3 de jan. de 2009

2009 - São Paulo não amplia Filosofia

Para reduzir corte em aulas de história, SP não amplia filosofia

FÁBIO TAKAHASHI - Folha de S.Paulo

Para diminuir o corte nas aulas de história do ensino médio na rede estadual neste ano, o governo de São Paulo desistiu de ampliar as de filosofia.
Com a nova alteração na grade do antigo colegial, publicada no "Diário Oficial" na véspera do Natal, uma aula semanal de filosofia do segundo ano "migrou" para história. Ao final do ano letivo, a mudança representará a transferência de 40 aulas entre as disciplinas.
Apesar de o corte em história ter sido atenuado, a rede pública terá um número menor de aulas da disciplina em 2009 em relação a 2008 --40 a menos no diurno e 80 a menos no noturno.
A gestão José Serra (PSDB) afirma que teve de alterar o currículo para se adaptar à lei federal, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada em junho passado pelo governo Lula, que prevê a inclusão de sociologia e filosofia nos três anos do ensino médio. Até o último ano letivo, a rede paulista não contava com sociologia e não possuía filosofia em todos os anos do antigo colegial.
Por conta do tamanho da rede (a maior da América Latina), a secretária da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, diz não ser possível a curto prazo elevar a jornada escolar para a inclusão das disciplinas.
Em um primeiro momento, conforme a Folha revelou em 6 de dezembro, a Secretaria da Educação optou por um forte corte nas aulas de história (22,2% da carga no diurno e 37,5% no noturno) para se adaptar à legislação em 2009.
O governo incluiu, então, uma aula semanal de sociologia em cada ano do ensino médio. Para filosofia, a carga reservada chegava a superar o mínimo legal de ao menos uma aula semanal por todo o período (estavam previstas duas aulas semanais nos primeiros dois anos e uma no terceiro). A legislação não prevê como deve ser feito o acréscimo das disciplinas.
Revisão
O governo paulista foi criticado pela forte redução nas aulas de história. Segundo a Secretaria da Educação, o próprio governador pediu uma reavaliação do currículo para 2009.
Na segunda-feira da semana passada, a pasta divulgou que iria alterar a grade. Dois dias depois, houve a publicação da nova organização. No segundo ano do ensino médio, os alunos passarão a ter apenas uma aula de filosofia por semana (a ideia inicial era que fossem duas).
Mesmo com a mudança, a carga de história será 11,1% menor no período diurno em relação a 2008 e 25% no noturno.
A Secretaria da Educação diz que procurou fazer a adaptação de sociologia e filosofia dentro da área de humanas, pois os temas das disciplinas são considerados "transversais". No diurno, ficou mantida a perda em geografia, já prevista no modelo inicial para 2009; no noturno, também segue o corte em língua estrangeira.
A pasta afirma que não queria prejudicar as áreas de exatas e biológicas. Além disso, diz, a grade conta com seis aulas semanais no terceiro ano em que as escolas definem quais disciplinas serão dadas, o que pode compensar eventuais perdas.
"A grande discussão deveria ser como ampliar a jornada, e não ficar tirando aula de uma disciplina para colocar na outra", diz o presidente da Udemo (entidade que representa os diretores das escolas estaduais), Luiz Gonzaga de Oliveira Pinto. "O governo foge disso porque haveria mais gastos."
Para 2009, a secretaria desistiu da ampliação de português e matemática no diurno, para que o terceiro ano siga com duas aulas de educação física.
Fonte: Folha de São Paulo

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Sou paranaense de Ivaiporã e atualmente morando em Hortolândia desde 1991. Sou formado em matemática pela UNIVALE (PR), com especialização pela UNIG ( RJ ). Também sou formado em engenharia civil pela PUC - CAMPINAS ( PUCCAMP). Leciono atualmente na EE Prof. Euzébio A Rodrigues.Já lecionei em diversas escolas de Hortolândia-Sp e também em Sumaré - Sp. Nas escolas onde lecionei, fui representante de escola junto à APEOESP ( Sindicato dos professores ), além de ter sido também conselheiro regional. Defendo que a educação ( escola ) seja de qualidade e acessível para todos, onde tenhamos uma sociedade com cidadãos conscientes de que precisamos lutar por um mundo mais justo e com igualdade para todos. Esse é o verdadeiro papel da educação. Vamos à luta,pois sem nenhum esforço e dedicação, não conseguiremos atingir todos os nossos objetivos.
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