24 de out. de 2008

Novas regras de acentuação

Da acentuação gráfica das palavras oxítonas

1º-) Acentuam-se com acento agudo:

a) - As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas abertas grafas -a, -e ou -o, seguidas ou não de -s: está, estás, já, olá; até, é, és, olé, pontapé(s); avó(s), dominó(s), paletó(s), só(s).
Obs.: Em algumas (poucas) palavras oxítonas terminadas em -e tónico/tônico, geralmente provenientes do francês, esta vogal, por ser articulada nas pronúncias cultas ora como aberta ora como fechada, admite tanto o acento agudo como o acento circunflexo: bebé ou bebê, bidé ou bidê, canapé ou canapê, caraté ou caratê, croché ou crochê, guiché ou guichê, matiné ou matinê, nené ou nenê, ponjé ou ponjê, puré ou purê, rapé ou rapê.
O mesmo se verifica com formas como cocó e cocô, ró (letra do alfabeto grego) e rô. São igualmente admitidas formas como judô, a par de judo, e metrô, a par de metro.

b) - As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos lo(s) ou la(s), ficam a terminar na vogal tónica/tônica aberta grafada -a, após a assimilação e perda das consoantes finais grafadas -r, -s ou -z: adorá-lo(s) (de adorar-lo(s)), á-la(s) (de ar-la(s) ou dá(s)-la(s)), fá-lo(s) (de faz-lo(s)), fá-lo(s)-ás (de far-lo(s)-ás), habitá-la(s) iam (de habitar-la(s)- iam), trá-la(s)-á (de trar-la(s)-á);

c) - As palavras oxítonas com mais de uma sílaba terminadas no ditongo nasal grafado em (exceto as formas da 3ª- pessoa do plural do presente do indicativo dos compostos de ter e vir: retêm, sustêm; advêm, provêm; etc.) ou -ens: acém, detém, deténs, entretém, entreténs, harém, haréns, porém, provém, provéns, também;

d) - As palavras oxítonas com os ditongos abertos grafados -éi, -éu ou -ói, podendo estes dois últimos ser seguidos ou não de -s: anéis, batéis, fiéis, papéis; céu(s), chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); corrói (de corroer), herói(s), remói (de remoer), sóis.

2º-) Acentuam-se com acento circunflexo:

a) - As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam -e ou -o, seguidas ou não de -s: cortês, dê, dês (de dar), lê, lês (de ler), português, você(s); avô(s), pôs (de pôr), robô(s);

b) - As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos -lo(s) ou la(s), ficam a terminar nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam -e ou -o, após a assimilação e perda das consoantes finais grafadas -r, -s ou -z: detê-lo(s) (de deter-lo(s)), fazê-la(s) (de fazer-la(s)), fê-lo(s) (de fez-lo(s)), vê-la(s) (de ver-la(s)), compô la(s) (de compor-la(s)), repô-la(s) (de repor-la(s)), pô-la(s) (de por-la(s) ou pôs-la(s)).

3º-) Prescinde-se de acento gráfico para distinguir palavras oxítonas homógrafas, mas heterofónicas/heterofônicas, do tipo de cor (ô), substantivo, e cor (ó), elemento da locução de cor; colher (ê), verbo, e colher (é), substantivo. Excetua-se a forma verbal pôr, para a distinguir da preposição por.

Da acentuação gráfica das palavras paroxítonas

1º-) As palavras paroxítonas não são em geral acentuadas graficamente: enjoo, grave, homem, mesa, Tejo, vejo, velho, voo; avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro; descobrimento, graficamente, moçambicano.

2º-) Recebem, no entanto, acento agudo:

a) - As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em -l, -n, -r, -x e -ps, assim como, salvo raras exceções, as respetivas formas do plural, algumas das quais passam a proparoxítonas: amável (pl. amáveis), Aníbal, dócil (pl. dóceis) dúctil (pl. dúcteis), fóssil (pl. fósseis) réptil (pl. répteis: var. reptil, pl. reptis); cármen (pl. cármenes ou carmens; var. carme, pl. carmes); dólmen (pl. dólmenes ou dolmens), éden (pl. édenes ou edens), líquen (pl. líquenes), lúmen (pl. lúmenes ou lumens); açúcar (pl. açúcares), almíscar (pl. almíscares), cadáver (pl. cadáveres), caráter ou carácter (mas pl. carateres ou caracteres), ímpar (pl. ímpares); Ajax, córtex (pl. córtex; var. córtice, pl. córtices), índex (pl. índex; var. índice, pl. índices), tórax (pl. tórax ou tóraxes; var. torace, pl. toraces); bíceps (pl. bíceps; var. bicípite, pl. bicípites), fórceps (pl. fórceps; var. fórcipe, pl. fórcipes).
Obs.: Muito poucas palavras deste tipo, com as vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua e, por conseguinte, também de acento gráfico (agudo ou circunflexo): sémen e sêmen, xénon e xênon; fémur e fêmur, vómer e vômer; Fénix e Fênix, ónix e ônix.

b) - As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em -ã(s), -ão(s), -ei(s), -i(s), -um, -uns ou -us: órfã (pl. órfãs), acórdão (pl. acórdãos), órfão (pl. órfãos), órgão (pl. órgãos), sótão (pl. sótãos); hóquei, jóquei (pl. jóqueis), amáveis (pl. de amável), fáceis (pl. de fácil), fósseis (pl. de fóssil), amáreis (de amar), amáveis (id.), cantaríeis (de cantar), fizéreis (de fazer), fizésseis (id.); beribéri (pl. beribéris), bílis (sg. e pl.), iris (sg. e pl.), júri (pl. júris), oásis (sg. e pl.); álbum (pl. álbuns), fórum (pl. fóruns); húmus (sg. e pl.), vírus (sg. e pl.).

Obs.: Muito poucas paroxítonas deste tipo, com as vogais tónicas/ tônicas grafadas e e o em fim de sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua, o qual é assinalado com acento agudo, se aberto, ou circunflexo, se fechado: pónei e pônei; gónis e gônis, pénis e pênis, ténis e tênis; bónus e bônus, ónus e ônus, tónus e tônus, Vénus e Vênus.

3º) Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei e oi da sílaba tónica/tônica das palavras paroxítonas, dado que existe oscilação em muitos casos entre o fechamento e a abertura na sua articulação: assembleia, boleia, ideia, tal como aldeia, baleia, cadeia, cheia, meia; coreico, epopeico, onomatopeico, proteico; alcaloide, apoio (do verbo apoiar), tal como apoio (subst.), Azoia, boia, boina, comboio (subst.), tal como comboio, comboias etc. (do verbo comboiar), dezoito, estroina, heroico, introito, jiboia, moina, paranoico, zoina.

4º-) É facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito perfeito do indicativo, do tipo amámos, louvámos, para as distinguir das correspondentes formas do presente do indicativo (amamos, louvamos), já que o timbre da vogal tónica/tônica é aberto naquele caso em certas variantes do português.

5º-) Recebem acento circunflexo:

a) - As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e, o e que terminam em -l, -n, -r ou -x, assim como as respetivas formas do plural, algumas das quais se tornam proparoxítonas: cônsul (pl. cônsules), pênsil (pl. pênseis), têxtil (pl. têxteis); cânon, var. cânone, (pl. cânones), plâncton (pl. plânctons); Almodôvar, aljôfar (pl. aljôfares), âmbar (pl. âmbares), Câncer, Tânger; bômbax (sg. e pl.), bômbix, var. bômbice, (pl. bômbices).

b) - As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e, o e que terminam em -ão(s), -eis, -i(s) ou -us: benção(s), côvão(s), Estêvão, zángão(s); devêreis (de dever), escrevêsseis (de escrever), fôreis (de ser e ir), fôsseis (id.), pênseis (pl. de pênsil), têxteis (pl. de têxtil); dândi(s), Mênfis; ânus.

c) - As formas verbais têm e vêm, 3 a-s pessoas do plural do presente do indicativo de ter e vir, que são foneticamente paroxítonas (respetivamente / t ã j ã j /, / v ã j ã j / ou / t j /, / v j / ou ainda / t j j /, / v j j /; cf. as antigas grafias preteridas, têem, vêem), a fim de se distinguirem de tem e vem, 3a -s pessoas do singular do presente do indicativo ou 2 a-s pessoas do singular do imperativo; e também as correspondentes formas compostas, tais como: abstêm (cf. abstém), advêm (cf. advém), contêm (cf. contém), convêm (cf. convém), desconvêm (cf. desconvém), detêm (cf. detém), entretêm (cf. entretém), intervêm (cf. inter- vém), mantêm (cf. mantém), obtêm (cf. obtém), provêm (cf. provém), sobrevêm (cf. sobrevém).

Obs.: Também neste caso são preteridas as antigas grafias detêem, intervêem, mantêem, provêem etc.

6º-) Assinalam-se com acento circunflexo:

a) - Obrigatoriamente, pôde (3ª- pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo), que se distingue da correspondente forma do presente do indicativo (pode).

b) - Facultativamente, dêmos (1ª- pessoa do plural do presente do conjuntivo), para se distinguir da correspondente forma do pretérito perfeito do indicativo (demos); fôrma (substantivo), distinta de forma (substantivo: 3ª- pessoa do singular do presente do indicativo ou 2ª- pessoa do singular do imperativo do verbo formar).

7º-) Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas que contêm um e tónico/tônico oral fechado em hiato com a terminação -em da 3ª- pessoa do plural do presente do indicativo ou do conjuntivo, conforme os casos: creem, deem (conj.), descreem, desdeem (conj.), leem, preveem, redeem (conj.), releem, reveem, tresleem, veem.

8º-) Prescinde-se igualmente do acento circunflexo para assinalar a vogal tónica/tônica fechada com a grafia o em palavras paroxítonas como enjoo, substantivo e flexão de enjoar, povoo, flexão de povoar, voo, substantivo e flexão de voar etc.

9º-) Prescinde-se, do acento agudo e do circunflexo para distinguir palavras paroxítonas que, tendo respectivamente vogal tónica/tônica aberta ou fechada, são homógrafas de palavras proclíticas. Assim, deixam de se distinguir pelo acento gráfico: para (á), flexão de parar, e para, preposição; pela(s) (é), substantivo e flexão de pelar, e pela(s), combinação de per e la(s); pelo (é), flexão de pelar, pelo(s) (ê), substantivo ou combinação de per e lo(s); polo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação antiga e popular de por e lo(s); etc.

10º-) Prescinde-se igualmente de acento gráfico para distinguir paroxítonas homógrafas heterofónicas/heterofônicas do tipo de acerto (ê), substantivo e acerto (é), flexão de acertar; acordo (ô), substantivo, e acordo (ó), flexão de acordar; cerca (ê), substantivo, advérbio e elemento da locução prepositiva cerca de, e cerca (é), flexão de cercar; coro (ô), substantivo, e coro (ó), flexão de corar; deste (ê), contracção da preposição de com o demonstrativo este, e deste (é), flexão de dar; fora (ô), flexão de ser e ir, e fora (ó), advérbio, interjeição e substantivo; piloto (ô), substantivo e piloto (ó), flexão de pilotar; etc.

Da acentuação das palavras proparoxítonas

1º-) Levam acento agudo:

a) - As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta: árabe, cáustico, Cleópatra, esquálido, exército, hidráulico, líquido, míope, músico, plástico, prosélito, público, rústico, tétrico, último;

b) - As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta, e que terminam por sequências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas ditongos crescentes (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo etc.): álea, náusea; etéreo, níveo; enciclopédia, glória; barbárie, série; lírio, prélio; mágoa, nódoa; exígua, língua; exíguo, vácuo.

2º-) Levam acento circunflexo:

a) - As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica vogal fechada ou ditongo com a vogal básica fechada: anacreôntico, brêtema, cânfora, cômputo, devêramos (de dever), dinâmico, êmbolo, excêntrico, fôssemos (de ser e ir), Grândola, hermenêutica, lâmpada, lôstrego, lôbrego, nêspera, plêiade, sôfrego, sonâmbulo, trôpego;

b) - As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam vogais fechadas na sílaba tónica/tônica, e terminam por sequências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes: amêndoa, argênteo, côdea, Islândia, Mântua, serôdio.

3º-) Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras proparoxítonas, reais ou aparentes, cujas vogais tónicas/tônicas grafadas e ou o estão em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais grafadas m ou n, conforme o seu timbre é, respetivamente, aberto ou fechado nas pronúncias cultas da língua: académico/acadêmico, anatómico/ anatômico, cénico/cênico, cómodo/cômodo, fenómeno/fenômeno, género/gênero, topónimo/topônimo; Amazónia/Amazônia, Antó- nio/Antônio, blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo, génio/ gênio, ténue/tênue.
Fonte: Folha de São Paulo
Professor Mário

23 de out. de 2008

Prisões brasileiras

Criminalista mostra porque as prisões brasileiras falham; leia capítulo

Munido de estatísticas e fatos estarrecedores, o advogado criminalista e articulista da Folha Luís Francisco Carvalho Filho mostra no livro "A Prisão" como o sistema prisional brasileiro falha na recuperação e reintegração de cidadãos.
O livro alerta para o desinteresse político sobre o assunto e o custo humano que a prisão representa para a sociedade brasileira. O primeiro capítulo do livro, que integra a série
"Folha Explica", pode ser lido abaixo.
O problema não é apenas brasileiro, lembra Luís Francisco, que apresenta no livro relatos sobre a história da prisão humana no mundo. Nas prisões dos Estados Unidos há cerca de 2 milhões de delinquentes, dos quais expressivo percentual vive em condições muito ruins, sobretudo nas cadeias estaduais.
Leia abaixo o primeiro capítulo de
"A Prisão"

Dois Mundos
A prisão priva o homem de elementosimprescindíveis à sua existência,como a luz, o ar e o movimento.
Hildebrando Thomaz de Carvalho, "Hygiene das Escolas e das Prisões", 1917

Crueldade e Descontrole

Em 18 de fevereiro de 2001, o Brasil seria surpreendido por uma super-rebelião de presos. Sob a regência da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que se notabilizara pela prática de atos de violência e fugas sensacionais, 28 mil detentos de 29 unidades prisionais do estado de São Paulo, em 19 cidades, amotinaram-se ao mesmo tempo. A Secretaria de Assuntos Penitenciários só readquiriu o controle da situação 27 horas depois e contabilizou 16 mortos.
Ocorrência de tal magnitude não se explica apenas pelo atrevimento do chamado crime organizado ou pela posse de telefones celulares, contrabandeados para dentro dos presídios com a conivência do sistema de segurança. Um caldo de revolta e desespero anima os movimentos da massa prisioneira do país.
Dias depois do levante, um parlamentar ouviria ameaças de retaliação caso o governo estadual se recusasse a negociar uma lista de reivindicações, da qual apenas um item se relacionava diretamente com a organização: o cancelamento das transferências feitas para desarticular o PCC. Os outros itens da pauta diziam respeito ao tratamento que todos recebem: fim da tortura, punição de agentes penitenciários por abuso de poder e espancamentos, melhoria da assistência judiciária gratuita e fim das revistas vexatórias das visitas.1
Dois episódios nada explosivos, de impacto bastante reduzido, capazes de afetar apenas o cotidiano de seus protagonistas, também revelam o estado de nossas prisões.
Em 16 de outubro de 2001, Augusto Sátiro de Jesus, 45, funcionário de uma rede de restaurantes havia 18 meses, foi detido em flagrante delito com uma coxa e uma sobrecoxa de frango, com prazo de validade vencido, no interior de sua mochila. Sem dinheiro para comprar comida, segundo sua versão, correu o risco de passar pelo crivo da vigilância dos patrões com o produto do "crime", avaliado pela polícia em R$ 0,90. Preso por furto qualificado (por ter abusado da confiança do empregador), sem assistência de advogado, ele permaneceria 16 dias numa cela de 12 metros quadrados com outros 25 homens, num dos muitos distritos policiais da cidade de São Paulo.2
Cerca de um ano antes, duas jovens advogadas paulistanas foram procuradas por um homem negro, acompanhado da mulher e de uma criança de colo, em situação jurídica inusitada, que poderia fazer parte da narrativa de Lewis Carroll em Aventuras de Alice no País das Maravilhas. Condenado à prisão, ele recebera autorização para passar o fim de semana com a família. Por motivo de doença, apresentara-se à portaria da penitenciária com atraso. Foi simplesmente impedido de entrar. O funcionário da recepção fechou arbitrariamente as portas da prisão para ele, deixando-o do lado de fora --"livre" e perplexo, ameaçado de ser considerado fugitivo e perder o prontuário de bom comportamento. As advogadas, acostumadas a formular pedidos de liberdade, viram-se na contingência de requerer sua prisão, o que, evidentemente, logo se deferiu. Dias depois, receberiam um telefonema de agradecimento, quando também souberam que o preso, como retaliação, fora punido com isolamento.
As prisões brasileiras são insalubres, corrompidas, superlotadas, esquecidas. A maioria de seus habitantes não exerce o direito de defesa. Milhares de condenados cumprem penas em locais impróprios.
O Relatório da caravana da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados por diversos presídios do país, divulgado em setembro de 2000, aponta um quadro "fora da lei", trágico e vergonhoso, que invariavelmente atinge gente pobre, jovem e semi-alfabetizada.
No Ceará, presos se alimentavam com as mãos, e a comida, "estragada", era distribuída em sacos plásticos --sacos plásticos que, em Pernambuco, serviam para que detentos isolados pudessem defecar.
No Rio de Janeiro, em Bangu I, penitenciária de segurança máxima, verificou-se que não havia oportunidade de trabalho e de estudo porque trabalho e estudo ameaçavam a segurança.
No Paraná, os deputados se defrontaram com um preso recolhido em cela de isolamento (utilizada para punição disciplinar) havia sete anos, período que passou sem ter recebido visitas nem tomado banho de sol.
No Rio Grande do Sul, na Penitenciária do Jacuí, com 1.241 detentos, apesar de progressos, havia a assistência jurídica de um único procurador do estado e, em dias de visita, o "desnudamento" dos familiares dos presos, com "flexões e arregaçamento da vagina e do ânus".
Há uma mistura estrategicamente inconcebível de pessoas perigosas e não-perigosas. Há tuberculosos, aidéticos e esquizofrênicos sem atendimento.3 O cheiro e o ar que dominam as carceragens do Brasil são indescritíveis, e não se imagina que nelas é possível viver.
Quem ler os trabalhos resultantes das incursões de Percival de Souza (nos anos 70) e Drauzio Varella (nos anos 90),4 cada um a seu modo, à Casa de Detenção de São Paulo, no Carandiru, o maior presídio do país, verá que, durante décadas, milhares e milhares de homens foram remetidos para um mundo assustador, onde nada é capaz de lembrar propósitos de reabilitação.
Os motins se espalham. Em 2 de janeiro de 2002, rebelião no presídio de segurança máxima Urso Branco, em Porto Velho, Rondônia, deixaria um saldo de pelo menos 27 mortos, os corpos espalhados pelas celas, muitos deles mutilados, resultantes do confronto de grupos rivais. Os cadáveres eram retirados por trator tipo retroescavadeira, que os recolhia do interior do presídio e os jogava num caminhão, que os levaria para o IML. O presídio tinha capacidade para 360 homens e abrigava cerca de 900. Em dezembro de 2001, a arquidiocese local já alertara para a iminência de uma "carnificina".5
Curiosamente, o próprio diretor do presídio, afastado do cargo dois dias depois da mortandade, fora condenado em 2001 a cumprir pena de dois anos e um mês de prisão por prevaricação e falsidade, acusado de ter explorado o trabalho de presos na reforma de sua residência particular.6
Do lado de fora dos muros, os índices de criminalidade violenta aumentam, os sentimentos de impunidade e insegurança se generalizam. As leis e os magistrados tendem a ser cada vez mais severos. O sistema judiciário é profundamente desigual. A exclusão econômica aumenta ainda mais a freguesia das prisões.
O número de presos cresce em ritmo acelerado. O censo penitenciário de 1995 apontava a existência de 148.760 presos no Brasil: 95,4 para cada grupo de 100 mil habitantes (critério internacional para o cálculo da taxa de encarceramento nos diversos países). O censo de 1997 detectava a prisão de 170.602 homens e mulheres, com taxa de encarceramento de 108,6 e déficit de 96.010 vagas.
Em abril de 2001, já havia 223.220 presos no Brasil, o que representava 142,1 detentos para cada grupo de 100 mil habitantes. A maior concentração estava em São Paulo, com 94.737 presos e uma proporção sensivelmente mais alta: 277,7 presos para cada grupo de 100 mil habitantes.7
Em outubro de 2001, existia déficit de pelo menos 26 mil vagas no complexo formado pelas penitenciárias e pelas carceragens das delegacias de polícia de São Paulo. O poder público se esforça, mas lembra a fábula do homem que tenta evitar o vazamento da represa com o dedo. Como admitem as autoridades, só para dar conta do crescimento da população presa mensalmente (de 800 a mil réus), seria necessário construir um novo presídio a cada trinta dias.8 E presídios custam muito caro.
As cifras não contabilizam os infratores menores de 18 anos, que tecnicamente não estão presos, mas "internados", e não cumprem pena, mas recebem "medida socioeducativa". No primeiro semestre do ano 2000, foram aplicadas mais de 99 mil medidas socioeducativas contra adolescentes em São Paulo; entre elas, contavam-se 54.871 casos de liberdade assistida, 21.729 casos de prestação de serviço à comunidade e 17.088 internações compulsórias.9 São os presos de amanhã.
A imagem do país no exterior se deteriora: entidades internacionais de defesa dos direitos humanos têm sistematicamente condenado as terríveis condições de vida dos presídios brasileiros. O sistema é visto como um rastilho de pólvora e fator de incentivo à violência. Não só pela desumanidade medieval que patrocina, mas pela absoluta ausência de interesse político em relação ao que acontece em seu interior.

EXCLUSÃO E NEGÓCIO

Nossos números são aparentemente modestos se o parâmetro de comparação é o sistema prisional dos Estados Unidos da América, que, em 30 de junho do ano 2000, abrigava 1.931.859 presos.10
É o equivalente à população de Brasília ou à soma das populações inteiras de cidades prósperas do estado de São Paulo, como Campinas, São José dos Campos e Santos. São 702 detentos para cada grupo de 100 mil habitantes --a mais alta taxa de encarceramento do planeta. Se a base de crescimento for mantida, estima-se que em 31 de dezembro de 2005 haverá mais de 2,2 milhões de presos nos EUA.
Além da população encarcerada, uma quantidade assombrosa de homens e mulheres, mais de 4,5 milhões, estava sob a vigilância do sistema punitivo norte-americano (ameaçados de prisão no caso de não-cumprimento das exigências impostas pela Justiça), em regime de suspensão da pena privativa de liberdade (probation) ou em liberdade condicional (parole) em dezembro de 2000. A soma de pessoas presas ou vigiadas correspondia a 3,1% da população residente adulta dos EUA (uma em cada 32 pessoas nessa faixa etária).
O mais rico país do mundo não pratica em seus presídios a crueldade crua que invariavelmente se encontra nos cárceres do Terceiro Mundo, mas o gigantismo do sistema faz com que a violência sexual contra prisioneiros, por exemplo, torne-se motivo de grande preocupação.
Ao contrário de outros países, que ainda não se voltaram para o problema, como se a hipótese do "estupro"11 fosse inerente à perda da liberdade, há nos EUA uma saudável mobilização contra a violência sexual (rape), prática entranhada no sistema, inclusive como mecanismo de punição informal de presos. Por seu impacto psicológico devastador, a violência sexual é apontada como um dos fatores determinantes da reincidência criminal e como uma das principais causas de suicídio, que, por sua vez, é uma das principais causas de óbito entre encarcerados. Em outubro de 2001, uma organização não-governamental exclusivamente voltada para a questão (a Stop Prison Rape) estimava em cerca de 364 mil o número de atos de violência sexual praticados por ano nas prisões dos EUA. Atingem, sobretudo, jovens e presos não-violentos.12
Os números expõem, também, o caráter racista do sistema. Apenas cerca de 6% da população norte-americana é composta de homens negros e adultos, mas quase a metade dos presos são homens negros e adultos. A taxa de encarceramento de negros em 1994 era em média 7,66 vezes superior à taxa de encarceramento de brancos. Em Minnesota, havia 1.275 presos negros e 56 presos brancos por grupo de 100 mil habitantes dos respectivos universos populacionais. Em Nova York, 1.138 negros e 202 brancos. No Texas, 1.943 negros e 178 brancos (Stern, p. 50 e 119).
A quantidade crescente de presos ainda indica um cenário de exclusão política, sem paralelo em países democráticos. Segundo cálculo de 1998,13 cerca de 3,9 milhões de pessoas adultas estariam sem direito político de votar nos EUA em virtude dos efeitos colaterais da condenação. Além dos efetivamente encarcerados, diversos estados impedem o voto de condenados em regime de probation ou parole. Outros inviabilizam o direito de voto até de condenados que já cumpriram suas penas. O quadro atinge de forma marcante a minoria negra: cerca de 1,4 milhão de indivíduos (13% do total). Em dez estados, a proporção era de um em cada cinco negros sem direito de voto.
A sensação de insegurança e a queda dos índices de criminalidade têm estimulado o movimento encarcerador. Em 1980, eram 1.842.100 pessoas presas ou vigiadas (probation e parole); no final do ano 2000, eram 6.467.200.14 O custo anual do sistema ultrapassou US$ 40 bilhões. O número de presos é tão expressivo que interfere, decisivamente, nos cálculos das taxas de desemprego.
Medidas legislativas baseadas no princípio da "tolerância zero" (que pretende prevenir delitos mais graves com a punição de infrações mais leves), apoiadas pela maioria da população, indicam que a disposição dos governantes não é prender apenas os autores dos crimes violentos, e sim abortar carreiras criminosas no nascedouro, não se importando com o custo humano, financeiro e político disso.
Em alguns estados norte-americanos, a aplicação de leis conhecidas por three strikes you're out (expressão emprestada do beisebol, um dos esportes mais populares do país) pode resultar hoje na prisão perpétua, sem direito à liberdade condicional, de reincidentes em três delitos não-violentos.
Nas últimas duas décadas, os EUA endureceram o regime punitivo, modificaram suas prioridades orçamentárias e ampliaram a infra-estrutura carcerária, recorrendo, inclusive, à iniciativa privada para a construção e gestão de penitenciárias.
As prisões e os réus passaram a ser o núcleo de um poderoso interesse industrial, um grande negócio. Na esteira da globalização, empresas dedicadas ao cárcere movimentam milhões de dólares anualmente, prometendo aliviar as despesas estatais e resolver o problema da superlotação. Segundo Minhoto, já têm interesses econômicos espalhados por países como França, Canadá, Inglaterra, Alemanha, Austrália e Porto Rico. Para elas, pelo menos, o crime compensa.
Este livro tem por objetivo introduzir o leitor no assunto prisão. Além de discorrer sobre as origens e os desenvolvimentos históricos dos sistemas penitenciários, traz explicações rápidas do regime punitivo brasileiro atual. No último capítulo, são apresentadas algumas das principais polêmicas: dos efeitos negativos causados no ser humano pelo encarceramento às tendências de privatização, do absoluto desinteresse político em torno da figura do preso à discussão sobre a eficácia da prisão como instrumento de combate à violência.Trata-se de um livro breve. O pequeno conjunto de obras que serviu de base para sua elaboração constitui um acervo de leitura recomendável para quem pretende se aprofundar, mas é apenas uma amostra do quanto já se escreveu, mais e melhor, sobre o tema.


1 Folha de S.Paulo, 21/2/2001, p. C3, "Líderes do PCC Ameaçam Novas Rebeliões".2 Folha de S.Paulo, 2/11/2001, p. C3, "Homem Fica 16 Dias Preso por Furtar Comida".3 O Estado de S. Paulo, 24/11/2001, p. C10, "Juiz Quer Indulto Para Presos em Fase Terminal". Jornal do Advogado (OAB/SP), novembro 2001, p. 9, "Doenças Graves e Contagiosas nas Carceragens".4 Todas as referências a livros e documentos podem ser encontradas na Bibliografia final. Apenas artigos de periódicos e sites serão indicados nas notas de rodapé.5 O Globo, 4/1/2002, p. 8, "Governo Vai Apurar Rebelião em Rondônia". Na véspera, a imprensa chegou a noticiar a morte de 46 detentos.6 O Globo, 5/1/2002, p. 5, "Diretor de Presídio Já Tinha Sido Condenado".7 Ministério da Justiça, Departamento Penitenciário Nacional (www.mj.gov.br/snj/depen/sipen/).8 Folha de S.Paulo, 16/10/2001, p. C3, "Seria Necessário Construir um Presídio por Mês".9 Ministério da Justiça, Secretaria de Estado dos Direitos Humanos (www.mj.gov.br/sedh/dca/mse1sem2000.htm).10 Allen J. Beck e Jennifer C. Karberg, Prison and Jail Inmates at Midyear 2000. Washington: Bureau of Justice Statistics Bulletin, U.S. Department of Justice, March 2001 (www.ojp.usdoj.gov/bjs/).11 No Brasil, a violência sexual contra homens é definida não como estupro, mas como "atentado violento ao pudor".12 Stop Prison Rape (www.spr.org).13 The Sentencing Project e Human Rights Watch, Losing the Vote - the Impact of Felony Disenfranchisement Laws in the United States (www.hrw.org/reports98/vote).14 U.S. Department of Justice, Bureau of Justice Statistics (www.ojp.usdoj.gov/bjsglance/tables/).
Fonte: Folha de São Paulo



Professor Mário

Teste - Ensino Fundamental

TESTE DE MATEMÁTICA - ENSINO FUNDAMENTAL
NOME_____________________________________________________________


1. O valor de x que satisfaz a equação 3 ( X – 2 ) = 2X – 5, em Z, é :

a) 0
b) – 3
c) 1
d) – 1

2. O número inteiro relativo - 1 é raiz da equação :

a) X + 1 = 2
b) 2 / 3 X = 0
c) 2 X + 2 = 0
d) 1 / 2 X + 1 / 2 = - 1 / 4


3. O valor de X na proporção X = 15 é :
1 + X 21

a) 15 / 12
b) – 5 / 12
c) 5 / 2
d) – 5 / 2

4. Se 01 Kg de lã custa R$ 50,00, um novelo de 400 g da mesma lã custará:

a) R$ 18,00
b) R$ 22,00
c) R$ 20,00
d) R$ 25,00

5. Se os catetos de um triângulo retângulo medem 1cm e 2 cm, a medida da hipotenusa será um número racional ?

a) Sim
b) Não


Professor Mário

Função do 1º grau

Lista de Aplicações de Funções de 1° Grau

01)Um operário ganha R$3,00 por hora de trabalho de sua jornada semanal regular de trabalho, que é de 40 horas. Eventuais horas extras são pagas com um acréscimo de 50%. Encontre uma fórmula algébrica para expressar seu salário bruto semanal, S, para as semanas em que trabalhar h horas, com hµ40.

02) Uma pessoa obesa, pesando num certo momento 156kg, recolhe-se a um SPA onde se anunciam perdas de peso de até 2,5kg por semana. Suponhamos que isso realmente ocorra. Nessas condições:
a) Encontre uma fórmula que expresse o peso mínimo, P, que essa pessoa poderá atingir após n semanas.
b) Calcule o número mínimo de semanas completas que a pessoa deverá permanecer no SPA para sair de lá com menos de 120 kg de peso.

03) Para transformar graus Fahrenheit em graus centígrados usa-se a fórmula: C=5(F-32)/9
onde F é o número de graus Fahrenheit e C é o número de graus centígrados.
a) Transforme 35 graus centígrados em graus Fahrenheit.
b) Qual a temperatura(em graus centígrados) em que o número de graus Fahrenheit é o dobro do número de graus centígrados?

04) Alguns jornais calculam o número de pessoas presentes em atos públicos considerando que cada metro quadrado é ocupado por 4 pessoas. Qual a estimativa do número de pessoas presentes numa praça de 4000m£ que tenha ficado lotada para um comício, segundo essa avaliação?

05) Um fabricante de bonés opera a um custo fixo de R$1.200,00 por mês (correspondente a aluguel, seguro e prestações de máquinas). O custo variável por boné é de R$2,00. Atualmente são comercializadas 1.000 unidades mensalmente, a um preço unitário de R$5,00.
Devido à concorrência no mercado, será necessário haver uma redução de 30% no preço unitário de venda.
Para manter seu lucro mensal, de quanto deverá ser o aumento na quantidade vendida?

06) A receita mensal de vendas de uma empresa (y) relaciona-se com os gastos mensais com propaganda (x) por meio de uma função do 1°grau. Quando a empresa gasta R$10.000,00 por mês de propaganda, sua receita naquele mês é de R$80.000,00; se o gasto mensal com propaganda for o dobro daquele, a receita mensal cresce 50% em relação àquela.
a) Qual a receita mensal se o gasto mensal com propaganda for de R$30.000,00?
b) Obtenha a expressão de y em função de x.

07) Um vendedor recebe mensalmente um salário fixo de R$800,00 mais uma comissão de 5% sobre as vendas do mês.
Em geral, cada duas horas e meia de trabalho, ele vende o equivalente a R$500,00.
a) Qual seu salário mensal em função do número x de horas trabalhadas por mês?
b) Se ele costuma trabalhar 220 horas por mês, o que é preferível: um aumento de 20% no salário fixo, ou um aumento de 20% (de 5% para 6%) na taxa de comissão?

08) Um gerente de uma loja de bolsas verificou que quando se produziam 500 bolsas por mês, o custo total da empresa era R$ 25.000,00 e quando se produziam 700 bolsas o custo mensal era R$ 33.000,00.
a) Admitindo que o gráfico do custo mensal (C) em função do número de bolsas produzidas por mês (x) seja formado por pontos de uma reta, obtenha C em função de x.
b) Se a capacidade máxima de produção da empresa for de 800 unidades por mês, obtenha o custo médio de produção de uma bolsa, em função de x e determine o custo médio mínimo.

09) Um provedor de acesso à Internet oferece dois planos para seus assinantes:
Plano A - Assinatura mensal de R$8,00 mais R$0,03 por cada minuto de conexão durante o mês.
Plano B - Assinatura mensal de R$10,00 mais R$0,02 por cada minuto de conexão durante o mês.
Acima de quantos minutos de conexão por mês é mais econômico optar pelo plano B?
a) 160 b) 180 c) 200 d) 220 e) 240

10) O preço de uma certa máquina nova é R$10.000,00. Admitindo-se que ela tenha sido projetada para durar 8 anos e que sofra uma depreciação linear com o tempo, ache a fórmula que dá o preço P(t) da máquina após t anos de funcionamento, 0´t´8, e esboce o gráfico da função P.

11) A troposfera, que é a primeira camada da atmosfera, estende-se do nível do mar até a altitude de 40.000 pés; nela, a temperatura diminui 2°C a cada aumento de 1.000 pés na altitude. Suponha que em um ponto A, situado ao nível do mar, a temperatura seja de 20°C. Pergunta-se:
a) Em que altitude, acima do ponto A, a temperatura é de O°C?
b) Qual é a temperatura a 35.000 pés acima do mesmo ponto A?

12) A poluição atmosférica em metrópoles aumenta ao longo do dia. Em certo dia, a concentração de poluentes no ar, às 8 h, era de 20 partículas, em cada milhão de partículas, e, às 12 h, era de 80 partículas, em cada milhão de partículas. Admitindo que a variação de poluentes no ar durante o dia é uma função afim do tempo, qual o número de partículas poluentes no ar em cada milhão de partículas, às 10 h 20?
13) Uma empreiteira, para construir uma ciclovia, cobra uma taxa fixa e outra taxa que varia de acordo com o número de quilômetros a ser construído.
O gráfico a seguir representa o custo da obra em função do número de quilômetros a ser construído.
Sabendo que a ciclovia terá 10 km de extensão, qual será o custo total da obra?


14) Ao levantar dados para a realização de um evento, a comissão organizadora observou que, se cada pessoa pagasse R$ 6,00 por sua inscrição, poderia contar com 460 participantes, arrecadando um total de R$ 2.760,00. Entretanto, também estimou que, a cada aumento de R$ 1,50 no preço de inscrição, receberia 10 participantes a menos. Considerando tais estimativas, para que a arrecadação seja a maior possível, qual deve ser o preço unitário da inscrição?

15) Um grande poluente produzido pela queima de combustíveis fósseis é o SO2 (dióxido de enxofre).Uma pesquisa realizada na Noruega e publicada na revista "Science" em 1972 concluiu que o número (N) de mortes por semana, causadas pela inalação de SO2, estava relacionado com a concentração média (C), em mg/m³, do SO2 conforme o gráfico abaixo: os pontos (C, N) dessa relação estão sobre o segmento de reta da figura.
Com base nos dados apresentados, determine uma relação entre N e C (100


Gabarito:
1) S = 4,50 h - 60,00
2) a) P = 156 - 2,5n
b) O menor número inteiro será 15 semanas.
3) a) F = 95 b) C = 160
04) 16 000 pessoas.
05) Aumento de 1.000 unidades.
06) a) R$ 160.000,00
b) y = 4x + 40.000
07) a) 800 + 10x b) Aumento na taxa de comissão
08) a) C = 40x + 5000 b) C médio = 40 + 5000/x e C médio mínimo = 46,25 (em reais)
09) alt.c
11) a) 10000 pés b) - 50°C
12) Os pontos (8,20) e (12,80) pertencem à funçãof(x) = a x + b, então
20 = a.8 + b
80 = a.12 + b
a = 15 e b =-100
Assim,f(x) = 15x - 100
Para 10h 20, devemos fazer x = 10 + (1/3) = (31/3), então f(31/3) = 15.(31/3) – 100 = 55
13) 650 mil reais
14) R$37,50
15) N = 94 + 0,03 C

Professor Mário

19 de out. de 2008

Principais links ambientais

Links Ambientais

Ministérios
Governo Eletrônico
Governo Federal
Senado Federal
Imprensa Nacional
Receita Federal
Conselho Nacional do Meio Ambiente
Agência Ambiental de Goiás
Serviço Geológico do Brasil
Agência Nacional de Águas

ONG´s

Brazilian Environmental Mall
PANGEA/AgirAzul
WWF Brasil
Ecobrasil
Grupo de Defesa Ecológica
Sociedade Brasileira de Silvicultura
Fundacion Ambiente y Recursos Naturales - FARN
Instituto O Direito por um Planeta Verde
Instituto Ecoar para a Cidadania
Institutode Educação e Pesquisa Ambiental Planeta Verde
Instituto Brasileiro de Educação Ambiental - IBEAM
Renctas - Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres
Projeto Baleia Franca
Mater Natura - Instituto de Estudos Ambientais
Patrulha Ecológica
Instituto Physis - Cultura & Ambiente
Grupo de Defesa da Natureza
Ecossistemas Costeiros

OEMA´s

CETESB-Companhia de Saneamento e Tecnologia Ambiental
Companhia Pernambucana de Saneamento - COMPESA

Pesquisa

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - CPTEC
Base de Dados sobre Tecnologias Ambientalmente Saudáveis - TAS

Fomento

Fundo Brasileiro para a Biodiversidade - FUNBIO
Fundação O Boticário de Proteção a Natureza

Informativos

Revista do Meio Ambiente

Portais

Ambientebrasil
Portal RC Ambiental
Portal do Meio Ambiente


Fonte : site do IBAMA
Professor Mário

Proteção à Fauna

Lançada Campanha Nacional de Proteção à Fauna


Brasília (16/10/2008) - A cada ano, cerca de 50 mil animais silvestres apreendidos em todo o país são recebidos pelos Centros de triagem de Animais Silvestres do Ibama - Cetas. Diante desse quadro, o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama, por meio da Coordenação de Fauna da diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas, vêm desenvolvendo o Projeto Cetas Brasil.

O projeto tem por objetivo construir, restaurar e equipar Cetas em todo o país. Hoje são 27 unidades em funcionamento. Entre as atividades do projeto está a educação ambiental, pois ficou claro que ações isoladas de fiscalização se mostram ineficazes para combater o problema do tráfico de animais.

A sociedade precisa adquirir a percepção de que comprar animais silvestres do comércio ilegal é crime. Uma alternativa para se formar essa consciência de posse responsável de animais é uma grande campanha nacional de proteção à fauna, que terá a educação ambiental e uma campanha de comunicação como eixos.

A ação denominada a “A Escola é o Bicho” vai capacitar, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), agentes sociais para funcionar como multiplicadores nos estados. O projeto piloto para padronizar os procedimentos será realizado a partir de 20 de outubro em escolas privadas de Brasília. Também está em negociação um acordo com a Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal para a realização de ações em escolas públicas locais.

Caberá ao Ibama por meio das superintendências formar os agentes multiplicadores nos estados. O Ibama desenvolveu ainda uma revista em quadrinhos que será usada como material didático para o público infanto-juvenil.

As peças publicitárias são cartazes, adesivos, vídeos e quadrinhos que serão distribuídos em escolas, bibliotecas, aeroportos, feiras e outros locais públicos de grande visibilidade. Os cartazes e adesivos e a revista já serão usados no projeto piloto que começa na próxima semana. Os vídeos estão em processo de licitação e serão adotados em 2009 quando as ações serão difundidas para os estados.

METAS - o MMA, o Ibama e o MEC pretendem levar a campanha para a Conferência Infanto-Juvenil de Meio Ambiente que será realizada em abril de 2009 e firmar parcerias estratégicas com instituições públicas, polícias rodoviárias e ambientais, além de secretarias estaduais de meio ambiente e educação.

Informações
Assessoria de Comunicação do Ibama
3316.1015/1020


Daniela Mendes
Ascom/MMAFoto: Jefferson Rudi/MMA
Professor Mário

Saneamento básico

País precisa investir R$ 11 bi por ano em saneamento, diz FGV

Data:abril de 2008

Em 2007, foram R$ 500 mi; 53% da população não tem acesso à rede de esgotoMoacir AssunçãoO Brasil, uma das maiores economias do mundo, ainda não cumpriu uma tarefa fundamental: garantir saneamento básico à sua população. Hoje, de acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), 53% dos brasileiros não têm acesso à rede geral de esgoto.Isso acarreta uma série de doenças de origem hídrica e joga para baixo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro. Para mudar este panorama, de acordo com o pesquisador da FGV, Marcelo Néri, o País teria que investir, anualmente (ao longo de 20 anos), R$ 11 bilhões. No ano passado, destinou à área somente R$ 500 milhões. No Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), há a previsão de investimentos anuais de R$ 10 bilhões, mas só nos próximos quatro anos.O temor dos especialistas é que o investimento não tenha continuidade. “Temos uma enorme dívida no setor e cada real investido na área equivale a quatro poupados na saúde. Parar equivale a retroceder”, explicou o diretor da organização de interesse social (Ocisp) Instituto Trata Brasil, Raul Pinho, responsável pelo estudo.A pesquisa também demonstra que a população não tem uma noção clara da importância do saneamento básico. “As pessoas apertam o botão da privada e consideram que o problema está resolvido, quando não é bem assim. Mais importante que programas grandiosos, o que o Brasil precisa é do PDF, uma privada decente por família”, afirmou Néri, que fez a pesquisa a pedido do Trata Brasil.Os pesquisadores pretendem colocar o tema na agenda política deste ano, quando ocorrem eleições municipais. O problema é que obras em saneamento ficam escondidas, com baixo potencial de votos. O Brasil teria que investir, de acordo o estudo, cerca de 0,63% do Produto Interno Bruto (PIB) para fazer frente às necessidades. Hoje, gasta pouco mais de 0,20%. Na velocidade atual, levaria 56 anos para reduzir à metade o déficit.
Fonte: O Estado de São Paulo
Professor Mário

RMC - Região Metropolitana de Campinas


Gestão de resíduos da construção civil

RESOLUÇÃO Nº 307, DE 5 DE JULHO DE 2002

Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das competências que lhe foram conferidas pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 6 de julho de 1990, e tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, Anexo à Portaria nº 326, de 15 de dezembro de 1994, e Considerando a política urbana de pleno desenvolvimento da função social da cidade e da propriedade urbana, conforme disposto na Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001;

Considerando a necessidade de implementação de diretrizes para a efetiva redução dos impactos ambientais gerados pelos resíduos oriundos da construção civil;

Considerando que a disposição de resíduos da construção civil em locais inadequados contribui para a degradação da qualidade ambiental;

Considerando que os resíduos da construção civil representam um significativo percentual dos resíduos sólidos produzidos nas áreas urbanas;

Considerando que os geradores de resíduos da construção civil devem ser responsáveis pelos resíduos das atividades de construção, reforma, reparos e demolições de estruturas e estradas, bem como por aqueles resultantes da remoção de vegetação e escavação de solos;

Considerando a viabilidade técnica e econômica de produção e uso de materiais provenientes da reciclagem de resíduos da construção civil; e

Considerando que a gestão integrada de resíduos da construção civil deverá proporcionar benefícios de ordem social, econômica e ambiental, resolve:

Art. 1º- Estabelecer diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais.

Art. 2º- Para efeito desta Resolução, são adotadas as seguintes definições:

I - Resíduos da construção civil: são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha;

II - Geradores: são pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades ou empreendimentos que gerem os resíduos definidos nesta Resolução;
III - Transportadores: são as pessoas, físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e do transporte dos resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação;

IV - Agregado reciclado: é o material granular proveniente do beneficiamento de resíduos de construção que apresentem características técnicas para a aplicação em obras de edificação, de infra-estrutura, em aterros sanitários ou outras obras de engenharia;

V - Gerenciamento de resíduos: é o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar ou reciclar resíduos, incluindo planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para desenvolver e implementar as ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas em programas e planos;

VI - Reutilização: é o processo de reaplicação de um resíduo, sem transformação do mesmo;

VII - Reciclagem: é o processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido submetido à transformação;

VIII - Beneficiamento: é o ato de submeter um resíduo à operações e/ou processos que tenham por objetivo dotá-los de condições que permitam que sejam utilizados como matéria-prima ou produto;

IX - Aterro de resíduos da construção civil:
é a área onde serão empregadas técnicas de disposição de resíduos da construção civil Classe "A" no solo, visando a reservação de materiais segregados de forma a possibilitar seu uso futuro e/ou futura utilização da área, utilizando princípios de engenharia para confiná-los ao menor volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente;

X - Áreas de destinação de resíduos: são áreas destinadas ao beneficiamento ou à disposição final de resíduos.

Art. 3º- Os resíduos da construção civil deverão ser classificados, para efeito desta Resolução, da seguinte forma:

I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:

a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;

c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos,meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;

II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;

III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso;

IV - Classe D - são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.

Art. 4º- Os geradores deverão ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e, secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final.

§ 1º Os resíduos da construção civil não poderão ser dispostos em aterros de resíduos domiciliares, em áreas de "bota fora", em encostas, corpos d`água, lotes vagos e em áreas protegidas por Lei, obedecidos os prazos definidos no art. 13 desta Resolução.

§ 2º Os resíduos deverão ser destinados de acordo com o disposto no art. 10 desta Resolução.

Art. 5º- É instrumento para a implementação da gestão dos resíduos da construção civil o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, a ser elaborado pelos Municípios e pelo Distrito Federal, o qual deverá incorporar:

I - Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil; e

II - Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.

Art 6º- Deverão constar do Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil:

I - as diretrizes técnicas e procedimentos para o Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e para os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil a serem elaborados pelos grandes geradores, possibilitando o exercício das responsabilidades de todos os geradores.

II - o cadastramento de áreas, públicas ou privadas, aptas para recebimento, triagem e armazenamento temporário de pequenos volumes, em conformidade com o porte da área urbana municipal, possibilitando a destinação posterior dos resíduos oriundos de pequenos geradores às áreas de beneficiamento;

III - o estabelecimento de processos de licenciamento para as áreas de beneficiamento e de disposição final de resíduos;
IV - a proibição da disposição dos resíduos de construção em áreas não licenciadas;

V - o incentivo à reinserção dos resíduos reutilizáveis ou reciclados no ciclo produtivo;

VI - a definição de critérios para o cadastramento de transportadores;

VII - as ações de orientação, de fiscalização e de controle dos agentes envolvidos;

VIII - as ações educativas visando reduzir a geração de resíduos e possibilitar a sua segregação.

Art 7º- O Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil será elaborado, implementado e coordenado pelos municípios e pelo Distrito Federal, e deverá estabelecer diretrizes técnicas e procedimentos para o exercício das responsabilidades dos pequenos geradores, em conformidade com os critérios técnicos do sistema de limpeza urbana local.

Art. 8º- Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil serão elaborados e implementados pelos geradores não enquadrados no artigo anterior e terão como objetivo estabelecer os procedimentos necessários para o manejo e destinação ambientalmente adequados dos resíduos.

§ 1º O Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, de empreendimentos e atividades não enquadrados na legislação como objeto de licenciamento ambiental, deverá ser apresentado juntamente com o projeto do empreendimento para análise pelo órgão competente do poder público municipal, em conformidade com o Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.

§ 2º O Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil de atividades e
empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental, deverá ser analisado dentro do processo de licenciamento, junto ao órgão ambiental competente.


Art. 9º- Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil deverão contemplar as seguintes etapas:

I - caracterização: nesta etapa o gerador deverá identificar e quantificar os resíduos;

II - triagem: deverá ser realizada, preferencialmente, pelo gerador na origem, ou ser realizada nas áreas de destinação licenciadas para essa finalidade, respeitadas as classes de resíduos estabelecidas no art. 3º desta Resolução;

III - acondicionamento: o gerador deve garantir o confinamento dos resíduos após a geração até a etapa de transporte, assegurando em todos os casos em que seja possível, as condições de reutilização e de reciclagem;

IV - transporte: deverá ser realizado em conformidade com as etapas anteriores e de acordo com as normas técnicas vigentes para o transporte de resíduos;

V - destinação: deverá ser prevista de acordo com o estabelecido nesta Resolução.

Art. 10º- Os resíduos da construção civil deverão ser destinados das seguintes formas:

I - Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;

II - Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;

III - Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas.

IV - Classe D: deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas.

Art. 11º- Fica estabelecido o prazo máximo de doze meses para que os municípios e o Distrito Federal elaborem seus Planos Integrados de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil, contemplando os Programas Municipais de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil oriundos de geradores de pequenos volumes, e o prazo máximo de dezoito meses para sua implementação.

Art. 12º- Fica estabelecido o prazo máximo de vinte e quatro meses para que os geradores, não enquadrados no art. 7º, incluam os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil nos projetos de obras a serem submetidos à aprovação ou ao licenciamento dos órgãos competentes, conforme §§ 1º e 2º do art. 8º.

Art. 13º- No prazo máximo de dezoito meses os Municípios e o Distrito Federal deverão cessar a disposição de resíduos de construção civil em aterros de resíduos domiciliares e em áreas de "bota fora".

Art. 14º- Esta Resolução entra em vigor em 2 de janeiro de 2003.

JOSÉ CARLOS CARVALHO
Presidente do Conselho
Publicada DOU 17/07/2002
Professor Mário

Sites - Reciclagem e Meio Ambiente

SITES NACIONAIS

ABIMAQ
www.abimaq.org.br
Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos


ABINEE
www.abinee.org.br
A ABINEE é uma sociedade civil brasileria sem fins lucrativos que representa os setores elétrico e eletrônico de todo o Brasil.


ABIQUIM
www.abiquim.org.br
ABIQUIM - Associação Brasileira da Indústria Química, realiza o monitoramento econômico do setor, promove estudos específicos, gera dados estatísticos e assessorar as empresas associadas.


ABNT
www.abnt.org.br
Associação Brasileira de Normas Técnicas Órgão responsável pela normalização técnica no Brasil


ABRE
www.abre.org.br
Associação Brasileira de Embalagem


AGENDA 21
www.mma.gov.br
Versão Integral para consulta on-line.


APLIQUIM
www.apliquim.com.br
Companhia especializada em Engenharia Ambiental. Recicladora de lâmpadas fluorescentes.


CETESB - SÃO PAULO
www.cetesb.br
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental


COMPAM
www.reciclagem.net
Reciclagem.Net tem como objetivo apresentar meios simples e práticos para enfrentar a problemática do lixo


CONAMA
www.mma.gov.br
Conselho Nacional do Meio Ambiente.


GUIA DE FONTES DE FINANCIAMENTO
www.cnpq.br
Publicação do CNPQ que tem o objetivo de identificar as principais fontes de financiamento disponíveis no País e no exterior.


IBAMA
www.ibama.gov.br
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis


RADIO ELDORADO
www.radioeldoradofm.com.br/pintoulimpeza
Projeto Pintou Limpeza do site da Rádio Eldorado AM e FM


RECICLOTECA
www.recicloteca.org.br
Centro de Informações sobre Reciclagem e Meio Ambiente, criado pela Associação Ecológica Ecomarapendi e patrocinado pelo Projeto Ambev de Reciclagem.


Recicologia´s Consultoria Ambiental
www.recicologias.hpg.ig.com.br
O Recicologia´s Consultoria Ambiental atua na Gestão de Resíduos Sólidos: implanta a coleta seletiva,faz treinamentos e palestras.


RECLICAGEM
www.reclicagem.com.br
Este projeto que visa o desenvolvimento de um sistema de coleta sustentável de lixo na região Metropolitana de São Paulo.


Roteiros de Charme
www.roteirosdecharme.com.br
Bulbox Triturador e Descontaminador de Lâmpadas Fluorescentes
www.bulbox.com.br Equipamento de descaracterização de lâmpadas fluorescentes de pequeno porte e de fácil locomoção. Pode ser adqurido pelo usuário ou para prestação de serviço, processando as lâmpadas no próprio local de armzenagem, reduzindo custos de transporte e promovendo o descarte de maneira correta, segura e dentro das normas da lei.

SITES INTERNACIONAIS

EPA
www.epa.gov
Environmental Protection Agency. Organização norteamericana que trata do tema Desenvolvimento Sustentável e as implicações ambientais que giram em torno dele


GRRN
www.grrn.org
A GRASSROOTS RECYCLING NETWORK é uma rede norteamericana de reciclagem e ativistas que pregam políticas de redução e gerenciamento do resíduo sólido.


NRC-Recycle
www.nrc-recycle.org
Organização norteamericana sem fins lucrativos dedicada ao avanço da idéia da redução da produção de resíduos, da reciclagem, da compostagem e do reuso dos materiais.


RECYCLER'S WORLD
www.recycle.net
Recycler's World é um site de troca de informações relacionadas a reciclagem e materiais usados nos Estados Unidos.




Professor Mário

Avaliação II - Ciências Físicas e Biológicas...

Avaliação de Ciências II
NOME_______________________________________________nº______ 7ª____

1) São órgãos ligados ao aparelho digestivo:
( ) boca – faringe – estômago - pulmões
( ) boca – laringe – traquéia - estômago
( ) boca – estômago – intestino delgado – intestino grosso
( ) boca – faringe – brônquios – intestino delgado
( ) boca – traquéia – pulmões - estômago


2) A saliva é produzida:
( ) pelo pâncreas
( ) pelas glândulas lacrimais
( ) pelas glândulas endócrinas
( ) pelas glândulas salivares
( ) nenhuma das alternativas

3) São denominados movimentos peristálticos:
( ) movimentos da boca na hora da mastigação
( ) contrações do esôfago para empurrar o alimento até o estômago
( ) batimentos realizados pelo coração
( ) contrações ocorridas no abdome
( ) contrações que ocorrem no fígado

4) Os sais biliares e o colesterol bom são produzidos no:
( ) pâncreas
( ) fígado
( ) cólon
( ) bolo alimentar
( ) estômago

5) “As......................produzem um...................que dissolve a substância mineral do dente”:
( ) plantas - açúcar
( ) gorduras - resíduos
( ) bactérias - sal
( ) bactérias - ácido
( ) bactérias – açúcar

6) Os pulmões são envolvidos por membranas duplas chamadas:
( ) meninges
( ) bronquíolos
( ) pleuras
( ) alvéolos pulmonares
( ) nenhuma das alternativas

7) O sangue ............................... é rico em oxigênio:
( ) vermelho
( ) oxigenado
( ) venoso
( ) carbônico
( ) arterial

8) A insulina produzida no pâncreas previne o:
( ) câncer de mama
( ) sarampo
( ) diabetes
( ) Mal de Parkinson
( ) Mal de Alzheimer

9) Não é uma doença respiratória:
( ) gripe
( ) bronquite
( ) tuberculose
( ) sarampo
( ) resfriado

10) São órgãos muito leves,semelhantes a duas esponjas e possuem muito sangue:
( ) rins
( ) fígado
( ) pulmões
( ) coração
( ) veias (artérias)


Professor Mário

Saber científico

Os Tipos de Saber Científico...



No contexto da Ciência, os diversos tipos de dados, informações e conhecimento apresentam diferenciações e designações próprias, sendo elas mostradas a seguir.

Hipótese Científica: Um conjunto estruturado de argumentos e explicações que possivelmente justificam dados e informações, porém, que ainda não foi confirmado ou desconfirmado empiricamente.

Achados Científicos: Informações produzidas a partir de dados coletados em estudos científicos. São essencialmente narrativas científicas de acontecimentos.

Tese Científica: É uma hipótese ou conjunto ordenado de hipóteses que tenham sido confirmadas pela observação ou experimentação. É o resultado da junção de uma Hipótese com um Achado que lhe dê credibilidade.

Teoria Científica: É um conjunto ordenado de teses que explica um determinado fenômeno de interesse.

Lei Científica: Uma relação entre fenômenos, uma seqüência de acontecimentos, um mecanismo natural, que se manifesta sempre da mesma forma em inúmeros estudos independentes, com grande precisão e sem exceções. É o objetivo máximo, a suprema realização, da Ciência.
Note-se que as Hipóteses, Teses, Teorias e Leis são exemplos de Modelo Científico, ou seja, um conhecimento, uma descrição formal, uma representação lógica, uma imagem mental, uma versão virtual dos mecanismos de um fenômeno qualquer que se queira estudar.
Um modelo pode ser avaliado segundo a sua acurácia (a validade no sentido de efetivamente descrever aquilo que se havia proposto descrever) e precisão (a maior ou menor proximidade entre as previsões produzidas e o que de fato aconteceu).
Também é importante observar que a lista acima também representa uma hierarquia do saber científico, onde as hipóteses e achados representam o nível mais limitado, as teses e teorias ficando num nível intermediário e as leis representando o ponto máximo.
Professor Mário

Inalantes e solventes - drogas que fazem mal

Inalantes / solventes

Inalante: toda a substância que pode ser inalada, isto é, introduzida no organismo através da aspiração pela boca ou nariz.

Solvente: substância capaz de dissolver coisas. Via de regra, todo o solvente é uma substância altamente volátil, isto é, evapora-se muito facilmente podendo, por isso, ser inalado. Devido a essa característica, são, portanto, chamados de inalantes. Muitos dos solventes ou inalantes são inflamáveis.

Aspectos históricos e culturais:::

Os solventes começam a ser utilizados como droga de abuso por volta de 1960 nos EUA. No Brasil, o uso de solventes aparece no período de 1965-1970.
Hoje, o consumo de solventes se dá muito em países do chamado Terceiro Mundo, enquanto que em países desenvolvidos a freqüência de uso é muito baixa.
Os solventes são drogas muito utilizadas por meninos em situação de rua como forma de, por exemplo, sanar a fome; e por estudantes de 1º e 2º graus dado seu fácil acesso e baixo custo. Eles podem ser aspirados voluntariamente (caso dos meninos de rua que cheiram cola de sapateiro) ou involuntariamente (trabalhadores de indústrias de sapatos ou de oficinas de trabalho, expostos ao ar contaminado por essas substâncias).
A cena é chocante, porém comum em grandes cidades: garotos e garotas de rua, drogados por inalarem cola de sapateiro, cambaleando pelos cantos, doentes e sem perspectiva ou força de vontade para fazer mais nada na vida. As estatísticas confirmam essas imagens. Dados mostram que, nas grandes cidades, até 80% das crianças e adolescentes que vivem nas ruas já experimentaram o produto. Os solventes inaláveis são a segunda droga ilícita mais consumida no País e perdem apenas para a maconha. A famosa cola de sapateiro, dos meninos de rua. Produz sensação de euforia e excitação, pertubaçãoes auditivas, visuais e até alucinações
O clorofórmio e o éter chegaram a servir como drogas de abuso em outros tempos e depois seu uso foi praticamente abandonado. No Brasil, a moda voltou com os lança-perfumes trazidos da Argentina.
Por volta de 1960, os lança-perfumes, que eram feitos de Cloreto de Etila, começaram a ser aspirados para dar sensação de torpor, tontura e euforia. O Quelene, anestésico local, formava par com o lança-perfume e era empregado fora das épocas de Carnaval, quando a disponibilidade do lança-perfumes era menor. Muitas pessoas morreram de parada cardíaca provocada por essa droga e, por volta de 1965, o governo brasileiro proibiu a fabricação dos lança-perfumes e do Quelene. Contudo, começaram a surgir referências ao retorno do uso de lança-perfumes, só que como um produto à base de clorofórmio e éter.

Efeitos físicos e psíquicos:::

Após a aspiração, o início dos efeitos é bastante rápido. Entre 15-40 minutos já desapareceram. O efeito dos solventes vai desde uma pequena estimulação, seguida de uma depressão, até o surgimento de processos alucinatórios. Os principais efeitos são caracterizados por uma depressão da atividade do cérebro.

O aparecimento dos efeitos após a inalação foi dividido em 4 fases:

1a. fase: fase da excitação. A pessoa fica eufórica, aparentemente excitada, ocorrendo tonturas e perturbações auditivas e visuais. Podem aparecer náuseas, espirro, tosse, muita salivação e as faces podem ficar avermelhadas.


2a. fase: a depressão começa a predominar. A pessoa entra em confusão, desorientação, fica com a voz pastosa, começa a ter a visão embaçada, perda do autocontrole, dor de cabeça, palidez e começa a ver e a ouvir coisas.


3a. fase: a depressão se aprofunda com redução acentuada do estado de alerta, incoordenação ocular, incoordenação motora, fala "enrolada", reflexos deprimidos, já podendo ocorrer processos alucinatórios.

4a. fase: aparece a depressão tardia, podendo chegar a inconsciência. Há queda de pressão, sonhos estranhos, podendo ocorrer surtos de convulsão. Há possibilidade de se chegar ao coma e à morte.

A aspiração repetida, crônica, pode levar à, causando lesões irreversíveis e muitos efeitos nocivos ao organismo.

Principais reações e danos:

· destruição dos neurônios
· dispnéia
· podem produzir fibrilação ventricular e arritmias
· taquicardia
· deixa o coração muito sensível à adrenalina
· apatia, com dificuldade de concentração e déficit de memória
· aumento do volume do fígado
· rompimento de vasos sangüíneos nos rins
· inflamações e deformidades vasculares
· lesão dos rins, do fígado e dos nervos periféricos que controlam os nossos músculos.
· lesão de medula óssea, resultando diminuição da produção de glóbulos brancos, vermelhos e anticorpos
· alterações nos órgãos de reprodução
· hemorragias cerebrais
· insônia e depressão
· redução do campo visual
· alterações dos sistemas auditivo, olfativo, cutâneo e gustativo
· perda da sensibilidade nas mãos e nos pés
· demência senil

Não há, na literatura médica, afirmativas claras de que os solventes possam levar à dependência. Os usuários utilizam os inalantes por vários dias da semana, por longos períodos das suas vidas, em geral com outros usuários. Aumentam a dose usada algumas vezes, porque, com o tempo, a mesma quantidade de drogas produz menos efeito. Quando o indivíduo pára subitamente de usar o inalante os sinais de abstinência são raros e discretos. Também não se figura síndrome de abstinência. A tolerância pode ocorrer, instalando-se em um ou dois meses.

Principais inalantes e solventes:

Os solventes estão presentes em muitos produtos comerciais. Existem dois grupos principais:

Substâncias voláteis: éter, clorofórmio, gasolina, benzina, fluído de isqueiro, Carbex.
Substâncias usadas na indústria como solvente, diluente e adesivas: cola de sapateiro, tintas, vernizes, removedores, limpa-manchas, esmaltes.

Estes produtos pertencem a um grupo químico chamado Hidrocarbonetos Aromáticos ou Afiláticos cujas substâncias ativas são: Tolueno, N-hexano, Benzeno, Xilol, Acetato de Etila, Cloretila ou Cloreto de Etila etc.

Nomes populares: cheirinho da loló ou loló, lança-perfumes ou lança, cola.

Efeitos da abstinência: cefaléia, tonturas, náuseas e vômitos, tremores, convulsão, ansiedade, insônia, irritabilidade , hiperatividade

Superdosagem: sinais de pânico, ansiedade, confusão e agressividade. Olhos injetados de sangue, náuseas, convulsões e parada cardíaca, depois de estresse físico. Risco de morte por asfixia. Desorientação, falta de coordenação motora, andar cambaleante, violência. Depressão do Sistema Nervoso Central.

Cuidados de emergência:

*levar a pessoa ao ar fresco, ou administrar oxigênio;
*tratar as respostas emocionais, realizações de pânico, ansiedade e agressividade
*manter a vitima calma.
*Monitorize a vítima cuidadosamente pois as complicações podem ser fatais.
*Tratamento sintomático.

Professor Mário

Escola pública x Unicamp


Cresce a participação de estudantes de escola
pública na Unicamp - Vestibular 2008



Há três anos em vigor, o Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (PAAIS) da Unicamp tem conseguido, sem fazer uso de cotas, promover a inclusão social na Universidade. Neste ano, o total de estudantes egressos de escolas públicas matriculados na Unicamp chegou a 32,4%, número um pouco superior aos 32% de 2006. Isso significa que do total de 3.061 ingressantes, 991 vieram de escolas da rede pública de ensino.
Um dos dados mais interessantes é que a porcentagem de matriculados de escolas públicas supera a demanda por vagas desse mesmo grupo: eles representaram 29,1% dos inscritos no Vestibular 2007. Essa razão entre a demanda e os que se matricularam na Unicamp (de 1,11) é a melhor dos últimos 14 anos e a segunda maior de toda a história do Vestibular Nacional Unicamp, tendo sido superada apenas em 1993, quando a razão foi de 1,17. Outro dado positivo refere-se à participação dos pretos, pardos e indígenas na Unicamp, que passou de 14,7% do total de matriculados em 2006 para 15,3% este ano. Do total de 3.061 matriculados, 469 se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas este ano.


Comparativo 2002 a 2007


A porcentagem média de estudantes de escolas públicas entre os matriculados aumentou em 47 dos 60 cursos do Vestibular Unicamp nos três anos de vigência do PAAIS (2005 a 2007) em comparação com os três anos anteriores ao Programa. O resultado é ainda mais positivo nos cursos mais concorridos. Em Medicina, por exemplo, o número médio de estudantes de escolas públicas aumentou quase 130%. Na soma dos três anos anteriores ao PAAIS, eram 33 estudantes; número que subiu para 73 na soma dos três primeiros anos do Programa. Além de Medicina, Engenharia de
Controle e Automação, Comunicação Social - Midialogia e Ciências Biológicas também registraram crescimento expressivo de egressos de escolas públicas (ver tabela).


O PAAIS



O PAAIS, aprovado pelo Conselho Universitário (Consu) da Unicamp em 2004, prevê que estudantes que tenham cursado todo o ensino médio na rede pública brasileira recebam automaticamente 30 pontos a mais na nota final, após a segunda fase. Candidatos autodeclarados pretos, pardos e indígenas que tenham cursado o ensino médio em escolas públicas podem ter, além dos 30 pontos adicionais, mais dez pontos acrescidos à nota final. Vale lembrar que o primeiro colocado no Vestibular Unicamp 2007 optou por participar do PAAIS e recebeu 40 pontos de bonificação. João Francisco Ferreira de Souza, de 17 anos, teve a maior nota do vestibular: 759,57 pontos.

Ele foi aprovado para o curso de Engenharia Química.


Dados 2002 a 2007 - Totais



Candidatos de Escolas Públicas


Ano Escolas Públicas N %
Vestibular 2002 14.526 30,7%
Vestibular 2003 14.362 30,9%
Vestibular 2004 15.854 31,4%
Vestibular 2005 (Primeiro ano do PAAIS) 18.339 34,1%
Vestibular 2006 15.534 31,3%
Vestibular 2007 14.630 29,1%



Matriculados de Escolas Públicas



Ano Escolas Públicas N%
Vestibular 2002 820 30,60%
Vestibular 2003 854 29,70%
Vestibular 2004 831 28,00%
Vestibular 2005 (Primeiro ano do PAAIS) 1.021 34,10%
Vestibular 2006 971 32,00%
Vestibular 2007 991 32,40%





Fonte – Unicamp ( Universidade estadual de Campinas ).

18 de out. de 2008

Licenciatura e Bacharelado


Qual a diferença entre licenciatura e bacharelado?

Escolher entre uma carreira de licenciatura ou bacharelado é muito mais do que escolher apenas uma modalidade de curso de graduação. Trata-se de uma escolha que tem muito a ver com a vocação.É o caso, por exemplo, da estudante Marcela Azemir Musse, 36, que cursa o segundo ano de pedagogia no Centro Universitário Barão de Mauá, em Ribeirão Preto.Depois de cursar administração de empresas e até trabalhar na área por algum tempo, Musse resolveu voltar para a faculdade, motivada pelo desejo de ensinar. "A educação sempre foi uma coisa que me chamou a atenção, desde o colegial eu tinha o desejo de ser professora", diz.Hoje, para complementar o curso de pedagogia, Musse faz estágio em uma unidade do Sesi, em Ribeirão. "Trabalho com crianças do ensino fundamental. O melhor de tudo é que com crianças dessa idade a gente vê o resultado do trabalho.
Isso é muito compensador", afirma ela.Aliás, essa é uma das características principais da licenciatura, que ensina ao aluno, além das disciplinas inerentes ao curso escolhido, técnicas que o tornarão apto a transmitir o aprendizado, tornando-o um professor.No bacharelado, a formação proporcionada ao aluno é voltada para o mercado de trabalho, o que o torna apto apenas a desenvolver uma atividade em determinada área de atuação.Durante os quatro anos de formação em licenciatura, o aluno aprende, entre outras coisas, fundamentos da política educacional, gerenciamento e avaliação do aprendizado. "É um processo muito importante, pois é conhecendo esse conteúdo que o aluno descobre se tem ou não vocação para o ensino", diz Márcia Strazzacappa, coordenadora das licenciaturas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Apesar da carência de professores no país, coordenadores dos cursos de licenciatura dizem que a procura pelos cursos tem crescido nos últimos anos."Creio que isso vem acontecendo porque a carreira de professor tem sido mais valorizada", avalia Valter de Paula, diretor acadêmico do Centro Universitário Barão de Mauá, de Ribeirão Preto.Essa também é a tese defendida por Strazzacappa.
Para ela, além da valorização do ensino e do profissional, o mito sobre os cursos de licenciatura tem se desfeito. "Muita gente pensava que a licenciatura não era um curso superior e que, por isso, não habilitava o aluno a continuar os estudos, o que não é verdade", diz.A licenciatura, assim como os cursos de bacharelado, permite que o aluno continue a sequência acadêmica, com especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado.Mão dupla"Em geral, os cursos de licenciatura contemplam as disciplinas que são ensinadas na escola, mas isso não impede que o aluno parta para o bacharelado, em vez de seguir para a educação", explica Strazzacapa.A maior oferta de cursos de licenciatura é em conjunto com o bacharelado.
Nesses cursos mistos, o aluno tanto pode escolher uma modalidade e cursar as matérias específicas dela como fazer as duas."Fica um pouco pesado, mas temos muitos alunos que fazem as duas coisas", diz Maria Helena Goldman, da comissão coordenadora do curso de ciências biológicas da USP (Universidade Estadual de São Paulo), em Ribeirão Preto.Segundo ela, o que faz com que muitos alunos optem por cursar as duas modalidades é a possibilidade de escolha. "É sempre bom ter algo a mais", completa.

Professor Mário

Quem sou eu

Minha foto
Sou paranaense de Ivaiporã e atualmente morando em Hortolândia desde 1991. Sou formado em matemática pela UNIVALE (PR), com especialização pela UNIG ( RJ ). Também sou formado em engenharia civil pela PUC - CAMPINAS ( PUCCAMP). Leciono atualmente na EE Prof. Euzébio A Rodrigues.Já lecionei em diversas escolas de Hortolândia-Sp e também em Sumaré - Sp. Nas escolas onde lecionei, fui representante de escola junto à APEOESP ( Sindicato dos professores ), além de ter sido também conselheiro regional. Defendo que a educação ( escola ) seja de qualidade e acessível para todos, onde tenhamos uma sociedade com cidadãos conscientes de que precisamos lutar por um mundo mais justo e com igualdade para todos. Esse é o verdadeiro papel da educação. Vamos à luta,pois sem nenhum esforço e dedicação, não conseguiremos atingir todos os nossos objetivos.
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