23 de jun. de 2009

Mudança climática

Impacto da mudança climática já é irreversível, admitem EUA



da France Presse, em Washington


Os efeitos da mudança climática já estão sendo sentidos nos Estados Unidos e este fenômeno pode ser irreversível, advertiu nesta terça-feira o governo do presidente Barack Obama, ao divulgar um relatório sobre o tema.
O aquecimento climático se traduz por uma elevação das temperaturas e do nível dos oceanos e pelo derretimento de geleiras e neves hibernais, destaca o documento elaborado pelo Programa de Pesquisa americano sobre o Aquecimento Climático, redigido por várias secretarias e a Casa Branca.
Se não houver modificação no consumo de energia, o aumento das temperaturas vai provocar ondas de calor mais frequentes, advertem os autores do estudo.
Os furacões, que se abatem regularmente sobre o sudeste, vão se tornar ainda mais devastadores na medida em que se reforçam, ao passar por oceanos com águas mais quentes.
As regiões que já constataram um aumento das precipitações vão, provavelmente, sofrer com mais chuva e neve no futuro, enquanto que as mais áridas, como as do sudoeste, deverão conhecer períodos de seca com mais frequência.
O aquecimento terá um impacto sobre a agricultura no Meio Oeste americano, considerado o "celeiro" do país. Vai também fazer aumentar a demanda por energia, através da utilização mais frequente dos sistemas de climatização, segundo o relatório.
"A mudança climática já está presente em seu quintal", resumiu Jerry Melillo, um dos autores do relatório, intitulado "Global Climate Change Impacts in the United States" ("Impactos da Mudança Climática Global nos EUA", em inglês).
Mesmo se forem tomadas rapidamente medidas de redução das emissões dos gases de efeito estufa, os estudiosos do aquecimento climático dizem que seu impacto já é irreversível. "Se diminuirmos as emissões, a mudança climática e suas consequências continuarão em parte a se fazer sentir, uma vez que esses gases já estão presentes na atmosfera", aponta o estudo.
Desde sua chegada à Casa Branca no dia 20 de janeiro, Barack Obama reorientou totalmente a política dos Estados Unidos em relação à mudança climática. O antecessor George W. Bush, que contestava a própria existência do fenômeno, havia se recusado a ratificar o protocolo de Kyoto sobre a redução de emissões poluentes.
Um projeto sobre o assunto está em tramitação no Congresso americano, após ser aprovado por uma comissão, em 22 de maio. Deverá ainda ir à votação em plenário; volta-se para reduzir as emissões até 2020 num percentual de 17% em relação ao nível de 2005.
O governo americano deseja a aprovação deste projeto de lei antes do final de julho, alguns meses antes da conferência internacional de Copenhague, em dezembro, na qual deverá ser estabelecido um novo acordo que substituirá o de Kyoto.
Mas o setor de petróleo americano não se desarma: o presidente do grupo ConocoPhillips advertiu nesta terça-feira que os esforços do governo americano para lutar contra o aquecimento climático poderiam dar lugar a uma crise no setor ainda mais grave que a do passado.


Fonte: Folha de São Paulo

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Sou paranaense de Ivaiporã e atualmente morando em Hortolândia desde 1991. Sou formado em matemática pela UNIVALE (PR), com especialização pela UNIG ( RJ ). Também sou formado em engenharia civil pela PUC - CAMPINAS ( PUCCAMP). Leciono atualmente na EE Prof. Euzébio A Rodrigues.Já lecionei em diversas escolas de Hortolândia-Sp e também em Sumaré - Sp. Nas escolas onde lecionei, fui representante de escola junto à APEOESP ( Sindicato dos professores ), além de ter sido também conselheiro regional. Defendo que a educação ( escola ) seja de qualidade e acessível para todos, onde tenhamos uma sociedade com cidadãos conscientes de que precisamos lutar por um mundo mais justo e com igualdade para todos. Esse é o verdadeiro papel da educação. Vamos à luta,pois sem nenhum esforço e dedicação, não conseguiremos atingir todos os nossos objetivos.
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