicas de economia


A Folha entrou em contato com fabricantes de papel e lápis e com a Abrelivros (associação de editoras de livros escolares), mas não encontrou funcionários que pudessem comentar o aumento nos preços.
"Esse não é um aumento natural", explica a economista Julia Ximenes, da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo).
Se o reajuste fosse natural, diz ela, todas as papelarias aumentariam juntas os preços. 'Se fizer uma pesquisa de preços, você vai encontrar diferenças gritantes dentro da mesma cidade, diferenças de até 200% num mesmo produto.'


De acordo com Ximenes, o encarecimento do material didático é sazonal. Está praticamente todo concentrado no mês de janeiro. Nos 11 meses seguintes, os aumentos são quase imperceptíveis. "Eles sabem que inevitavelmente vai haver procura, então aumentam o preço mesmo."
A economista da Fecomercio sugere às famílias que tentem reaproveitar parte do material utilizado no ano anterior, como caneta, cola e régua, e que façam uma pesquisa de preços antes de comprar. 'Inclusive na internet. As lojas virtuais costumam ter um preço mais competitivo porque têm menos custos.'
Além disso, ela acrescenta, pode ser vantajoso deixar para comprar parte do material em fevereiro, "fora do período de euforia, quando costuma haver uma arrefecida" nos preços.

Estudo sobre alunos das primeiras séries

Estudo aponta que aluno da rede pública já chega pior à 1ª série



ANTÔNIO GOIS
da Folha de S.Paulo




Os alunos que ingressam nas escolas particulares chegam à primeira série já com larga vantagem em relação às crianças de escolas públicas. E essa desigualdade nas médias pouco se altera até o final da quarta série do ensino fundamental.
Esta é uma das conclusões de um estudo pioneiro no Brasil, o projeto Geres, que acompanhou, de 2005 a 2008, 20 mil alunos de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Campinas, Campo Grande e Salvador.



Fernando Rabelo/Folha Imagem
Vitória Vieira, 3, na creche do Espaço de Desenvolvimento Infantil na favela Parque Alegria, onde mora, no centro do Rio de Janeiro
Vitória Vieira, 3, na creche do Espaço de Desenvolvimento Infantil na favela Parque Alegria, onde mora, no centro do Rio de Janeiro




Em português, a distância inicial entre alunos da rede pública e privada até diminuiu, mas permaneceu significativa ao final da quarta série. Em matemática, ela cresceu.
O Geres tem como diferencial o fato de ter monitorado, ano a ano, a mesma geração de alunos desde a entrada na primeira série do fundamental até a conclusão da quarta série.



Os exames do MEC (Ministério da Educação) não permitem essa comparação pois as avaliações externas só começam a partir da 4ª série (ou quinto ano, no caso de redes que já ampliaram o ensino fundamental de oito para nove anos).
Para Fátima Alves, pesquisadora da PUC-Rio e uma das coordenadoras do projeto, é preciso investir mais na educação infantil (creches e pré-escolas) para diminuir essa desigualdade inicial.



Outra conclusão é que, diferentemente do que os pesquisadores supunham, os maus resultados na 4ª série não são gerados por falhas no primeiro ano de alfabetização. Ao final da 1ª série, os estudantes avaliados até conseguiam adquirir habilidades de leitura que, para os autores do Geres, eram adequados para os sete anos.
"O problema não estava nessa fase inicial. Nossa hipótese é que esteja na consolidação. Em vez de reforçar a leitura e interpretação de texto, muitos professores podem estar partindo para etapas seguintes, como o ensino de normas gramaticais", afirma Fátima. Cláudia Costin, secretária municipal de Educação do Rio, concorda que há uma abordagem precoce da gramática nos primeiros anos. "É como se a pessoa ainda estivesse aprendendo a dirigir e o instrutor já passasse a explicar como funciona o motor."



Já o educador João Batista Oliveira, do Instituto Alfa e Beto e defensor do método fônico, que enfatiza o ensino pela associação de letras e sons, discorda: "O que os alunos aprendem no primeiro ano é muito pouco e não dá para dizer que seja suficiente. A escola pode fazer mais diferença nesse primeiro ano, garantindo uma boa alfabetização, com métodos de eficácia comprovada".
Os estudos a partir do Geres mostram também que o uso efetivo do livro didático em sala de aula está associado a melhores notas.

Salário do professor

Salário do professor: custo ou investimento?


O piso salarial unificado dos professores da rede pública do país terá um reajuste de 7,86%, em 2010. O anúncio do novo salário mínimo para os educadores, pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), provocou, como de praxe, críticas daqueles que entendem a educação como custo e não como investimento. Os críticos são os mesmos que constantemente propõem medidas para garantir a educação pública de qualidade, a partir da identificação dos “culpados”, ora os alunos, ora os pais e sempre os professores.

Os professores da rede estadual, em São Paulo, estão se preparando para uma greve no início desse ano letivo. Dentre as reivindicações da categoria estão: a extensão das gratificações aos aposentados, sua incorporação ao salário base de todos os profissionais e, 27,5% de reajuste salarial, mais a inflação do ano, já, para toda a categoria, os da ativa e os aposentados.

Pela L.C. 1053/2009, o salário base do PEB I é de R$981,88 e do PEB II, R$ 1.136,64, por 30 horas semanais. Portanto, em São Paulo, o Estado mais rico da Federação, o piso salarial proposto pelo MEC, mesmo que irrisório é superior ao piso pago ao professor do ensino fundamental paulista.

Afinal, tudo o que for gasto com o profissional da educação, não é custo, é investimento, se pretendermos recuperar aquela escola pública de qualidade que, infelizmente, ficou na saudade.

Professor José Maria Cancelliero
Presidente do Centro do Professorado Paulista

6 de jan. de 2010

Luta contra a AIDS

Manipulação genética pode tornar células imunes ao HIV


04/01/2010

Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia (EUA) estão investigando a técnica de manipulação genética para fazer com que células se tornem imunes ao HIV. As informações são do jornal O Tempo. Leia a matéria na íntegra a seguir.

Técnica de edição de DNA é esperança no combate à Aids

Manipulação genética pode imunizar as células contra o vírus HIV

Nicholas Wade
THE NEW YORK TIMES

Nova York, EUA. Apenas um homem até hoje parece ter sido curado de Aids, um paciente que também tinha leucemia. Para tratar a leucemia, ele recebeu transplante de medula em Berlim de um doador que, por sorte, era naturalmente imune ao vírus da Aids.

Se essa mutação natural puder ser imitada nas células sanguíneas humanas, os pacientes talvez sejam imunizados ao vírus mortal. Mas ainda não existe uma forma de se fazer alterações precisas no DNA.

Isso poderá mudar se uma nova técnica poderosa para editar o texto genético se mostrar segura e eficaz. Na Universidade da Pensilvânia, Carl June e alguns colegas têm usado a técnica para partir um gene nas células T, tipo atacado pelo vírus da Aids. Então, eles inserem essas células de volta no corpo. Um ensaio clínico está sendo realizado para ver se as células tratadas reconstituirão o sistema imunológico do paciente e derrotarão o vírus.

A técnica, que depende de agente naturais chamados dedos de zinco, podem reavivar a terapia genética, pois ela supera a incapacidade de se inserir novos genes em um local escolhido.

Outros pesquisadores planejam usar a técnica do dedo de zinco para tratar geneticamente doenças como a imunodeficiência combinada grave, a hemofilia e a anemia falciforme.

A princípio, a abordagem do dedo de zinco deve funcionar em quase qualquer lugar em qualquer cromossomo de qualquer planta ou animal. Assim, ele proporcionaria um método geral para se criar novas plantas, tratar várias doenças humanas e até fazer mudanças hereditárias no esperma ou nos óvulos humanos, se essas intervenções forem eticamente justificáveis.

Os dedos de zinco são componentes essenciais de proteínas usadas pelas células vivas para ligar e desligar os genes. Como os dedos reconhecem sequências específicas de DNA, eles guiam as proteínas de controle ao lugar exato onde começa o gene alvo.

Após anos de desenvolvimento, biólogos aprenderam a modificar a natureza do sistema de reconhecimento de DNA, transformando-o em um sistema geral para manipular genes.

Traduzido por André Luiz Araújo

Os dedos de zinco

Nome. É derivado do átomo de zinco que prende dois arcos de proteína para formar um "dedo".

Leitor. Cada dedo de zinco natural reconhece um grupo de três letras, ou bases, na molécula de DNA. Ao unir três ou quatro dedos, os pesquisadores podem gerar proteínas artificiais associadas a um lugar específico.

Processo. A tecnologia dos dedos de zinco levaram anos para ser preparadas devido à dificuldade de se esquematizar os dedos e também de evitar que eles cortem o genoma nos lugares errados.


Potencial
Técnicas têm várias utilidades

Nova York. Edward Lanphier II viu o potencial da técnica para a manipulação genética após ler um artigo de Aaron Klug, cristalógrafo britânico que descobriu o esquema dos dedos de zinco.

Lanphier, que foi executivo de uma empresa de terapia genética, trabalhou com Klug e Carl Pabo para melhorar a técnica e desenvolver combinações de dedos de zinco para associar qualquer sequência de letras de DNA.

“Agora temos um alfabeto completo de dedos de zinco”, disse Lanphier. “Mas, quando começamos, era como se digitássemos um romance só apenas dois dedos”.

As proteínas dos dedos de zinco têm muitos usos em potencial. Uma utilidade é a conexão deles a agentes que ligam e desligam o gene no local reconhecido pelos dedos.

Uma forma mais poderosa é a utilização dos dedos de zinco como um sistema de processamento para cortar e colar texto genético. Dois grupos de dedos de zinco são anexados a uma proteína que corta o DNA entre dois locais estabelecidos pelos dedos. A célula rapidamente concerta o corte.

Se o DNA para um novo gene for inserido em uma célula ao mesmo tempo em que os dedos de zinco que cortam o DNA, o novo gene será incorporado pelo sistema de reparo da célula no local da quebra. A maioria das técnicas de terapia genética usa um vírus para carregar novos genes para uma célula, mas não pode direcionar o vírus a inserir genes em um local específico. (NW/NYT)


Fonte: O Tempo

Feliz 2010

2010 - Um ano de esperança

Desejo a todos os amigos e amigas, um 2010 cheio de paz, de saúde , de amor, de prosperidade e de muita esperança e fé. Que Deus possa abençoar a todos. Estes são os meus sinceros votos.


Professor Mário

Quem sou eu

Minha foto
Sou paranaense de Ivaiporã e atualmente morando em Hortolândia desde 1991. Sou formado em matemática pela UNIVALE (PR), com especialização pela UNIG ( RJ ). Também sou formado em engenharia civil pela PUC - CAMPINAS ( PUCCAMP). Leciono atualmente na EE Prof. Euzébio A Rodrigues.Já lecionei em diversas escolas de Hortolândia-Sp e também em Sumaré - Sp. Nas escolas onde lecionei, fui representante de escola junto à APEOESP ( Sindicato dos professores ), além de ter sido também conselheiro regional. Defendo que a educação ( escola ) seja de qualidade e acessível para todos, onde tenhamos uma sociedade com cidadãos conscientes de que precisamos lutar por um mundo mais justo e com igualdade para todos. Esse é o verdadeiro papel da educação. Vamos à luta,pois sem nenhum esforço e dedicação, não conseguiremos atingir todos os nossos objetivos.
Powered By Blogger