O piso salarial unificado dos professores da rede pública do país terá um reajuste de 7,86%, em 2010. O anúncio do novo salário mínimo para os educadores, pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), provocou, como de praxe, críticas daqueles que entendem a educação como custo e não como investimento. Os críticos são os mesmos que constantemente propõem medidas para garantir a educação pública de qualidade, a partir da identificação dos “culpados”, ora os alunos, ora os pais e sempre os professores.
Os professores da rede estadual, em São Paulo, estão se preparando para uma greve no início desse ano letivo. Dentre as reivindicações da categoria estão: a extensão das gratificações aos aposentados, sua incorporação ao salário base de todos os profissionais e, 27,5% de reajuste salarial, mais a inflação do ano, já, para toda a categoria, os da ativa e os aposentados.
Pela L.C. 1053/2009, o salário base do PEB I é de R$981,88 e do PEB II, R$ 1.136,64, por 30 horas semanais. Portanto, em São Paulo, o Estado mais rico da Federação, o piso salarial proposto pelo MEC, mesmo que irrisório é superior ao piso pago ao professor do ensino fundamental paulista.
Afinal, tudo o que for gasto com o profissional da educação, não é custo, é investimento, se pretendermos recuperar aquela escola pública de qualidade que, infelizmente, ficou na saudade.
Professor José Maria Cancelliero
Presidente do Centro do Professorado Paulista
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