12 de jan. de 2010

Espanhol na rede pública

Serra lança programa de idioma e critica lei federal sobre ensino de espanhol



DANIEL RONCAGLIA
colaboração para a Folha Online


A nove meses das eleições presidenciais de outubro, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), lançou nesta terça-feira um programa que amplia o ensino de língua estrangeira complementar para alunos do 2º e 3º ano do ensino médio. A expectativa do governo é atender até 650 mil estudantes da rede pública.

O custo estimado do programa, o primeiro do governo estadual lançado no ano, é de R$ 296 milhões. Durante um ano, o aluno poderá frequentar aulas de inglês, espanhol ou francês. São 80 horas-aulas que serão oferecidas pelas próprias escolas públicas. No primeiro ano, apenas cidades com mais de 50 mil habitantes terão o programa.

Se o número de inscritos for maior do que a capacidade da rede estadual, o governo irá pagar R$ 56,90 mensais por aluno para escolas de línguas particulares. A maioria das escolas procuradas se mostrou interessada, segundo o governador. A partir de 2011, o programa irá atender apenas alunos do 2º ano do ensino médio. Atualmente, 53 mil estudantes já fazem parte desse programa de línguas.

De acordo com o governo de São Paulo, o programa amplia a determinação de lei federal, criada em 2005, que instituiu a obrigação do ensino de língua espanhola nas escolas públicas.

O secretário da Educação do Estado, Paulo Renato Souza, afirmou que, como tem sido costume deste governo federal, uma lei federal cria obrigações para os Estados. Para Serra, essa lei, feita durante o governo Lula, foi "realmente uma coisa atropelada". Serra afirmou ainda que não será criada uma estrutura permanente para o programa, já que as aulas são opcionais. "Pode haver uma capacidade ociosa", explicou.

Durante o discurso, no Palácio dos Bandeirantes na tarde desta terça-feira, Serra demonstrou bom humor. Ele chegou a brincar com o fato do italiano não ter sido incluído porque Paulo Renato não é palmeirense. O governador ainda fez referências ao seu tempo de estudante e disse que se arrepende de não ter estudado latim. "Eu não fui fazer Direito, porque tinha latim no vestibular", afirmou Serra, que estudou engenheira.

Questionado sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos, o governador não quis responder. "Por hoje está bom", afirmou encerrando a entrevista coletiva. Ontem, Serra afirmou que o plano mostra uma confusão no governo federal. Ele também não quis comentar possível reunião hoje com o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), para discutir as eleições.

Serra ainda falou que o governo irá dar um auxilio moradia de R$ 300 por três meses para as famílias que sofreram com as enchentes.


Fonte: Jornal Folha de São Paulo ( 12 / 01 / 2010 )

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Sou paranaense de Ivaiporã e atualmente morando em Hortolândia desde 1991. Sou formado em matemática pela UNIVALE (PR), com especialização pela UNIG ( RJ ). Também sou formado em engenharia civil pela PUC - CAMPINAS ( PUCCAMP). Leciono atualmente na EE Prof. Euzébio A Rodrigues.Já lecionei em diversas escolas de Hortolândia-Sp e também em Sumaré - Sp. Nas escolas onde lecionei, fui representante de escola junto à APEOESP ( Sindicato dos professores ), além de ter sido também conselheiro regional. Defendo que a educação ( escola ) seja de qualidade e acessível para todos, onde tenhamos uma sociedade com cidadãos conscientes de que precisamos lutar por um mundo mais justo e com igualdade para todos. Esse é o verdadeiro papel da educação. Vamos à luta,pois sem nenhum esforço e dedicação, não conseguiremos atingir todos os nossos objetivos.
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